Você nem imagina! — Getou pensou com seus botões, bufando e lançando um olhar cortante para Gojo.
— Sim, eu estava prestes a receber um oral maravilhoso perto da porta que todos os vizinhos iam escutar, e você arruinou meu boquete e minha tentativa de exibicionismo sexual vocal, Megumi! — Reclamou o professor, pondo uma mãos nos quadris enquanto segurava Getou com a outra.
— Se puder me poupar dos detalhes, eu agradeço — resmungou o garoto, largando a mochila perto da porta. — Ia tomar um banho e trocar de roupa, mas como não tô a fim de ser cúmplice do seu fetiche em exibicionismo, vou só beber uma água e sair, relaxa.
— Não era nem pra ter vindo! Eu não te falei que era pra ficar fora o dia todo? — Gojo reclamou com um beicinho, soltando seu convidado para cruzar os braços de forma indignada.
— Sabe que se tivesse falado, eu teria ficado bem longe — retorquiu Megumi, meio irritado. Passou por eles no corredor e foi até a cozinha, seguido de perto pelo dono da casa e o seu hóspede, que estava sem saber como reagir.
— Ah, tem razão, acho que esqueci de avisar — Gojo parou para pensar e no fim deu de ombros, observando com olhos estreitos o garoto que ia atrás de um copo de água, enquanto ele mesmo achava seu caminho na cozinha, tateando as coisas e indo até a geladeira procurar um doce para se acalmar, ignorando seu aluno perdido.
Getou também tinha entrado no cômodo e agora encarava a ambos, apoiado com os cotovelos na mesa, o cenho franzido em certa confusão. Resolveu se pronunciar, queimando as costas de Gojo com um olhar enquanto o amaldiçoava mil vezes na própria mente — filha da puta arrombado do caralho, nem pra avisar que tem cria em casa, desgraçado que só me faz passar vergonha nessa porra!
— Você não me falou que tinha um filho — comentou apenas, fingindo serenidade enquanto observava o tal Megumi andar pela cozinha. Ele não devia ter mais de vinte anos, e não parecia muito com Gojo. Tinha cabelos de um negro azulado em um penteado desleixado, olhos azuis escuros e uma aura de poucos amigos.
— Ah, ele não é meu filho! — Gojo riu, tirando a cara da geladeira para encará-lo, lambendo uma colher com qualquer que fosse a porcaria que tinha pego lá dentro. — É um ex aluno do ensino médio que teve problemas familiares e eu quis ajudar. Mas não precisa ficar com ciúme, docinho, ele namora o Yuuji.
— Eu não namoro o Yuuji! — Megumi resmungou, corando furiosamente.
— Ainda não pediu ele em namoro? — Gojo se virou para encará-lo, fechando a porta da geladeira, com a colher pendurada entre os lábios, as mãos pousadas no quadris e uma expressão reprovadora no rosto. — Vai esperar a ruivinha roubar ele de você?
— A Nobara tá com a Maki, e eu já disse que ela não é ruiva, Gojo — argumentou o garoto, revirando os olhos.
— Não é dessa ruiva que eu tô falando. É outra, alta e de bunda grande igual ele gosta. Vi ela paquerando ele na padaria — fofocou, ignorando o olhar acusatório de Getou.
— Que ruiva? Ele não me falou disso! — Megumi não conseguiu disfarçar bem o desgosto em sua voz.
— Não deve ter contado porque a ruiva era uma senhorinha abusada, garoto — Getou se intrometeu, porque estava cansado de ser excluído do papo e, além disso, conhecia Yuuji por ser irmão de Sukuna, e lembrava bem de seu amigo ter mencionado a história da "velhinha de cabelo tingido de vermelho dando em cima do maninho". — Você convive com esse palhaço todo dia, deveria saber que a palavra dele é igual bosta a maior parte do tempo.
— Nem meu amante me respeita! — Bufou Gojo, indignado. — Mas você viu, não viu? Ele ficou desesperado! Tá super a fim do Yuuji e fica aí, moscando. Não foi assim que te criei, não, Megumi! — Acrescentou, brandindo a colher em sua direção como se esta fosse uma grande ameaça.
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Vergonha de fanfiqueiro
FanficTodo fanfiqueiro que se preze já passou alguma vergonha ao ler coisas indevidas em lugares indevidos. Getou não era muito diferente, mas ele não esperava ser pego lendo um hot justamente pelo professor Gojo, por quem tem uma queda enorme. Depois des...