Todo meu corpo doía e minha cabeça latejava. A garganta estava seca,
rascante, dolorida. Eu sentia frio e sede. Abri os olhos devagar, confuso.
Era fim de tarde e a luz natural ainda não deixará o quarto escurecer. O ar
condicionado, ligado de novo, causava o frio. Eu vestia apenas o shorts
branco, curta e fino, que Amélia me entregara naquela manhã. Amélia. Gemi
de dor e raiva ao lembrar tudo. A desgraçada me nocauteara. E lá estava eu
novamente naquela cama, preso pelo pescoço, machucado e vestindo a droga
daquele shorts curto.
Sentei na cama, tonto. Meu corpo formigava, ainda um pouco trêmulo pelos
choques que ela me dera. Meu pescoço doía, onde o aro fora puxado com força.
Levei a mão à ponta do queixo dolorido e percebi ali um pequeno curativo. A
safada ainda cuidara de mim.
Tentei desanuviar a cabeça e passei as mãos pelos cabelos despenteados,
morrendo de sede. Na mesinha ao lado da cama havia um jarro de plástico com
água e um copo também de plástico. Sorri sem vontade. Nada de vidro, pra eu
não quebrar e tentar me matar. Ou matar alguém. Despejei água no copo e
bebi sofregamente.
Minha garganta latejava com o movimento de engolir. Mas continuei em frente,
sedento. Pus o copo no lugar. Recostei-me nos travesseiros amontoados no
espaldar da cama, com as costas e a cabeça sobre eles. Ajeitei o shorts que
me apertava e estiquei as pernas. Fiquei quieti, sem ter o
que fazer.
Então era assim. Eu era uma fracassado, que não conseguira nem fugir de
uma mulher com o dobro da minha idade. Porém dura como uma rocha. E com
treinamento militar, lembrei. Agora, além de tudo, estava machucado e com o
orgulho no chão. E o pior: ainda preso
Eu nem sentia mais vontade de chorar, tamanho o meu desânimo. Fiquei ali,
arrepiado de frio, quieto, cansado até para pensar. Os minutos se arrastaram.
A tarde foi se acabando e a noite chegando. Por fim a porta se abriu e eu saí
daquele marasmo quando Jungkoon entrou no quarto e acendeu a luz.
Ele estava mais lindo do que nunca num elegante terno cinzento, com gravata
em tons de azul. Seus olhos da cor de jabuticaba brilhavam perigosamente e seus
cabelos negros estavam meio despenteados. Meu coração bateu forte ao vê-lo,
acelerando bruscamente em meu peito.
– Você está louco, Jimin ? – A voz dele saiu baixa, fria, fitando meu queixo
com curativo e meu pescoço, que parecia estar marcado pelo aro.
– Por tentar fugir? – Fiquei com raiva porque minha voz saiu trêmula. – Ou por
ficar aqui, presi como um animal?
– Vocês poderiam ter se machucado gravemente naquela escada. Até quebrado
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COLEIRA
FanfictionExtremamente erótico, explícito, detalhado e sem pudores. #jikook adaptação sem autorização. estarei postando conforme for lendo a obra.