Fuga x Tentação

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Lola e Afonso continuaram passeando. E um pouco depois da hora de almoço eles voltaram para casa depois de terem combinado tudo sobre o jantar do dia seguinte mesmo Lola estando apreensiva pela reação dos filhos estava feliz como a muito tempo não se sentia.

A tarde estavaensolarada, pássaros cantando, o barulho do bonde que chega e sai de quinze em quinze minutos Eleonora estava na sua janela olhando fixamente para o armazém de Afonso que coincidentemente estava do lado de fora e a viu do outro lado da rua. Os dois pombinhos apaixonados timidamente trocaram olhares, sorrisos e mandaram um beijinho no ar.

Clotilde estavapassando justamente na sala via a irmã debruçada sobre a janela logo percebeuque ela estava admirando o seu "cunhado" de longe não querendointerromper aquele momento tentou sair de fininho mas o ranger daquele piso demadeira denunciou a sua presença ali Lola deu um salto de susto dizendo:
- Ai minha irmã que susto você me deu! Faz tempo que está aí?
- Tempo suficiente para ver o quanto a minha irmã está namorando na janela.
- Clotilde não se conteve dando uma risada.
- Por favor Clotilde assim você me deixa corada falando desse jeito. Já não foifácil ser pega no flagra pelo próprio filho.
- Como assim minha irmã? Conte essa história direito.
- Eu fui me encontrar com o Afonso na pracinha, estávamos conversando até queeu e ele acabamos nos beijando. Quem podia imaginar que o Alfredo fosseaparecer por lá!
- E o que ele fez? Disse o quê?
- Seu Afonso, quero dizer Afonso falou de nossos sentimentos e nos convidoupara amanhã a noite um jantar com toda família e os amigos mais próximos paraanunciar o nosso compromisso.
- Eu fico feliz que vocês estejam se acertando minha irmã, quem sabe logo vemcasamento.
- Vamos com calma Clotilde tudo no seu tempo primeiro temos que contar para aIsabel, pro Carlos e pro Julinho vê qual será a reação deles e outra começamosa namorar agora.

- Minha irmã falando nisso meu cunhado fica tãosozinho a noite porque depois do jantar você não vai fazer uma visita a ele ham?

- Aí não sei Clotilde a noite eu na casa do Afonso?
- Claro que sim minha irmã vocês conversam namoraram um pouquinho sem ter perigo que nenhum de meus sobrinhos atrapalhem.
- Está bem prometo que vou pensar!

Enquanto isso Afonsoestava no armazém conversando com Virgulino que disse:
- Mas e então meu amigo qual foi a reação do Alfredo?
- Olhe bem melhor do que eu esperava! Eu concordou com o namoro muito bem porsinal.
- Que bom meu amigo. Mais quando vocês irão contar para os outros?
- Amanhã num jantar lá em casa e logicamente você e sua família estãoconvidados meu amigo!
- Vou avisar os meninos e a Genu que certeza não vai querer perder por nadanesse mundo esse jantar meu amigo.
- No começo eu pensei que o que eu sinto por ela poderia atrapalhar a nossaamizade ela sempre me viu como um amigo e até somos sócios por conta dascompotas, eu não saberia como lidar com a sua recusa.
- Está vendo Afonso! O amigo quase me matou quando eu o aconselhei a ir atrásdela, já pensou se não abrisse seu coração estaria infeliz.
- Você tem razão seu Virgulino, eu amo essa mulher e não consigo ficar um minutosequer longe dela.
- Vou te confessar uma coisa: na noite passada estava na varanda pensando navida quando apareceu ela na janela do quarto dela sob trajes íntimos fiqueifascinado e tive que me conter para não cometer uma loucura.

- Ai Afonso eu te entendo perfeitamente isso acontece direto comigo sempreprincipalmente no meioda semana e no fim de semana que a Genu resolve me provocar se é que me entende.

- Sim entendo! A grande diferença que vocês são casados e eu e dona Lola, quero dizer Lola, eu a respeito muito e não ousaria a toca-la sem seu consentimento me sentiria um crápula.
- Bem eu vou indo para casa porque a Genu está me esperando até amanhã.
Virgulino se retirou do armazém Afonso não se aguentava de tanta felicidade que separou tudo que iria preparar para o jantar da noite seguinte. Deixou separado as batatas, cenouras, o arroz, a carne de carneiro e alguns temperos na sua cozinha para o preparo do jantar.

