Capítulo 13

18 5 0
                                        

Imany Hall Sullen

— Você não acha que estão demorando muito?. — pergunto ao meu marido andando de um lado para o outro.

— Eu falei que deveríamos ter entrando também. — ele reclamou cruzado os braços.

Estamos a muito tempo do lado de fora do quarto do Pietro,a assistente social e um policial estão fazendo algumas perguntas ao Pietro,e acharam melhor nós não entrarmos.

Depois de alguns minutos vejo eles saindo do quarto e Théo levanta da cadeira em que estava sentado para ficar ao meu lado.

— e então?. — pergunto ansiosa para saber o que aconteceu.

— o menino,diz que encontrou a bebê em um lixo perto de onde ele dormia, nós já temos o endereço e vamos continuar com as investigações, assim que tivermos mais novidades ligaremos. — diz o policial que estava com a assistente social.

— obrigado!. — ouço meu marido agradecer quando já estou dentro do quarto, Pietro está concentrado nos desenhos animados que estão passando na tv.

— oi lindinho. — falo e ele sorri pra mim,me aproximo para o abraçar e ele retribui.

— quando é que eu vou poder ver a Tammy.

— logo logo meu lindinho.

— Olá família. — vejo Jennifer colocar a cabeça no quarto e salto da cama para lhe dar um abraço.

— que saudade, porque não avisou que vinha?. — falo assim que desfazemos o abraço.

— não seria uma surpresa?. — faz uma careta. — acabei de chegar, vim direto do aeroporto,cada dia que passa fica mais gostosa menina. — ela diz dando um tapa em minha bunda.

— sua maluca,a vovó Mari também veio?

— ela chega amanhã, agora me apresenta essa fofura aí.

— Pietro,essa é a Jennifer, ela é prima do Théo e como se fosse uma irmã pra mim.

— muito prazer fofura. — Jenny senta perto dele e os dois ficaram conversando,é engraçado como ela tem facilidade para lidar com crianças.

Aproveito para ligar pra casa e saber como está minha bonequinha, peço pra Maria arrumar o quarto pra Jenny e já deixar arrumado um pra vovó Mari também.

Procuro meu marido,e não demoro pra o encontrar,ele está sentado em um dos bancos da capela do hospital,entro e me sento ao seu lado.

Me ajoelho,junto as mãos e fecho os olhos.

"Senhor, obrigada por mais um dia de vida, obrigada por tudo que o senhor tem me dado, obrigada por colocar essas crianças em minha vida. Peço sabedoria e força para saber lidar com tudo que está por vir. Amém."

Termino de orar e me sento novamente, pegando na mão do Théo.

— a maluca já foi?. — Théo pergunta e eu seguro o riso.

— olha onde a gente está homem.

— desculpa senhor. — diz rindo e faz o sinal da cruz.

— vamos pra fora.

[•••]

Dias depois

— vocês são oficialmente pais de Pietro e Tammy — ouço a juíza e abraço meu marido.

Graças a Deus o processo para conseguir adotar o Pietro e a Tammy,foi bem rápido.

A polícia verificou as câmeras de vigilância da rua onde a Tammy foi encontrada e viram que ela foi deixada por uma mulher,e que a mesma era uma drogada e acabou morrendo algumas horas depois de dar a luz a bebê e a deixar no lixo.

Na missa de ontem,pedi ao padre para orarmos pela alma dela.

— espero que vocês sejam muito felizes. — a juíza diz,e nós agradecemos antes de sair da sala em que estávamos.

— vou pedir para que esperem um pouco,vou trazer os novos documentos das crianças. — a assistente social avisa e meu marido me abraça.

— pais de três crianças. — ele diz me apertando.

— ainda bem que a vovó Mari e a Jenny vão ficar mais um tempo pra nos ajudar. — comento colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— ainda bem mesmo,olha aí a assistente social vindo. — me desprendo dos braços do meu marido para receber os documentos dos meus bebés, agradecemos a ela e ao nosso advogado.

Agora só falta ir buscar a Tammy no hospital já que o Pietro já está em nossa casa desde que saiu do hospital.



A VencedoraOnde histórias criam vida. Descubra agora