Vidas Desmoronadas

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Ao se dar conta que estava fazendo naquele instante Virgulino se afastou de Genu disse:
- Se já falou tudo pode ir embora Genu.
- Você tenha certeza que eu não quis te magoar desse jeito. Sempre procurei um jeito de te contar a verdade, mas a minha covardia foi maior.
- Acabou? - Falava Virgulino num tom irritado.
- Eu tenho uma coisa a te dizer.
- Fala logo! Eu tenho que me arrumar para ir ao trabalho. Ela resolveu não dizer, estava indo para abrir a porta Virgulino a pegou pelo braço os dois se encararam:
- Pela primeira vez o gato comeu sua língua. Não era tão importante assim não é mesmo?- Virgulino era irônico com a esposa.
- Esquece Virgulino! Vi que foi um erro tentar te mostrar a verdade adeus!

Enquanto isso Afonsoainda continuava discutindo com Shirley que continuava insistindo que ela aamava até que ele já cansado daquela discussão disse:
- Já chega! Seria que você ainda não percebeuque de mim não conseguirá nada. Vá embora daqui Shirley

- Mais Afonso......
- Vá embora Shirley ainda não percebeu que não é bem vinda aqui.
- Você ainda vai me pedir para voltar com você Afonso você vai ver.
Shirley saiu andando no meio da rua completamente desnorteada não esperava essa reação de Afonso esperava que ao se verem longe "daquele doceira" como ela chamava eles poderiam conversar e Afonso voltaria correndo para ela pois tinha certeza que ele a amava. Ela estava tão concentrada pensando num plano para conseguir Afonso de volta, que nem se deu ao trabalho de olhar para a rua para atravessar e não percebeu que vinha um carro em sua direção só percebeu quando o carro já estava bem perto dela e não deu tempo que ela saísse da frente e foi pega em cheio pelo carro caindo descordada do outro lado da rua.

O som do carrofreando bruscamente pegando Shirley de forma certeira a fez cair no chãodesacordada o motorista saiu do carro gritando:
- Alguém ajuda aqui! Por favor! O grito chamou atenção de Afonso que estavaquase virando a esquina ele ao se virar viu Shirley caída no chão o homem aolado dela pedindo ajuda foi na direção deles. Ao chegar lá Afonso perguntou:
- O que aconteceu senhor? - Aflito que podia ter problemas com aqueleatropelamento o homem implorou:
- Eu juro que não tive culpa, ela nem olhou que o meu carro vinha tentei evitarpor favor não chame a polícia.
- Calma senhor. Eu a conheço porque ela é minha ex esposa e nós estávamosconversando um pouco antes desse incidente. Agora vamos levar ela até umhospital.

- Não é melhor chamar uma ambulância? Meio tonta com a batida na cabeça Shirleyvolta a si ese queixa de dor:

- Aí minha cabeça! Minhas costas! Afonso você está aqui! - mesmo com aquela zonzeira via a imagem do português ele acenou afirmativamente:
- Sim! Agora vamos até o hospital ver se você não quebrou nada. O trio entrou no carro do atropelador e seguiram para o hospital mais próximo.

Enquanto isso em Itapetininga Lola estava com Clotilde e sua mãe na cozinha ajudando a fazer os doces. Tentando se distrair mais não conseguia um só minuto parar de pensar em Afonso. Clotilde que percebeu que ela estava muito calada disse:
- Lola minha irmã se anime eu sugeri que nos viesemos para cá para você conseguir se distrair e não ficar o tempo todo imaginando se o seu Afonso poderia ou não está com a dona Shirley. Porque você não aproveita que estamos aqui juntas e não conta para a mamãe como foi que começou o seu relacionamento com o seu Afonso.
- Sua irmã está certa Lola minha filha. E confesso que estou interessada em saber como começou esse romance embora sempre tenha percebido o olhar apaixonado que seu Afonso sempre lhe lançará.
- Está bem eu irei contar.

Já em São Paulo Genuchegou em casa arrassada depois da conversa que tinha dito com Virgulino estavatão triste pela forma como ele a tratou com desprezo. Assim que ela entrou emcasa Lili que estava na sala esperando que um dos dois aparecessem paraexplicar o que estava acontecendo foi ao encontro da mãe ao perceber o estadoque ela estava e disse:
- Minha mãe o que houve com a senhora? Conseguiu falar com o meu pai?
- ahhh Minha filha seu pai está hospedado em um hotel. Ele não me dá ouvidos

O Sincronismo do Nosso OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora