Quatro anos e meio depois que a vida de Ana Lívia virou de ponta cabeça, a mineira tenta sobreviver a sua maneira, cuidando sozinha de seu filho, Dudu, e trabalhando em um emprego que pode não ser dos seus sonhos, mas supre seu desejo em permanecer...
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AVISOS IMPORTANTES:
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*Boa leitura!
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— Ana Lívia... — Cecília falou depois de ficar muito tempo em silêncio. Havia escutado toda a história da amiga, Ana havia contado tudo.
Desde o dia em que ela e Chanwoo ficaram presos no quarto na casa de Kaíque, a briga do dia seguinte, o atraso na menstruação, os sintomas de grávidez, até os testes. Ana Lívia não deixou de fora um único detalhe sequer, contando tudo em meio a lágrimas, soluços e respirações pesadas.
Ela finalmente teve coragem de contar para alguém sobre o que estava passando e parecia como se um peso tivesse saído de suas costas. É verdade que não estava aliviada totalmente, o outro protagonista da história não tinha noção do que estava se passando com ela e se dependesse de Ana, ele nunca saberia.
— Ciça — ela falou depois de ficar um tempo com a cabeça encostada no sofá, os olhos fechados, tentando manter a respiração regular. Ana sentiu um aperto em sua mão direita, sabia que era Cecília a dizendo que estava ali. — Eu não posso destruir o sonho dele.
Ela escutou Ciça soltar o ar, frustrada. Ela não tinha falado nada ainda, mas como eram amigas há anos, Ana Lívia sabia exatamente o que a outra diria.
— Você sabe que não é justo com ele, não sabe? — Ela perguntou o óbvio.
Ana Lívia sabia mais do que ninguém o quanto isso seria injusto com o Chanwoo. Mas que opção ela tinha nesse momento?
— O que você sugere que eu faça, Cecília? — Ana perguntou retórica. Estava cansada. Já tinha passado dias demais pensando sobre isso e nunca chegava a uma resposta boa o suficiente. — Eu não posso simplesmente contar pra ele que estou esperando um filho dele. E se eu contar, o que ele vai fazer? Ele deve estar super animado terminando de arrumar as coisas para a viagem...
Isso se ele já não estivesse indo de carro para São Paulo para passar a noite em um hotel na cidade e pegar o avião para a Coreia no dia seguinte.
— Não é como se ele fosse cancelar a viagem de última hora para a gente poder resolver o que fazer. E aí, o que faríamos depois do choque inicial? Porque eu mesma custei para acreditar que estava grávida. Ciça, fiz três testes com medo do primeiro dar errado. — Ana despejou o monólogo em Cecília, as mãos gesticulando muito, já não estava mais sentada no sofá, agora andava de um lado para o outro no tapete felpudo da sala das Lima. — O que a gente faz depois? Ele me leva para a Coreia? Ele desiste da faculdade dos sonhos pra ficar aqui? Os pais dele pedem que eu... Que eu...
— Ana, não faça isso. — Cecília se levanta no momento que a amiga começa a entrar em um caminho que só vai deixá-la pior. — Eles não pediriam isso. Você os conhece o suficiente para saber que o tio Sung e a tia Flora nunca iriam pedir para você fazer isso.