Enquanto isso Lolaestava em casa terminando de preparar o jantar para os filhos quando Alfredochegou e disse:
- Minha mãe a senhora está aí eu pensei que a senhora estivesse com seu Afonso!
- Não meu filho já estou aqui faz tempo tenho que trabalhar. E meu filho eufiquei muito feliz por você me apoiar.
- Imagine dona Lola não precisa agradecer bem eu vou subir pra me arrumarporque mais tarde eu vou sair!
Mais tarde Lola e seus filhos e Clotilde já tinham jantado e os meninos játinham se recolhido então Clotilde olhou para Lola e disse:
- E então minha irmã você vai visitar meu cunhado ou não?
- Aí não sei Clotilde já está muito tarde eu acho que não devo ir!
- Claro que deve Lola e outra não está tarde coisa nenhuma. Aproveite minhairmã vá namorar!
- Está bem Clotilde você me convenceu eu vou só trocar de roupa e vou até lá.

Lola então foi até seu quarto e se arrumou colocou um vestido amarelo florido eentão desceu em silêncio para que os filhos não percebessem queela estava saindo se despediu de Clotilde e saiu a caminho da casa de Afonso quando chegou lá bateu na porta ele estranhou porque ninguém ia em sua casa a noite mais foi abrir quando abriu a porta ficou surpreso e disse:

- Dona Lola, quer dizer Lola você aqui?
- Pois é resolvi seguir os conselhos de minha irmã e vim lhe fazer uma visita. Posso entrar?
- Claro entre por favor!

O português deu passagem para Lola entrar ela primeiro se certificou que ninguém conhecido a tivesse visto olhando por todos os lados e vendo que não havia ninguém ali na rua adentrou na casa de Afonso. O português fechou a porta e os dois ficam parados um olhando para outro.
- Você aceita tomar um cálice de licor de jaboticaba dona Lola, quero dizer Lola?
- Eu não sei nunca provei algo assim antes. Você sempre toma esse licor?
- Sim eu tomo logo depois do jantar e aprecio com uma boa música no gramofone.
- Então está bem! Eu aceito um cálice do licor. Afonso pegou os cálices de licor, enchendo-os entregou um nas mãos de Lola e outro ficou na sua mão. Ele disse: - Saúde Lola!
- Saúde Afonso! O português e a doceira brindaram, eles começaram a tomar pequenos goles da bebida e o homem ao ligar o gramofone tocou exatamente a música " A Deusa da Minha Rua".
Lola e Afonso ficaram ali sentados no sofá abraçados entretidos pela música e trocando alguns beijos. Enquanto bebiam mais um pouco de licor foi quando o clima começou a esquentar entre eles os beijos estavam ficando mais fortes tão por causa da paixão que eles sentiam como por causa do efeito da bebida.

Percebendo que obeijo deles estava ficando intenso Afonso o interrompeu afastando-se e disse:

- Me desculpe Lola! Não quero forçar a barra com você, te peço perdão.
O português se levantou do sofá querendo enfiar a sua cabeça num buraco por ter sido tão atrevido com a namorada ela caminhou em sua direção e fala:
- Não precisa pedir desculpas Afonso! Eu preciso ir agora! Tanto o quitandeiro e a dona de casa ficaram sem jeito devido a emoção vivenciada por um lado ela estava um pouco envergonhada de ter trocado um beijo mais intenso e cheio de amor que poucas ocasiões como essas eram vividas com o finado Júlio e Afonso todo gentil e preocu pado com ela disse:
- Eu a acompanho até em casa está tarde! Não é bom uma mulher andar sozinha pela rua a essa hora.
- Está bem Afonso! Então o casal andavam em direção a casa de Lola, as mãos deles acabam se esbarrando sem querer eles pararam em frente à casa dela Afonso pegou a mão dela a beijando delicadamente. Ela olhou para o rosto dele que também é encarada por aquele brilho dos olhos dele que demonstram o amor que sente por ela e se despediu dele:
- Até amanhã Afonso. No momento que estava prestes a dizer tchau para Eleonora ela o surpreendeu com um selinho. Aquela boca tocando seus lábios fez Afonso abrir um sorriso tímido e disss baixinho:
- Até amanhã Lola!

Aquela noite foi diferente para o casal será que vão conseguir dormir? O jantar vai correr tudo bem? 

O Sincronismo do Nosso OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora