Fantasmas do Passado

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Já era tarde da noite, na pensão de dona Amália Shirley olhava aquele lugar que teve que se instalar como um algo repugnante, cafona e não saia da sua cabeça: se vingar de Lola e Afonso.

"Se eles acham que vai ser felizes juntos estão muito enganados eu não vou sossegar até acabar com esse romance." Pensou a mãe de Inês. No dia seguinte Eleonora estava terminando de pôr a mesa do café da manhã quando Julinho a surpreendeu:

- Podemos conversar minha mãe?

- Claro, eu acho que temos uma conversa pendente não é mesmo meu filho?

- Não me venha com sermão a essa hora da manhã, eu tomei uma decisão: vou me mudar dessa casa.

- Perai como assim você vai sair de casa? Você vai para onde? - Falava Lola.

- Eu sei que vou para qualquer lugar longe daqui que não vou continuar vendo essa pouca vergonha da senhora e aquele aproveitador do seu Afonso.

- Menino olha como fala comigo eu não admito que fale nesse tom, outra coisa trate de me respeitar e o seu Afonso. Eu estou muito feliz ao lado dele e não vai ser uma pirraça de um menino mimado como você vai estragar minha felicidade.

- A senhora já está avisada até o final da semana eu vou arrumar minhas coisas e irei embora daqui.

Julinho nem se deu otrabalho de se despedir da mãe, saiu batendo porta e a pobre de nossa heroínanão conseguiu conter as lágrimas, ela começou a chorar que foi presenciado por Clotilde. Clotilde se aproximou dela, a consolava oferecendo sua solidariedade:

- Oh minha irmã o que foi que aconteceu?

- O Julinho veio me falar que vai sair de casa porque não aceita o meu relacionamento com Afonso vê se pode um negócio desse.

- Não posso acreditar que meu sobrinho está se comportando como uma criança birrenta, ele precisa aceitar minha irmã vou pedir para o Almeida ter uma conversa séria de homem para homem.

- Não sei onde foi que eu errei minha irmã.

- Você não errou em nada, para de se martirizar Lola. Eu tenho uma novidade para contar: o Argemiro comprou uma casa ao lado do armazém do seu Afonso vamos morar aqui na vizinhança:

- Que notícia maravilhosa, minha querida! Só você para me ajudar nessa hora tão difícil.

- Você sempre vai poder contar comigo minha irmã. Mais agora não fique pensando nas besteiras que o Julinho fala, pense somente na viagem que você fará com meu cunhado.

- Você está certa Clotilde. Eu não posso deixar o Julinho fazer chantagem comigo para eu terminar com tudo que tenho com Afonso.

- É assim que se fala Lola!

Clotilde e Loladepois dessa breve conversa foram preparar os doces para fazerem suas entregas.Horas depois elas já tinham concluído as entregas e estavam juntas na praça indo para casa foi quando Clotilde perguntou:

- Irmã você irá para casa agora? Eu estava pensando em passar na casa do Argemiro para ver ele e os meninos.

- Pode ir Clotilde eu também não irei agora para casa eu irei passar no armazém primeiro.

- Hum, vai namorar é irmã?

- Aí Clotilde cada coisa que se fala.

- Estou mentindo? - Pior que não. O que tem demais eu sou de carne e osso e tenho as minhas necessidades. E não vou mentir estou morrendo de saudade do Afonso!

- A Lola está apaixonada!

- Tô mesmo!

Lola e Clotilde então se despediram e seguiram caminhos diferentes, Lola como não estava muito longe logo chegou ao armazém e ficou olhando para Afonso sem que ele percebesse a sua presença, pelo menos era o que ela achava, passados alguns minutos Lola ainda estava do mesmo jeito foi quando escutou uma voz:

O Sincronismo do Nosso OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora