Capítulo 9: "eu não tenho medo de você."

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Lucy on

Draco só reapareceu no fim da manhã de quinta-feira, quando os alunos da Sonserina e da Grifinória já estavam na metade da aula dupla de Poções. Ele entrou cheio de arrogância na masmorra, o braço direito enfaixado e pendurado em uma tipoia, agindo como se fosse a última doninha da floresta.

– Como vai o braço, Draco? – perguntou Pansy Parkinson, com um sorrisinho insincero. – Está doendo muito?

– Está – respondeu o garoto, fazendo uma careta corajosa. Mas eu vi ele piscar para Crabbe e Goyle, quando Pansy desviou o olhar.

– Vá com calma, vá com calma – disse o Prof. Snape gratuitamente.

A classe estava preparando uma poção nova naquele dia, uma Solução Redutora. Draco armou seu caldeirão bem ao meu lado.

– Professor – chamou Draco –, vou precisar de ajuda para cortar as raízes de margarida, porque o meu braço...

– King, corte as raízes para Malfoy – disse Snape sem erguer a cabeça.

Bufei.

– Vamos, corte logo, King! – Ordenou Malfoy.

Levantei a faca que eu estava usando, colocando bem perto do Malfoy, que se assustou e peguei as raízes dele, começando a cortar, ele pareceu aliviado e tive que me segurar para não ri.

– Faça direito! – Eu estava fazendo bem bonitinho, mas quando ele falou isso uma raiva me bateu e eu comecei a cortar tudo errado.

– Professor – falou Draco com a voz arrastada –, King está mutilando as minhas raízes.

Snape aproximou-se da mesa, olhou para as raízes por cima do nariz curvo e em seguida me deu um sorriso desagradável, por baixo da cabeleira longa e oleosa.

– Troque de raízes com Malfoy, King.

Bufei, mas logo dei um sorriso maroto.

Eu peguei minhas raízes e coloquei em um canto da mesa do Draco e peguei as raízes dele, e quando eu fui deixar as raízes na mesa eu fiz um movimento rápido com a mão e quando ela tocaram na mesa elas ficaram cortadas bem bonitinhas.

Por sorte ninguém percebeu.

– E, professor, vou precisar descascar este pinhão – disse Draco, a voz expressando riso e malícia.

– Potter, pode descascar o pinhão de Malfoy. – disse Snape.

Harry apanhou o pinhão. Harry descascou o pinhão o mais depressa que pôde e atirou-o para o lado de Draco, sem falar. O outro riu com mais satisfação que nunca.

– Tem visto o seu amigo Hagrid, ultimamente? – perguntou Draco aos dois, baixinho.

– Não é da sua conta – retrucou Rony aos arrancos, sem erguer a cabeça.

– Acho que ele não vai continuar professor por muito tempo – disse Draco num tom de fingida tristeza. – Meu pai não ficou nada satisfeito como meu ferimento...

– Continue falando, Draco, e vou lhe fazer um ferimento de verdade – rosnou Rony.

– ... ele apresentou queixa aos conselheiros da escola. E ao Ministério da Magia. Meu pai tem muita influência, sabe. E um ferimento permanente como este – ele fingiu um longo suspiro –, quem sabe se o meu braço vai  voltar um dia a ser o mesmo?

– Malfoy, – Apoiei meu ante braço em seu ombro – se eu fosse você ficaria na sua, eu não tenho medo de você. – Adicionei piscando para o mesmo, que desviou o olhar, como se nada tivesse acontecido.

𝓢emi - 𝓑ruxa ❶Onde histórias criam vida. Descubra agora