Capítulo 41: Juramento de Dedinho.

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Narradora on

Harry e Hermione entraram na enfermaria. Estava vazia exceto por Rony, que continuava deitado imóvel na cama ao fundo e Lucy, que estava olhando para o nada, com uma expressão triste, que sorriu ao ver eles e se deitou. Ao ouvirem o clique da fechadura, Harry e Hermione voltaram às suas camas, e a garota guardou o vira-tempo, dentro das vestes. Um instante depois, Madame Pomfrey saiu de sua sala.

– Foi o diretor que eu ouvi saindo? Será que já posso cuidar dos meus pacientes?

A enfermeira estava muito mal-humorada. Lucy, Harry e Hermione acharam melhor aceitar o chocolate que ela trazia sem resistência. Madame Pomfrey ficou vigiando para ter certeza de que eles o comessem. Mas Harry mal conseguia engolir. Ele e Hermione estavam esperando, escutavam, os nervos vibrando desafinados... Lucy estava calada, pensando na conversa que acabara de ter com sua mãe. Então, quando aceitaram o quarto pedaço de chocolate de Madame Pomfrey, eles ouviram ao longe o ronco de fúria que ecoava em algum ponto do andar acima...

– Que foi isso? – perguntou Madame Pomfrey assustada.

Agora ouviam vozes raivosas, que iam se avolumando sem parar. A enfermeira tinha os olhos na porta.

– Francamente, vão acordar todo mundo! Que é que eles acham que estão fazendo?

Harry tentava ouvir o que as vozes diziam. Elas foram se aproximando...

– Ele deve ter desaparatado, Severo. Devíamos ter deixado alguém na sala vigiando. Quando isto vazar...

– ELE NÃO DESAPARATOU! – vociferou Snape, agora muito próximo. – NÃO SE PODE APARATAR NEM DESAPARATAR DENTRO DESTE CASTELO! ISTO... TEM... DEDO... DO... POTTER!

Lucy revirou os olhos, também prestando atenção.

– Severo... seja razoável... Harry está trancado...

PAM.

A porta da ala hospitalar se escancarou.

Fudge, Snape e Dumbledore entraram na enfermaria. Somente o diretor parecia calmo. De fato, parecia que estava se divertindo. Fudge tinha uma expressão zangada. Mas Snape estava fora de si.

– DESEMBUCHE, POTTER! – berrou ele. – QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?

– Professor Snape! – protestou esganiçada Madame Pomfrey. – Controle-se!

– Olhe aqui, Snape, seja razoável – ponderou Fudge. – A porta esteve trancada, acabamos de constatar...

– ELES AJUDARAM BLACK A ESCAPAR, EU SEI! – berrou Snape, apontando para Harry e Hermione. 

Seu rosto estava contorcido; voava cuspe de sua boca.

– Acalme-se, homem! – ordenou Fudge. – Você está falando disparates!

– O SENHOR NÃO CONHECE POTTER! – berrou Snape em falsete. – FOI ELE, EU SEI QUE FOI ELE QUE FEZ ISSO...

– Chega, Severo – disse Dumbledore em voz baixa. – Pense no que está dizendo. A porta esteve trancada desde que deixei a enfermaria dez minutos atrás. Madame Pomfrey, esses garotos saíram da cama?

– Claro que não! – respondeu Madame Pomfrey com eficiência. – Eu os teria ouvido!

– Aí está, Severo – disse Dumbledore calmamente. – A não ser que você esteja sugerindo que Harry e Hermione sejam capazes de estar em dois lugares ao mesmo tempo, receio que não haja sentido em continuar a perturbá-los.

𝓢emi - 𝓑ruxa ❶Onde histórias criam vida. Descubra agora