Imany Hall Sullen
— Nalah. — grito assim que vejo a bagunça que está o quarto dela.
— mamã? — ela aparece já preparada para ir a escola.
— que bagunça é essa? E porque saiu do quarto sem arrumar isso filha? — pergunto espantada porque isso nunca aconteceu, por mais que tenha pessoas que trabalhem cá em casa, sempre ensino que devem arrumar pelo menos suas camas e as roupas.
— ahh mamã,estou cansada de arrumar e tem pessoas que fazem isso. — olho para minha filha espantada e não acreditando nas suas palavras.
— o que você disse? — pergunto e ela revira os olhos.
— mamã eu estou atrasada. — diz virando as costas e fico sem palavras. Olha mais uma vez para o quarto e saio fechando a porta,respiro fundo e vou para o quarto da Tammy.
— Olá meu amorzinho,tá com fome? — a mesma já está acordada e assim que a tiro do berço ela já coloca a mão dentro da minha blusa procurando meu seio, interesseira nem me deu bom dia, tiro o seio e ela já começa a sugar como se tivesse saindo alguma coisa.
Desço as escadas e a mesa do café já está posta,cumprimento minha sogra e Maria e me acomodo com Tammy no meu colo ainda.
— porque você deixa ela fazer isso? — dona Ruby pergunta fazendo careta.
— porque ela quer mãe. — Théo responde e senta já pegando sua xícara de café.
— Mais logo vou buscar as crianças e ir ao shopping, já que não tem remédio e vocês dizem que são meus netos, pelo menos eles devem se vestir como netos de Ruby Sullen. — reviro os olhos e não comento nada,meu marido só abana a cabeça e leva a Tammy que estica os braços pra ele.
[•••]
— você não acha que estão demorando muito? — Maria pergunta terminando de fazer a sobremesa.
— o que me tranquiliza é saber que o Nino está com eles. — os meninos saíram da escola e dona Ruby os levou para o shopping como havia dito e já faz um bom tempo.
Ouço meu celular apitar e o pego.
— Mensagem do Théo,ele não vai jantar em casa de novo. — reclamo depois de ler, meu marido anda muito estranho ultimamente.
— Porque não tenta conversar com ele e descobrir o que está acontecendo?. — Maria dá a sugestão.
— Eu vou fazer isso, e vou aproveitar conversar sobre a Nalah. — hoje a Directora do colégio pediu para conversar comigo e disse que o desempenho dela tem baixado muito e que virou uma menina um pouco rebelde, o que já era de se esperar já que até em casa ela está agindo dessa maneira.
Para piorar toda a situação, vejo Nalah e dona Ruby entrarem em casa e logo a trás Pietro, minha filha está com o cabelo liso em um corte chanel, meus bebês estão com roupas estranhas e de adultos.Maldita hora que não fui com eles.
– Chegamos, comprei umas coisinhas pra essa bebê e pra você também. O que seria dessas crianças sem mim? – minha sogra diz sentando no sofá, Pietro se aproxima me abraçando e sussurra que vai tomar banho e usar a roupa dele, concordo com a cabeça e olho pra Maria que está do mesmo jeito que eu, espantada.
Horas depois
Três horas e quarenta minutos da manhã.
Esse é o horário que meu amado esposo entra em nosso quarto e vai directo para o banho, finjo que estou dormindo quando o mesmo passa o braço pela minha cintura e deixa um beijo em meu ombro.
Depois do jantar, subi para o quarto pra não falar coisas de cabeça quente. Nalah parece que nem se importou com minha opinião sobre sua aparência e o celular que a "avó" ofereceu, pois nem falou comigo durante o jantar e nem depois.
Senhor o que está acontecendo em minha casa?
Sinto minha cabeça muito pesada, essas dores só vem piorando a cada dia, não posso mais adiar essa consulta. Com esses pensamentos acabo dormindo.
Assim que amanhece, faço minha oração agradecendo a Deus por mais um dia de vida, e entregando meu dia e minha família em suas mãos. Faço minha higiene e pego um vestido amarelo longo de alcinha, é a primeira vez que o coloco e ficou super bem, ele é junto até a cintura e largo em baixo e pra combinar um salto branco e uma bolsa branca.
Vou para o quarto da minha bebê, passo a mão em seus cabelos e ela suspira, tão linda essa boneca. Passo pelo quarto da Nalah e do Pietro que ainda dormem e desço as escadas em direção a cozinha.
– Bom dia Maria. – deixo um beijo em sua bochecha.
– Bom dia, acordou cedo hoje, vai pra associação? – pergunta colocando a última panqueca em um prato e desligando o fogão.
Não vou preocupar ninguém até ter certeza do que são essas dores de cabeça que venho sentindo.
– vou sim, quero ver como andam as coisas por lá!
– vou avisar o Nino pra tirar o carro. – ela diz limpando as mãos em um pano.
– não precisa, prefiro ir conduzindo. Vou só terminar esse chá, quero sair antes da Tammy acordar. – já faz tempo que não conduzo e hoje estou sentindo essa necessidade.
Maria olha pra mim espantada mas não diz nada.
Termino meu chá e me despeço dela indo em direção a garagem. Cumprimento os seguranças e aviso que vou sair e que não precisam ir comigo, eu odeio ficar atrás de um volante mas não quero que descubram que estou indo ao hospital. Depois de um tempo chego no hospital e peço pra falar com o Dr Cristian, já havia ligado a marcar e logo sou atendida, depois de explicar as dores que venho sentindo, ele pede alguns exames que faço na hora e fico esperando o resultado na cafeteria do hospital.
Uma hora depois ele liga informando que já tem os resultados, recebi inúmeras ligações do meu marido e não atendi a nenhuma.
– e então Dr? – pergunto ansiosa e ele tira os óculos.
– Infelizmente não tenho boas notícias Imany.
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A Vencedora
Science FictionImany Hall,uma menina-mulher que já passou por muita coisa,mas que acredita fielmente que Deus tem um propósito muito grande para sua vida. Aos 10 anos perdeu a memória e sua vida começou a mudar quando ela foi adotada. Aos 19,conhece Théo Suellen,e...