26. Imperfeito

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Cap 26

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Cap 26

Naruto

Sasuke me levou para casa de novo enquanto eu passei o caminho todo agarrado nele chorando, e agora ele me ninava para dormir. Não era muito alto, mas dava para escutá-lo cantarolar uma música baixinha enquanto acariciava meus cabelos. Ele estava sentado escorado na cabeceira da cama enquanto eu estava deitado sobre si quase dormindo.

Aquela realmente era uma sensação muito boa, estava tudo tão tranquilo que nem pareciamos estar cheios de problemas. Nesse momento eu tinha esquecido deles e me deixado ser cuidado pelo Uchiha. Estávamos apenas nós lá, conectados e tranquilos. Pisquei os olhos e quando abri o quarto estava claro e havia finalmente amanhecido.

Senti um aperto no meu coração e logo aquela mesma dor tinha voltado. Meu Deus eu tinha matado um cara! Solucei desolado procurando o Sasuke pelo quarto no qual estava vazio. Minha respiração começou a ficar descompassada e meu rosto a ficar molhado.

Comecei a chorar me sentindo um monstro enquanto procurava por mais calmantes rezando para eu não tê-los acabado. O que só piorou quando eu encontrei a cartela vazia ao lado da cama.

Por que eu fiz isso? Agora eu sou comparado ao mesmo lixo que o Fugaku é, não importa o motivo, eu jamais deveria ter tirado a vida de uma pessoa. Coloquei as mãos nos meus fios loiros os puxando tentando descontar a culpa em mim mesmo, afinal eu era o único culpado.

Meus soluços estavam cada vez mais altos e eu não conseguia me controlar, como o estorvo que eu sou, ainda tenho o dom de preocupar as outras pessoas. Tampei minha boca com uma de minhas mãos para abafar o som. Meu corpo tremia e ambos meus pés não conseguiam sustentar-lo. Eu nunca era para ter parado de tomar a porra daqueles calmantes, Sasuke falou que iria me ajudar e onde está ele agora?

Me encolhi no chão por ter caído depois de tentar ficar em pé. Eu não julgo Sasuke por ter me deixado, quem iria querer ficar com um lixo como eu? Eu sou um merda, não sou digno nem das roupas que visto, quanto mais do ar que respiro. Olhei para minhas mãos me assustando ao ver sangue ali, olhei rápido para frente e vi um corpo no meio de uma avenida. Eu já não estava mais no quarto, mas sim no local em que encontrei o Deidara.

Aquele corpo sangrava muito e ia se desfigurando quanto mais eu o olhava. Próximo dele tinha uma arma e logo atrás de si estava o Deidara me encarando incrédulo. O que eu fiz?

Deidara me olhava com nojo, era um algo assustador o modo como ele fazia tal coisa. Seus olhos carregados de desprezo, raiva e decepção me diminuam a merda. E o  corpo do se desfazia diante de mim, virando a coisa mais horrenda e horrorosa que já vi. O mesmo estava apodrecendo na minha frente. Comecei a gritar e senti uma enorme ânsia de vômito. Era agonizante, eu tinha feito aquilo, eu realmente tinha feito aquilo. Fechei meus olhos com força colocando tudo o que não tinha do meu estômago para fora. Eu estava ficando sem ar.

Senti mãos em minhas costas e abri meus olhos assustado me vendo novamente no quarto. Terminei de vomitar me sentindo fraco, eu estava inconsolável. Continuei chorando e me senti levantado do chão sendo direcionado a cama novamente. Olhei desesperado para minhas mãos que já não estavam mais manchadas e comecei a me arranhar sentindo-me sujo. Eu precisava limpar aquilo de mim. 

Nasci gay - Sasunaru (Narusasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora