Tô viva, amaro? Perdoem o sumiço, foi tudo culpa do bolsonaro.
Boa leitura, bando de fanfiqueire sem vergonha.
***
Getou e Gojo saíram tranquilos do consultório, com a certeza de que estava tudo certo com sua saúde. Depois de ser arrastado para uma bateria de exames diversos na semana para fazer companhia ao professor, foi obrigado também a levar os resultados para que o médico pudesse interpretá-los. Não fosse pelos pulmões cinzentos, teria sido elogiado pelo cuidado que tinha com sua saúde. Em sua defesa, o cigarro era uma tática para lidar com crises intensas de ansiedade. Além do mais, se fosse totalmente perfeito, seria sem graça, né?
Era quase fim de tarde quando saíram do consultório dentro do shopping, o que Getou achou meio bizarro. Já tinha visto laboratórios de exames, mas médico que atendia lá dentro era novidade. Pelo menos nenhum deles estava prestes a morrer e o atendimento tinha sido ótimo, para variar. Algumas experiências que Getou passou pelo atendimento público o fizeram sair do consultório cogitando seriamente voltar só para gastar seu réu primário, porque não conseguia entender como alguém dedicava anos cursando medicina para ser um profissional tão merda.
— Bom, agora que a gente sabe que tá saudável, vamos poder transar muito! — Gojo interrompeu os pensamentos revoltados de seu aluno.
— Achei que o plano era transar muito caso estivéssemos morrendo, para aproveitar os últimos dias e tals… — ironizou Getou, arqueando as sobrancelhas ao parafrasear as palavras ditas pelo professor antes da consulta.
— Oh, eu esqueci de mencionar que esse era o plano independente do resultado? — disse com uma expressão de falsa inocência.
— Pelo visto temos uma cadela no cio…
Gojo respondeu dando um soco falso no seu braço, gargalhando baixo sem sequer tentar se defender da acusação gravíssima. De braços entrelaçados, começaram a passear pelo shopping, encarando as vitrines com acessórios e roupas chamativas.
— Quero ir comer uma casquinha — anunciou Gojo, animado.
— Acabamos de sair de uma consulta, a gente não deveria fingindo que somos saudáveis? — Getou ergueu as sobrancelhas numa expressão de pura ironia.
— Não seja bobo, a graça de saber que está saudável é justamente ter passe livre pra fazer muita merda — com um gesto de dispensa com a mão, o professor continuou arrastando seu aluno pelo braço.
— Ah, então sua motivação pra ir no médico é descobrir que tá saudável e se esforçar até não estar mais, é isso? — rindo incrédulo, o universitário apenas meneou a cabeça em negativa.
— Óbvio!
Getou revirou os olhos, incrédulo, mas se deixou ser guiado enquanto guardava os papéis na sua ecobag estampada com gatinhos fofos desenhados em cartoon, contrastando com suas usuais roupas pretas. Gojo observava com canto do olho, achando a cena tão fofa quanto a ecobag. Resolveram ir direto para a praça de alimentação, que estava se enchendo aos poucos conforme a tarde e os animados para sextar iam chegando. Depois de proferir insultos e declarar sua repulsa às casquinhas do Burguer King, o albino tomou a direção do MCdonalds, feliz da vida. A fila, por algum milagre, não estava tão grande, e os pombinhos tomaram seu lugar nela.
— Adoraria comer um lanchão desses agora, mas ia desperdiçar todo meu trabalho de fazer chuca! — exclamou Gojo ao encarar as enormes propagandas de lanches em promoção.
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Vergonha de fanfiqueiro
FanfictionTodo fanfiqueiro que se preze já passou alguma vergonha ao ler coisas indevidas em lugares indevidos. Getou não era muito diferente, mas ele não esperava ser pego lendo um hot justamente pelo professor Gojo, por quem tem uma queda enorme. Depois des...