Lola após ter tido uma noite maravilhosa de amor com seu amor foi tomada pelo seu cansaço acabou adormecendo ao lado dele.
O dia foi dando os primeiros sinais que estava amanhecendo invadindo a janela daquele quarto onde estavam os pombinhos apaixonados. Como era de costume Afonso sempre levantava primeiro, ia até o banheiro fazer sua barba e depois cuidava da sua higiene pessoal. Enquanto ele se aprontava, Lola abriu os seus olhos negros que esticavam os seus braços com muita disposição e energia que deu um leve suspiro e disse:
- Bom dia! Hummm! Que noite hein querido.
- Bom dia meu anjo! Sabe que eu acordei com uma fome para fazer para nosso café da manhã: aquelas deliciosas torradas cobertas com geleia de morango e aquele queijo minas direto da Serra da Canastra e o café coado.
- Você me deixa mal acostumada com tanto carinho e mimo assim eu não penso duas vezes de largar tudo e vir para cá.
- O que você está esperando venha querida! Eu vou ser feliz por completo acordando todos os dias ao lado da minha esposa.
- Esposa? Afonso ainda precisamos conversar com nossos filhos sobre nossa união eu não posso me mudar de uma hora para cá.
- Sim esposa porque eu quero me casar com você, está mais do que na hora de oficializar o nosso noivado ou por acaso tenha dúvidas sobre isso?
- Não tenho dúvidas sobre isso, só tem alguma coisa aqui dentro me dizendo que eu não vou ainda conseguir ser feliz ao seu lado.
- Me explica melhor isso, você tem sentido algo diferente nos últimos dias?
- Isso mesmo! Desde que a nova vizinha chegou aqui eu não consigo dormir, ainda mais que ela já deixou claro que quer tê-lo a todo custo. Não falemos disso mais vamos tomar nosso café que está esfriando e eu estou varada de fome.
Afonso e Lola se dirigiram a mesa de jantar, começaram a tomar café juntos era só felicidade nos rostos deles de terem a doce companhia um do outro. Eles continuaram a conversa falando como seria o dia deles Afonso contou com que hoje teria que cuidar do armazém sozinho porque tinha dado folga a Durvalina e já estava atrasado. Lola se ofereceu para ajudá-lo nessa tarefa, o português tentou recusar sua ajuda para não atrapalhar os seus afazeres ela o tranquilizou dizendo que Clotilde poderia cuidar de tudo até ela voltar para casa.
E assim após o café da manhã eles prepararam tudo para abrir o armazém quando tudo estava pronto Afonso foi abrir as portas quem estava ali esperando na porta ser a primeira cliente a ser atendida: Virgínia.
Assim que ele abriu a porta ela foi logo se achegando, o cumprimentou e viu algo que não gostou nada: a presença de Lola que logo concluiu que a rival havia passado a noite com o português.
Quando Lola a viu se lembrou da conversa que tiveram na noite passada correu para ficar perto de Afonso:
- Bom dia dona Virgínia! Por pouco a senhora iria dar com a cara na porta, como a senhora sabe hoje é feriado a maioria das pessoas viajando eu e Afonso iríamos tirar o dia de folga sabe como é homem não pode ficar parado tem a necessidade de trabalho. Depois do almoço vamos dar uma volta e quem sabe assistir um bom filme.
O namorado de Lola percebeu que ela queria mostrar a Virgínia que não tinha medo dela, Virgínia respondeu no mesmo tom de ironia que a rival:
- Pois é dona Lola, apesar de conhecer seu Afonso muito pouco ele faz jus ao que a vizinhança diz a seu respeito que é um homem bondoso pensando sempre no seu próximo por isso vim aqui pegar o vinho sabia que ele não iria nos deixar na mão mesmo sendo feriado. O senhor tem o vinho do Porto?
- Tenho! Eu vou buscar na adega, Lola poderia me dar uma mãozinha tô achando que aquela dor nas costas está voltando.
- Oh meu amor claro que eu te ajudo! - Lola deu o braço para Afonso e os dois seguiram para a adega.Itapetininga...
Dona Maria estava ali na varanda de sua casa tricotando um casaquinho para o seu netinho: Olga estava grávida, parecia tudo bem naquele doce lar de repente um arrepio é sentido por Maria que a fez picar de leve o seu dedo com a agulha do tricô:
- Hummm! Meu Deus será que Lola está bem? - Olga que passava ali escutou aquilo e perguntou:
- O que foi mamãe? A senhora está pálida e o dedo sangrando?
- Eu não sei Olga de repente me veio na cabeça sua irmã preciso ligar para o armazém do seu Afonso saber como ela está.
- Mamãe ela está bem, a senhora ligando vai deixá-la preocupada conhecendo a minha irmã é capaz até vir para cá e saber se está tudo bem conosco.
- Olga lembra quando foi no dia da morte do Júlio eu senti isso agora também estou sentindo mas eu só sei que ela está precisando de mim. Acho que vou para São Paulo fazer uma visita a ela e aos meus netos.
- Eu acho que a senhora devia chamar a Lola, meus sobrinhos e seu Afonso para virem nos visitar e assim fazemos um almoço em família contando a novidade. O que acha?
- Adorei a ideia vamos ligar agora mesmo!
Dona Maria correu até o telefone para ligar à filha:
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O Sincronismo do Nosso Olhar
RomanceEleonora Amaral, conhecida por sua família e seus amigos por seu lindo apelido Lola. Afonso Oliveira dono de um armazém na avenida Angélica, gentil e carinhoso com todos os seus amigos principalmente com Lola. Desde a morte de Júlio e a partida de S...