Capítulo 12: "SEGURE ESSE GATO!"

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Lucy on

Não demorou nada e a Defesa Contra as Artes das Trevas se tornou a matéria favorita da maioria dos estudantes. Somente Draco Malfoy e sua patota de alunos da Sonserina tinham alguma coisa de ruim a dizer do Profº Lupin.

– Olha só as vestes dele – Malfoy diria num sussurro bem audível quando o professor passava. – Ele se veste como um velho elfo doméstico.

Mas ninguém mais se importava se as vestes de Lupin eram remendadas e esfiapadas. Suas aulas seguintes tinham sido tão interessantes quanto a primeira. Depois dos bichos-papões, eles estudaram os "barretes vermelhos", criaturinhas malfazejas que lembravam duendes e rondavam os lugares onde houvera derramamento de sangue – masmorras de castelos e valas dos campos de batalha desertos – à espera de abater a porrete os que se perdiam. Dos barretes vermelhos eles passaram aos kappas, seres rastejantes das águas, que lembravam macacos com escamas, palmípedes cujas mãos comichavam para estrangular os banhistas desavisados que penetravam seus domínios.

Porém nem todas as matérias estavam sendo tão felizes: a história do bicho-papão que assumira a forma do Profº, e a maneira com que Neville o vestira com as roupas da avó, correra a escola como fogo espontâneo. Snape não parecia ter achado graça. Seus olhos faiscavam ameaçadoramente à simples menção do nome de Lupin e ele andava implicando com Neville mais do que nunca.

As horas que passava na sala sufocante da Profª Sibila também não eram nada agradáveis, decifrando formas e símbolos enviesados. Não conseguia gostar de Sibila, nem acreditar, embora ela fosse tratada, por muitos alunos da turma, com um respeito que beirava a reverência (idiotice na minha opinião). Parvati Patil e Lilá Brown passaram a rondar a torre da professora na hora do almoço, e sempre voltavam com irritantes ares de superioridade, como se soubessem de coisas que os outros desconheciam. 

Ninguém gostava realmente de Trato das Criaturas Mágicas que, depois da primeira aula repleta de ação, tornara-se extremamente monótona. Hagrid parecia ter perdido a confiança em si mesmo. Os alunos agora passavam aula após aula aprendendo a cuidar de vermes, que eram uma das espécies de bichos mais chatas que existem no mundo, e não era por acaso.

– Por que alguém se daria o trabalho de cuidar deles?! – exclamou Rony, depois de mais de uma hora enfiando alface fresca picada pela goela escorregadia dos vermes.

E CHB? 
Bem, Clarice estava em missão, dando pouquíssimas notícias (me deixando nervosa).
Grover estava procurando mais semideuses.
Percy, Annabeth e Thalia estudando (Difícil de acreditar, né?).

Logo outubro chegou com algo a mais para me preocupar: a temporada de quadribol se aproximava e Olívio (gostoso) Wood, capitão do time da Grifinória, convocou uma reunião para uma noite de quinta-feira com a finalidade de discutirem as táticas que adotariam na nova temporada.

No quadribol havia sete jogadores num time de quadribol: três artilheiros (eu sou uma), cuja função é marcar gols fazendo a goles (uma bola vermelha do tamanho de uma bola de futebol) passar por um aro no alto de uma baliza de quinze metros de altura fincada em cada extremidade do campo; dois batedores, armados com pesados bastões para repelir os balaços (duas bolas pretas maciças que voavam para todos os lados tentando atacar os jogadores); um goleiro, que defendia as balizas e um apanhador, que tinha a função de capturar o pomo de ouro, uma bolinha alada do tamanho de uma noz, cuja captura encerrava o jogo, e garantia para o time do apanhador cento e cinquenta pontos a mais.

Olívio era um rapaz forte, lindo e gostoso de dezessete anos, agora no sétimo e último ano de Hogwarts. Tinha uma espécie de desespero silencioso na voz quando se dirigiu aos seis companheiros de equipe nos gelados vestiários, localizados nas pontas do campo de quadribol, agora quase escuro.

𝓢emi - 𝓑ruxa ❶Onde histórias criam vida. Descubra agora