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ᴘᴀʀᴀᴠᴏᴄê é ꜱóᴜᴍᴀᴘᴇᴅʀɪɴʜᴀɴᴏꜱᴀᴘᴀᴛᴏ, ᴘᴀʀᴀᴍɪᴍ é ᴍᴀɪꜱᴜᴍᴀᴍᴏɴᴛᴀɴʜᴀᴘᴀʀᴀᴇꜱᴄᴀʟᴀʀ.
Nascer sem individualidade, esse pequeno fator genético já te fez muito mal. Mas isso nunca a impediu de conquistar seu sonho, na verdade foi seu maior motivador.
Isso confundia Katsuki, como era possível uma pessoa sem nenhum poder ser tão forte? Não era como Izuku, que ficou bem forte depois de seu ganho de poderes repentino, ela era incrível, como usava algo considerado uma fraqueza como força.
Apesar dessa admiração, o loiro era extremamente antipático com a menina, para dizer o mínimo. O fato de não saber lidar com seus sentimentos conflitantes, o fez agir com grande grosseria e, para aumentar os problemas, S/n respondia todas a palavras despejadas da mesma forma.
- Só estamos aqui por sua culpa!
- Minha culpa!? É você que não consegue ficar quieto no seu lugar!
- Srta. S/s e Sr. Bakugou, sei do amor de ambos por brigar, mas creio que não seja o momento para tal ato.
- Me perdoe diretor, mas eu tenho culpa se meu colega não me deixa em paz, eu só me defendo.
- Oi?! Nem vem colocar toda a culpa em mim nerd de mer...
- Por favor, não comecem de novo! Por não ser a primeira vez que os senhores estão aqui, terei de tomar medidas mais drásticas, o que é uma tristeza, já que são alunos com notas e habilidades impressionantes. Ambos estão suspensos por uma semana, vocês iram ficar nos dormitórios, para não incomodarem seus pais, indico que aproveitem esse tempo para se resolverem. Qualquer intriga futura será tratada com seriedade e pode levar à expulsão de ambos.
- O quê? De jeito nenhum seu...
- Sim diretor, eu prometo que isso não irá mais acontecer.
Ela? Aquela que sempre tinha algo para falar, que nunca abaixava a cabeça para ninguém, estava trêmula, como se estivesse visto o mais assustador dos monstros. Com tamanha surpresa, o de olhos escarlate ficou calado.
Nezu pediu para que eles pegassem seus materiais e fossem para os dormitórios naquele mesmo dia, durante o caminho não havia nenhuma palavra ácida trocada. Coisa rara, Aizawa estranhou, mas não podia deixar de agradecer pela paz que estava naquele lugar, o que, sendo professor, era muito incomum.
- Bom, sabem o que fazer, irão sozinhos a partir de agora, tenho que dar a últimas aulas para seus colegas, peguem a matéria com eles mais tarde.
Mesmo sendo bombardeados de perguntas assim que entraram na sala, eles não falaram nada e saíram do local, o resto do trajeto foi coberto por um silêncio cortante. O loiro nunca havia a visto assim, normalmente, perante ao histórico, ela estaria brigando com ele de como é sua culpa a suspensão que levaram, mas ela somente entrou no seu quarto.
Seria eufemismo dizer que Katsuki estava curioso, a situação era tão estranha, tão incomum. Ele não conseguia entender a causa das atitudes da garota, e por mais que seu orgulho fosse extremamente grande, sua curiosidade o obrigava a descobrir o que estava acontecendo. Com isso, ele se encontrava em frente à porta dela, com três batidas a porta foi aberta.
- O que você quer?
- Eu quero conversar.
- Conversar?! Nem sabia que essa palavra existia no seu vocabulário.
- Olha, nem comece. Está estranha dês da bronca que aquele rato deu. O que aconteceu?
- Eu que te pergunto, por qual motivo se importa?
- Eu quero saber por quê a menina que bate de frente com qualquer um, está encolhida, como se a pior coisa da sua vida estivesse acabado de acontecer.
- Talvez o motivo de tudo isso é que eu tenho que me esforçar o dobro para conseguir vencer, e você, tem tudo na mão, é inteligente por natureza, tem uma individualidade perfeita para combate e ainda é ótimo em usá-la! Porra, é óbvio que eu tô com medo! Para você é só uma suspensão, uma pedrinha no sapato, para mim é mais uma montanha para escalar, mais um obstáculo para quebrar, e caralho, cansa! Cansa muito, mas você nunca, nem por um único momento vai saber o que é isso. Essa pedrinha pode acabar com qualquer chance de me tornar uma heroína, um deslize pode me ferrar.
- Eu posso não saber um terço do que passou, mas eu sei que a última coisa que a U.A vai fazer é perder uma pessoa tão talentosa.
- Como pode ter tanta certeza?
- Eu vi o quão foda você é, eles não têm nenhum motivo para te tirar daqui.
- Ouvir isso de você é a última coisa que eu esperava acontecer hoje. Tu é uma caixinha de surpresas.
- Nada que eu não saiba.
- Olha, vamos parar com essa merda de brigar toda hora?
- Eu aceito.
- Sério?! Simples assim?! Se eu soubesse, teria evitado muita dor de cabeça!
- Nem vou falar nada. Enfim acabamos com isso.
- Pera! Só tenho uma pergunta, se você acha que sou tão talentosa, por qual motivo você vinha brigar comigo?
- Isso não é da sua conta! Quer saber, vai se ferrar, você e esse papo emocional.
O fato é: mesmo com as reviravoltas da vida, há coisas que nunca mudam.
