Imany Hall Sullen
Hoje a temperatura está bem melhor que ontem, graças a Deus. Não está tanto frio.
—Docinho, estamos atrasados.— ouço meu marido falar assim que saio do banheiro, depois de escovar os dentes.
—Já estou pronta amor.— pego minha bolsa e o sobretudo preto em cima da poltrona vermelha que fica perto da janela do quarto.
—Vamos!.— ele diz e saímos do quarto descendo as escadas.
—Tchau Maria, até logo. —despeço-me dela e pego a mochila da Nalah no sofá.
—Tchau meus amores,bom trabalho e boas aulas. — agradecemos a Maria e vamos para o carro, hoje vamos com o Théo já que o Nino e alguns seguranças estão com o mecânico fazendo a revisão dos carros.
—Podemos ir?.— Théo pergunta verificando meu cinto de segurança e o da Nalah.
—Podemos sim pai. — Minha bebê responde e assim que saímos olho para trás, só para ver se os outros seguranças estão atrás.
E lá estão eles.
Assim que chegamos na escola da Nalah,ela da um beijo na bochecha do pai e na minha e sai do carro, desejamos um bom dia para a professora dela que estava no portão e seguimos o caminho da associação.
Conversamos pelo caminho todo e assim que chegamos no portão da associação tiro o cinto de segurança pego minha bolsa no banco de trás.
—Não vou almoçar em casa docinho.
—Muitas reuniões?.— pergunto e ele faz um carinho em minha bochecha.
— Sim.— responde suspirando.
—Tudo bem amor,desde que estejas em casa na hora do jantar.
—Estarei sim docinho.
— Não esquece que a Nalah vai dormir na casa da Hanna. — lembro e ele faz uma careta,meu marido gosta de ter a bonequinha todos os dias em casa.
Ela vai dormir lá porque ela,a Hanna e a Sophia vão fazer um trabalho de Matemática juntas.
—Já tinha esquecido disso, mas tudo bem.
Nos despedimos com um beijo,e entro na associação.
(...)
Hoje fizemos várias actividades,eu amo ver os sorrisos de felicidades no rosto das pessoas.
Mais o tempo passou tão rápido e agora estou em casa assistindo minha série turca.
A Maria está na cozinha, fazendo sei lá o que.
Mas parece que já terminou.—Adivinha quem está no portão?— ela aparece na sala e fica de braços cruzados a minha frente.
—Não sou boa com adivinhas, você sabe disso.— respondo tentando ver minha série,mas ela está determinada em me atrapalhar.
— Uma dica,começa com sua e termina com sogra.— arregalo os olhos e ela levanta uma sombrancelha.
—Verdade?.— pergunto só para ter certeza já que ela nunca veio aqui.
—Sim sim, posso mandar embora né?
Penso um pouco,e é melhor deixar ela entrar,até porque estou curiosa em saber o que ela quer.
—Não,deixa ela entrar. —Maria abre a boca e suspira balançando a cabeça.
—Não acredito que vai deixar aquela cobrar na sua casa.— ela diz indignada.
—Eu quero saber o que ela quer, Maria.
—Vou dizer aos seguranças para a deixarem passar,mas vou ficar na porta da cozinha só para ver se essa mulher não vai fazer nada contigo.
Assim que ela termina de falar vai até a cozinha.
Não sei o que a dona Rubi quer,mas coisa boa não deve ser.
—Você deveria treinar melhor esses serviçais.— dona Rubi diz assim que entra e Maria a olha de cima a baixo.
—Boa tarde!.— cumprimento e faço um gesto indicando o sofá para ela sentar.
—Onde está meu filho?.— ela pergunta sentando.
— Seu filho não está.—respondo suspirando pesadamente.
—Bom já que ele não está,vou ter que falar com você, já que agora temos o mesmo sobrenome. Meu filho poderia ter se casado com uma mulher de classe,como a Helena, mais...—diz revirando os olhos.
Que Deus abençoe essa mulher.
—Eu estou organizando um jantar em comemoração aos 38 anos do meu casamento,e quero toda família reunida.— assim que ela fala a olha e faço um esforço pra não revirar os olhos,e eu que até cheguei a pensar que ela poderia ter mudado.
Bem que Deus poderia dar uma forcinha e fazer ela ser uma pessoa melhor.
—Vocês podem deixar aquela criança, lá não terá lugar pra criaturas choronas.
Nem se ela quisesse eu levaria minha bonequinha para aquele ambiente.
Fico brincando com minha aliança para não falar coisas que depois vou me arrepender.
—E por favor,vista algo decente e não essas coisas que você chama de roupa, não nós faça passar vergonha.— diz retirando um papel da bolsa,o que acredito ser o convite para o tal jantar.
Muita gente diz que me visto como velha as vezes,mas eu adoro minhas roupas,eu não gosto muito de roupas apertadas.
Normalmente visto roupas que cobrem os ombros e os joelhos com pouco decote.Algumas pessoas acham que só porque sou mulher de um homem rico tenho que vestir roupas apertadas e curtas,mas eu penso diferente e meu marido me conheceu vestindo roupas mais comportadas e ele gosta, então que se danem os outros.
Hoje em dia até compro uma blusa com um decote,mas não exagerado,e isso por influência da Maria que muitas vezes vai comigo.
—Não se preocupe dona Rubi,eu vou passar o seu recado ao seu filho.— falo levantando do sofá e ela faz o mesmo.
—Muito bem,eu vou indo que tenho muita coisa pra fazer.
Ela saí e Maria vem me abraçar.
—Você vai convencer o Théo a ir nesse jantar.— ela diz irritada e eu volto a sentar.
—Aí,eu não vou não.— Maria senta ao meu lado.
—Vai sim,e vai mostrar para aquela senhora e o marido dela o quanto você é feliz e vai com aquele vestido que aquela moça da associação vez pra você. — pensando bem,ela tem razão e o vestido é muito lindo,ele é feito a capulana.
Eu amo capulanas,as estampas são tão lindas.
—Você tem razão,eu vou sim.— falo decidida.— e não vou deixar ninguém me humilhar dessa vez e também aquele vestido merece ser visto pelo mundo e eu estava ansiosa para usá-lo.
A única vez que já estive no mesmo ambiente em que os meus sogros,eles me humilharam por ser negra e mais sei lá o que. Mas meu marido como sempre me defendeu,mas dessa vez eu mesma faço questão de me defender.
O difícil vai ser convencer o Théo a ir,ele não quer saber dos pais,nem pintados de ouro.
—Posso saber aonde minha esposa vai?.— nem tinha percebido que ele estava na sala.
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Espero que tenham gostado.
Votem e comentem por favor.Obrigada!
Até sexta-feira.😘@tatyana43martins💛
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A Vencedora
Ficção CientíficaImany Hall,uma menina-mulher que já passou por muita coisa,mas que acredita fielmente que Deus tem um propósito muito grande para sua vida. Aos 10 anos perdeu a memória e sua vida começou a mudar quando ela foi adotada. Aos 19,conhece Théo Suellen,e...