sunastreo

magnetismo corporal

"Eu sinto como se eu estivesse esperado a minha vida inteira por esse exato momento. Eu não sabia o que era antes, mas agora eu sei. Eu estava esperando para te encontrar, para te conhecer e para me apaixonar por você."

— Eisha Tandon, A poem for a moment with you.

MUNDO NEPENTHE

Apesar de estar mergulhada em um descanso aconchegante, Regina podia sentir o ambiente em que estava começar a chacoalhar, a balançando até tirá-la parcialmente do seu sono. Antes que pudesse abrir os olhos para compreender o que estava acontecendo na realidade a sua volta, ela ouviu uns grunhidos de alguém claramente apavorado.

— Não!

O grito desesperado foi o que faltou para o seu cérebro dar um clique de alarme, a fazendo se sentar na cama ligeiramente, os seus olhos atentos buscando pelo possível perigo e a sua respiração já desregulada por aquilo que ela ainda não sabia o que era. Foi quando percebeu que, na verdade, o que estava tremendo era a sua própria cama. Agarrou os seus lençóis, silenciosamente agradecendo que estava no seu quarto antes de mais nada.

Sua atenção foi novamente roubada quando mais um grunhido soou ao seu lado. Ela finalmente permitiu controlar a sua respiração desenfreada quando percebeu que o barulho tinha vindo de uma das pessoas que ela mais confiava e que estava deitada do outro lado da sua cama. Ainda sentindo a sua adrenalina pulsando por todo o seu corpo, Regina chegou mais perto de Emma, se ajeitando no meio da cama.

— Mélios? — a morena a chamou um pouco desconcertada, mas a loira ainda se virava de um lado para o outro no colchão, com a sua mente continuando a ser atormentada.

Percebendo que não foi o suficiente e ficando ainda mais preocupada com a sua amiga que estava nitidamente passando por um pesadelo desagradável, Regina atravessou a cama para tentar segurar os ombros da loira para balança-los até acordá-la.

O que foi uma péssima ideia.

— Não! — Emma gritou em pura aflição, se debatendo contra as mãos que agora a segurava pelos ombros. — Solte-me, eu tenho que ir ajudá-la!

Por um momento, Regina se desconcentrou no seu agarre para tentar entender o que a loira estava querendo dizer e, de repente, Emma acertou com bastante força o seu punho fechado no braço da morena para que ela pudesse afastar o agarre em seus ombros. O que conseguiu, fazendo Regina cair no meio da cama em um instante pela força do seu golpe.

— Emma! — Regina gritou tanto de dor quanto de surpresa, alisando com a outra mão a pele que recebeu o soco, o seu músculo trincando dentro do seu braço enquanto parecia que foi deixado um buraco no mesmo lugar.

Mas a loira parecia ainda dentro da realidade conturbada do seu pesadelo. Regina sabia que, se continuasse assim, poderiam acordar até Zelena, e isso não seria bom. Tomada por uma certa força e indignação graças ao murro recebido, Sylph decidiu segurá-la de vez pelos dois pulsos.

— Não! — Emma gritou novamente, sentindo duas mãos firmes nos seus pulsos. — Eu preciso ir!

Regina percebeu a princesa querer começar a usar as pernas para tentar chutá-la para longe em um novo golpe, então, ela foi mais rápida e sentou-se em cima dela, posicionando-se cada perna de um lado do quadril da loira. Sua respiração incrivelmente errática e os seus cabelos pretos bagunçados na frente do seu rosto indicavam o começo de um cansaço pela atividade física repentina enquanto ela imprensava o corpo agitado da mulher contra o colchão.