No dia seguinte, eram por volta das sete e meia da manhã Afonso estava em casa tomando café da manhã com Inês eles estavam esperando que Shirley aparecesse para que eles resolvessem logo tudo sobre a saída dela de lá. Alguns Minutos depois Shirley apareceu dando bom dia e se sentou para tomar seu café como se nada tivesse acontecido.
- Bom dia meus queridos! Acordei com uma fome hoje.
A cara de Afonso era de poucos amigos só de ver o cinismo de Shirley e logo foi dizendo poucas e boas para ela:
- Deixa de ser sonsa Shirley! Não vai achando que vai continuar morando aqui depois de tudo que você fez.
- Do que você está falando Afonso? Por que eu sairia da nossa casa?
- Nossa casa? Você só pode estar louca Shirley!
- Mãe nós já conversamos sobre isso. Ontem depois de tudo que houve não faz o menor sentido a senhora continuar vivendo aqui.
- Aí Inês o que aconteceu ontem foi apenas um deslize de minha parte, eu reconheço, mas não foi nada demais vamos passar uma borracha nisso tudo e vamos seguir nossas vidas.
- Shirley não seja sonsa. Você armou aquilo tudo além disso acusou a Durvalina de roubo. Você não é mais bem vinda nesta casa
- Afonso você não pode me expulsar de casa. Eu ainda sou sua mulher!- Minha mulher? Você só pode estar maluca Shirley já faz anos que nós terminamos o que tínhamos. A única pessoa que eu tenho alguma relação é a minha namorada, a minha futura mulher é a Lola.
- Essa mulherzinha sempre bancou a santinha e desprotegida para você Afonso, o que ela queria mesmo era esperar uma oportunidade para dar o bote em você e te tirar de mim.
- Alto lá eu não admito que você fale dela desse jeito, você não tem moral nenhuma me abandonou aqui, levou a nossa filha e agora acha que voltando para cá tudo está do jeito que você deixou, não Shirley. Agora trate de arrumar suas malas e quando eu voltar eu não quero te ver aqui.
Afonso pegou sua boina, desceu as escadas e estava indo direto abrir o armazém.
Shirley olhou pra Inês e disse:
- Você vai deixar que o Afonso faça isso Inês?
- Mãe se você não tivesse se intrometido na vida do meu pai, não tivesse feito essa besteira eu ainda poderia te ajudar mais depois disso eu não posso fazer nada pela senhora. Aliás a única que posso é irmos até seu quarto, arrumar a suas malas e te levar para uma pensão no centro.
- Pensão Inês?
- Sim pensão, agora vamos nos apressar antes que meu pai volte.
O português estava abrindo o armazém, Clotilde o esperava do lado de fora para comprar pão e conversar sobre a irmã:
- Bom dia meu cunhado! Tudo bem com o senhor?- Eu estou muito nervoso desde ontem, a Shirley passou dos limites espero que ela saia da minha casa hoje.
- Além da armação que ela queria fazer com meu cunhado o que mais ela fez?
- Acredita que inventou que a Durvalina a roubou, sorte que Inês não caiu no jogo dela.
- Meu Deus a que ponto ela chegou.
- Hoje ela foi tomar café como se nada tivesse acontecido. Mas eu a expulsei daqui e hoje mesmo ela irá sair.
- Fico feliz por você cunhado.
- Minha cunhada me faria um favor?
- Claro meu cunhado é só pedir.
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O Sincronismo do Nosso Olhar
RomanceEleonora Amaral, conhecida por sua família e seus amigos por seu lindo apelido Lola. Afonso Oliveira dono de um armazém na avenida Angélica, gentil e carinhoso com todos os seus amigos principalmente com Lola. Desde a morte de Júlio e a partida de S...