Daniel 11

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Devem estar se perguntando quem eu sou de verdade? Daniel! Sharman! Quem? Eu vou dizer quem eu sou. Sou os dois, também posso ser bom e ser mau assim como qualquer um, ninguém é bom ou mau o tempo todo, pare e pense, tem um limite, uma hora todos se perguntam se vale a pena ser o que é?

Foi o que aconteceu comigo, eu questionei a mim mesmo, e aí aconteceu; um conflito interno que me levou a ascender um lado que todos os bons pensam não ter. você também é mau, fazer o que!? É a nossa natureza, lutar contra isso é o que significa ser humano.

Embora eu esteja ciente das coisas que fiz e que farei de agora em diante, não posso fazer nada, o meu lado bom está preso no subconsciente da minha própria mente, minha personalidade maléfica assumiu meu corpo e diz não ser eu, mas ele sou eu, pelo menos uma parte de mim. Eu não posso ajudar Sophia, Wanda e nem Mary, preso no subconsciente e mais fraco que minha personalidade assumindo meu corpo, esse sou eu, não posso voltar até que matem ele, esta é a regra que até o outro eu não pode quebrar.

- Não pode fugir pra sempre Daniel!

- É Sharman! Quantas vezes eu tenho que dizer?

Olho em volta, não vejo a garota, esqueci o nome dela, há! Lembrei, Alice. Pretendo me livrar dela assim que possível! Tem muitos escombros nesta floresta, o fogo deixou um campo aberto, pedaços do helicóptero estão por todas as partes, mas nem um sinal dela, ainda preciso dela, mas agora meu foco é nele, Edward. Saco as unhas, alongo meus dedos me preparando para rasgar a pele dele, quem sabe arrancar seu coração. Ele saca uma arma.

- Edward! vai apelar agora?

Vejo um pedaço da porta do helicóptero à minha direita, corro rápido pegando, ele faz o primeiro disparo, apoio à porta no chão usando como escudo, pelas brechas da porta vejo ele se aproximando durante a sequência de disparos. A arma descarregada, arremessei o escudo em direção a ele, Edward desviou, aproveitei a distração e chutei as pernas dele fazendo ele ir ao chão, sem intervalo, levanto o pé, pisou forte no estômago dele.

- Agora na cara idiota!

Ele segura meu pé impedindo que eu estrague aquele rosto imundo. ele gira minha perna, sinto meus ossos estalar, ele quebrou minha perna, gargalhei em agonia, a dor já faz parte de mim, sinto uma rasteira repentina, ambos estamos no chão, ele enfia as unhas no meu peito, seguro o pulso dele. Pude sentir as mãos do inútil perfurando lentamente meu peito, ele quer meu coração.

- Não... - Esbravejei. senti ele sacar as unhas cortando um pouco mais fundo a carne, olhei para Edward, ele nem se quer me olhava, está focado e decidido, ele vai conseguir, está mais forte, ele segura o braço esquerdo com o direito para dar mais impulso ao golpe, sinto as unhas perfurar meu coração. A dor é insuportável dessa vez, ele vai tirar meu coração, o bosta do Daniel vai voltar, porcaria, estou fraco demais, Edward grita, está determinado e colocando mais força, posso ver as veias dele pulsando no pescoço, grossas. Olho pra minha direita, Alice está de pé a alguns metros de distância. Eu ainda posso vencer, esbravejei em dor, gritei mais alto que Edward, usando os dois braços segurei firme o antebraço dele, tirei as unhas dele que quase penetravam fundo o meu coração, mas ainda penetrava meu peito.

- Alice! - Gritei com um pouco de esforço, ela inclina a mão direita pra frente e faz um gesto, ela joga Edward pra longe de mim, ouço apenas gritos, ela nem precisa se aproximar pra quebrar vários ossos dele, não vai demorar pra ele se curar, ela sabe disso, ouço ele cessar os gritos. Continuei no chão ofegante e recuperando forças, olhando pra ela pude perceber o quão exausta estava, essa habilidade consome muito ela, tenho que ajudar, ainda preciso da garota louca.

- Alice! - Levantei, caminho até ela e a segurei nos braços enquanto ela segurava a cabeça, parecia ter uma enxaqueca horrível - temos que ir, agora!

Obsessão Mortal - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora