Capítulo 35: "Humanos conseguem ser piores do que os monstros..."

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Narradora on

Lucy saiu da sala da professora e foi na direção do Harry, que havia escolhido esperar por ela.

– Oi, obrigada por me esperar. – Os dois começam a descer.

– Nada, e aí? – Harry olha para a amiga, que estava pálida e tensa. – Viu algo?

– Não. – Lucy responde rapidamente. – Quer dizer... mais ou menos... não quero conversar sobre isso.

– Ok... – Harry assente. – O que você acha que a professora quis dizer?

– Eu não tenho certeza... – Lucy olha para uma das janelas que eles estavam passando. – Acho melhor contar para a Hermione e para o Ron.

– Tem razão. – Ele ofereceu seu braço. – Vamos para a Comunal?

– Vamos. – Lucy entrelaça seu braço no dele.

E assim caminham, apressados, para a Torre da Grifinória.

As pessoas cruzavam por eles, rindo e brincando, a caminho dos jardins e da liberdade há muito esperada; quando eles alcançaram o buraco do retrato e entrou na sala comunal, o lugar estava quase deserto. A um canto, ele viu Rony e Hermione, sentados.

– A Profª Sibila – começou Harry ofegante – acabou de me dizer...

Mas parou abruptamente ao ver os rostos dos amigos.

– Que houve? – Lucy sussurra preocupada.

– Bicuço perdeu – disse Rony com a voz fraca. – Hagrid acabou de nos mandar isso.

O bilhete de Hagrid, desta vez, estava seco, sem lágrimas derramadas, contudo sua mão parecia ter tremido tanto ao escrever que o texto era quase ilegível.

Perdemos o julgamento do recurso.
Vão executar Bicuço ao pôr do sol.

Vocês não podem fazer nada.
Não desçam. Não quero que vocês vejam.
Hagrid.

– Temos que ir – disse Harry na mesma hora. – Ele não pode ficar lá sozinho, esperando o carrasco!

– Duvido que eles tenham feito um julgamento justo... – Lucy resmunga com rancor.

– Mas é ao pôr do sol – disse Rony, que estava espiando pela janela como olhar meio vidrado. – Nunca nos deixariam... principalmente a você, Harry...

Harry apoiou a cabeça nas mãos, pensando.

– Se ao menos tivéssemos a Capa da Invisibilidade... – Lucy sussurra, lembrando da história do Harry.

– Onde é que ela está? – perguntou Hermione.

Harry lhe contou que a deixara na passagem da bruxa de um olho só.

– ... se Snape me vir por ali outra vez, vou entrar numa fria – terminou ele.

– É verdade – concordou Hermione, se levantando. – Se ele vir você...Como é mesmo que se abre a corcunda da bruxa?

– A gente dá uma pancada e diz: "Dissendium" – disse Harry. – Mas...

Hermione não esperou o resto da frase; atravessou a sala, empurrou o retrato da Mulher Gorda e desapareceu de vista.

– Ah, não acredito que ela tenha ido buscar! – exclamou Rony, acompanhando-a com o olhar.

Dito e feito. Hermione voltou quinze minutos depois com a capa prateada dobrada com cuidado sob suas vestes.

𝓢emi - 𝓑ruxa ❶Onde histórias criam vida. Descubra agora