Capítulo 32: Grifinória x Sonserina (1)

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Lucy on

Hermione se reuniu aos três amigos ao pé da escada para a sala da Profª Sibila, vinte minutos mais tarde, com um ar extremamente encabulado.

– Não posso acreditar que perdi os feitiços para animar! E aposto como vão cair nos exames; o Prof. Flitwick insinuou que poderiam cair!

– Eu posso te mostra depois, Mione. – Lucy abraçou a amiga de lado.

Juntos, eles subiram a escada para a sala escura e abafada da torre. Brilhando em cada mesinha havia uma bola de cristal cheia de uma névoa branco-pérola. Lucy, Harry, Rony e Hermione se sentaram juntos à mesma mesa bamba.

– Pensei que não íamos começar bolas de cristal antes do próximo trimestre – resmungou Rony, lançando à sala um olhar preocupado, à procura da professora, caso ela estivesse espreitando por ali.

– Não reclame, isso significa que terminamos quiromancia – murmurou Harry em resposta. – Eu já estava ficando cheio de ver Trelawney fazer careta de aflição todas as vezes que examinava as minhas mãos.

Lucy teve que segurar o riso.

– Bom-dia para todos! – saudou a voz etérea e familiar, e a professora saiu das sombras em sua costumeira e dramática aparição.

Parvati e Lilá estremeceram de excitação, os rostos iluminados pelo brilho leitoso das bolas de cristal.

– Resolvi começar a bola de cristal mais cedo do que tinha planejado – disse a professora, sentada de costas para a lareira, olhando para a turma. – As Parcas me informaram que o exame de vocês em junho tratará do orbe, e estou ansiosa para oferecer-lhes muita prática.

Lucy teve que esconder uma cara de deboche e Hermione deu uma risadinha.

– Bem, francamente... "as Parcas a informaram"... quem é que prepara o exame? Ela mesma! Que profecia assombrosa! – continuou a garota sem se preocupar em manter a voz baixa.

Lucy, Harry e Rony sufocaram risadinhas. Era difícil dizer se a professora os ouvira, pois seu rosto estava oculto pelas sombras. Ela, no entanto, continuou como se não tivesse ouvido.

– A vidência com a bola de cristal é uma arte particularmente requintada – disse em tom sonhador. – Por isso não espero que vocês vejam alguma coisa ao procurarem examinar pela primeira vez as profundezas infinitas do orbe. Vamos começar praticando o relaxamento da mente consciente e da visão exterior – Rony começou a soltar risadinhas irrefreáveis e precisou meter o punho na boca para abafar o som – para vocês poderem limpar a visão interior e a supraconsciência. Talvez, se tivermos sorte, alguns de vocês consigam ver alguma coisa antes do fim da aula.

E então começaram a praticar. Harry, pelo menos, sentiu-se extremamente bobo de mirar a bola de cristal, tentando manter a mente vazia, enquanto pensamentos do tipo "que coisa mais idiota" não paravam de lhe ocorrer. Rony não ajudava nada com seus acessos de riso silencioso nem Hermione com seus muxoxos e Lucy com seus resmungos e revirar de olhos.

– Viram alguma coisa? – perguntou Harry aos três, depois de manter os olhos fixos na bola uns quinze minutos.

– Já, tem uma queimadura no tampo dessa mesa – disse Rony apontando.– Alguém derrubou uma vela.

– Sim, eu vi que esses foram os quinze minutos da minha vida mais mal usados... – Resmungou Lucy.

– Isto é uma baita perda de tempo – sibilou Hermione. – Eu podia estar praticando alguma coisa útil. Podia estar recuperando a matéria de feitiços para animar...

𝓢emi - 𝓑ruxa ❶Onde histórias criam vida. Descubra agora