12 - O enfermo

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Isso é hora? Bom, pra mim é. Perdoem possíveis erros, revisei mas stoy com sono :) e se o wattpad comer meus travessão de novo, eu juro que choro (num aguento mais isso).

Enfim, sem mais delongas, boa leitura!

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Dizer que Getou estava empolgado para ver o professor seria um eufemismo. Mesmo tendo passado o domingo todo se autodepreciando pelos sentimentos indesejados — que se alojaram tão rápido que pareciam descendentes de Flash —, foi incapaz de se controlar na manhã de segunda a ponto de fingir que não estava ansioso para ver o motivo de seus surtos internos. E como consequência disso, ele foi incapaz de disfarçar o desapontamento por não vê-lo, detalhe percebido por Mei Mei e que foi motivo de alvoroço no intervalo, onde Sukuna se juntou a eles na lanchonete para participar do ritual de julgamento da paixão.

— A gente te avisou pra sentar com cautela! — Resmungou Sukuna após ouvir o relatório fofoqueiro de Mei Mei sobre o desapontamento de Getou ante a ausência do professor.

— Bom, eu usei camisinha — deu de ombros ironicamente, se concentrando na sua preciosa água de coco.

— Ele já tá pegando o senso de humor dele, Suku, o Gojo adora soltar essas gracinhas na aula — implicou Mei Mei.

— Ah, pronto, agora o uso do sarcasmo está sendo patenteado pelo professor Gojo! Desculpa, vou arrumar outra forma de linguagem para expressar o quão enfadonho vocês são — sibilou o alvo do julgamento, fuzilando a dupla de idiotas que chamava de amigos.

— Aposto que seu professor deve ser um almofadinha metido, se é com ele que tá aprendendo essas expressões do século passado — zombou Sukuna, encarando feio um veterano que os observava como se ponderasse sobre tirar algum proveito deles. Era graças a presença de Sukuna que ninguém os perturbava apesar de serem calouros: se as tatuagens não fossem o suficiente para sustentar sua pose de bad boy, o olhar assassino era.

— Ah, não! — Interveio Mei Mei, meneando a cabeça de forma definitiva. — Isso aí é coisa do espírito de véio do Getou, nem nosso professor usa essas coisas aí que ele fala. Na verdade, o Gojo parece ser mais novo que ele.

— Idiota, burro, descuidado que não sabe sentar com cautela, velho... — enumerou Getou, levantando um dedo para cada palavra, contabilizando. — O que mais falta pra essa sessão de humilhação estar completa?

— Apaixonado — declarou Mei Mei, tocando na palavra proibida que fez Getou se encolher na cadeira e olhá-la de forma acusatória.

— Eu não tô apaixonado! — Exclamou, totalmente na defensiva.

— Essa é a primeira coisa que os apaixonados dizem, seu idiota — resmungou Sukuna, como se agora tivesse certeza absoluta do diagnóstico.

— Vocês são um saco, sabia? — Getou largou sua caixinha de água de coco na mesa e bufou alto, se levantando. — Vou no banheiro.

E saiu antes que algum deles pudesse começar a lhe seguir. Amava os amigos, mas às vezes eram cobranças demais. Getou odiava se sentir pressionado, principalmente numa situação tão inusitada e nova como aquela. Ele nunca tinha se apaixonado antes, porra, tinha que ser tão caótico e problemático? E outra, ele nem estava certo sobre seus sentimentos! Podia ser só a euforia pós boa foda — ele bem sabia como encontrar pessoas interessadas tanto em obter quanto em oferecer prazer era difícil.

Perdido em pensamentos, nem percebeu quando acabou voltando para o corredor onde ficava a própria sala ao invés de alcançar o banheiro. Avistou um rosto conhecido perdido em devaneios e papéis e, antes que pudesse conter os próprios pés, avançou até ela. O olhar que se ergueu até ele mal disfarçou o desgosto.

Vergonha de fanfiqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora