28. Hétero flex

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Cap 28

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Cap 28

Itachi

Eram 2:45 da manhã e eu ainda estava na sala observando o Shisui que estava do mesmo jeito que havia chegado, em silêncio, e o único som que eu ouvia era dos ponteiros do relógio passando.

Frio não era bem a palavra, não era e nem estava frio mas talvez fosse os meus sentimentos e principalmente os meus pensamentos que me davam essa sensação. Eu estava tão vazio que era como se apenas a minha capa estivesse ali, me sentia morto por dentro.

O que mais me dói é saber o quão impotente eu fui e sou, nunca consegui fazer nada e achar que podia mudar algo é ridículo e ingênuo demais. O pior eu sabia, a minha família que era o que eu mais honrava e amava , inclusive o motivo de minhas forças, foi uma mentira cujo o resultado disso seria a pessoa a minha frente. Shisui.

Ele deve ter sofrido tanto e por tanto tempo que eu nunca seria capaz de sequer imaginar um terço disso. Madara é um monstro, seu próprio filho está na minha frente todo machucado e ainda dopado , ou melhor, não sei nem se ele realmente está dopado ou se desenvolveu algum transtorno mental. Esse pensamento me entristece de uma maneira avassaladora.

Me levantei do sofá o qual o observava e andei até o mesmo. Curvei-me em sua frente para olhá-lo melhor e mais de perto, ele continuava o mesmo Shisui de sempre, porém detonado de diversas maneiras. Abaixei meu olhar sem conseguir o encarar.

- Desculpa. - Sussurrei, afinal falar alto pra quê se ele não me entenderia. Levei minha mão a sua bochecha esquerda e analisei seu rosto inexpressivo. Estava vazio.

Franzi meu senho ao abrir levemente a seus labios e ver-los rasgados por dentro assim como os de Deidara quando chegou. O que Madara queria fazendo isso? Por quê ele fez isso? Se fosse apenas para prender o Shisui, mas não, por algum motivo ele quis torturá-lo.

Levantei levei minha mão em direção a sua cabeça para pôr sobre o seu cabelo os fitando nervoso ao perceber que estavam molhados de sangue. Antes de tocá-los senti algo fraco para segurar o meu braço. Direcionei meu olhar para o moreno mais velho, mesmo que fraco ele estava começando a voltar.

Lágrimas desceram de seus olhos e mesmo que apagado ele sorriu ainda sem mover o seu olhar do nada.

-G-graças a Deus...-O abracei com cuidado e me senti ser correspondido muito mais fraco. Em meus ouvidos começou a soar um choro baixo e por mais que triste fosse, eu estava aliviado.

Aliviado por saber que ele tinha sido dopado e não era nenhuma doença mental , aliviado por saber que ele está aqui agora e principalmente por saber que ele nunca mais irá passar por aquilo. Ou pelo menos, eu não deixaria que passasse.

Me separei dele olhando Sasuke na porta da sala com o rosto vermelho, porém sem deixar lágrimas descerem de seus olhos.

-Vem cá.- O chamei.- Me ajuda a dar banho nele.- Não precisei falar mais nada, Sasuke é muito inteligente e sabe muito bem deduzir as coisas. Vivemos tanto tempo juntos que às vezes parece que lermos a mente um do outro.

Nasci gay - Sasunaru (Narusasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora