Capitulo 11

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Foi um sonho. Pela primeira vez, desde que cheguei, pude andar pela casa e 

pelo terreno. Revi velhos cômodos, cantinhos da minha infância, árvores que 

eu e Jin subimos, locais que haviam marcado minha vida. Jungkook ficou 

comigo e quando vi eu contava para ele meus momentos ali, quando eu tirava 

férias e ficava com meus avós, o quanto eu e o Jin brincávamos, nossos 

sonhos, algumas das minhas lembranças mais doces. 

Incrivelmente ele ouviu e até se divertiu. Conversamos como um casal normal, 

aproveitando a presença um do outro, não como os rivais que fomos desde que 

ele fez aquela proposta há seis anos. 

Divaguei se as coisas seriam diferentes se ele não tivesse feito a proposta, mas 

simplesmente me conquistado. Claro que tudo seria diferente. Entretanto, eu 

não poderia supor nada. O tempo não voltava atrás. 

Sentamos na varanda atrás da casa, em confortáveis poltronas acolchoadas, 

protegidos do sol e cercados de plantas e flores em profusão. Encolhi as pernas 

sob o corpo, relaxei e olhei para ele. 

Junhkook continuava apenas com a calça do pijama. Não pude deixar de admirar 

seu peito nu, sua pele bronzeada, os músculos definidos, as tattoo 's cobrindo seu braço direito ate metade do peitoral . 

Ele também me olhou e acabei perguntando:

– Isso é uma trégua? 

– Talvez. 

– E vai durar até quando? 

– Depende de você, Jimin. 

Suspirei. Como ele mesmo havia dito, como eu poderia fugir dali? Aproveitei 

que estava me dando atenção e tentei tirar mais coisas dele:

– Por que trouxe aquela mulher aqui? 

– Por que eu não traria? 

– Poderia ter se encontrado com ela em outro lugar. Queria que eu visse, que 

eu soubesse. 

Jungkook  sorriu devagar. 

– Não quero que você pense, em momento algum, que é especial para mim. 

Posso estar com você e com quantas mais eu quiser. Está aqui porque nunca 

perdoei e esqueci que me enganou. Talvez esteja um pouco obcecado pelo 

prazer que você me proporciona, Park Jimin . Mas isso vai passar. E você terá sua 

vida de volta. 

Não demonstrei o quanto ele me magoou. No fundo, estava pensando que algo 

mais do que físico estava ligando-o a mim. Mas suas palavras cruas tiveram o 

poder de esmagar essa esperança. 

– Não há necessidade de deixar você trancado naquele quarto, definhando. 

Basta saber que está aqui e que é meu pelo tempo que eu definir. 

Desviei o olhar, em silêncio. Ele também não disse mais nada. Tentei não dar 

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