Capitulo 12

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Não fizemos amor pelo resto do dia. Jungkook disse que precisava resolver os 

últimos preparativos da viagem e sumiu. Perguntei à Amélia se ele estava em 

casa e ela disse que não. Só me restou ficar sozinho na casa enorme, que agora 

estava livre para eu circular. 

Fiquei lá fora, tomando banho de piscina e me bronzeando um 

pouco. Em nenhum momento pensei em fugir, pois sabia que seria em vão. Eu 

nem tinha vontade de tentar. Era horrível admitir, mas eu queria ficar ali com 

Jungkook. Almocei sozinho. Amélia me servia, fria como sempre, e eu a ignorava. 

Sentia-me só, com vontade de ir pra rua, andar, ver gente, conversar. O que 

ainda me acalentava era saber que Jungkook estaria ali, mas e quando ele 

viajasse? O que eu faria naquela casa enorme? Iria me distrair com aquele 

bloco de gelo que era Amélia? 

Estava dividido, sem saber como minha vida foi tomar um rumo daquele, 

suspenso e dependente da vontade de um homem volúvel e complicado. Ainda 

me preocupava pelo modo que ele ficou naquela manhã, a curiosidade criando 

diversas possibilidades em minha mente sobre o relacionamento dele com a 

mãe. E seu pai? Estaria vivo? Também lhe causaria aquele desespero? 

Passei uma tarde relativamente tranquila, dentro das escolhas que eu tinha. 

Estava dentro da piscina, cansado após ter dado várias braçadas, quando 

Amélia veio perguntar se eu queria alguma coisa. 

– Traga uma cerveja gelada e dois copos. – Disse Jungkook que acabava de 

chegar. 

– Sim, senhor. – Amélia se retirou. 

Nós nos olhamos, eu molhado dentro da água, ele de pé, vestido de 

jeans e blusa preta, deixando uma pasta e sua carteira sobre uma mesinha

branca. Seus cabelos negros estavam revoltos e eu me perguntei se toda vez 

que o visse pensaria a mesma coisa, o quanto ele era lindo. 

– Gosta de cerveja? 

Jungkook se acomodou em uma das cadeiras de madeira em volta da mesa, 

recostando-se com displicência e esticando as pernas longas na frente do 

corpo. Não havia nada em sua expressão que sugerisse o descontrole daquela 

manhã. 

– Não costumo beber muito, mas gosto. 

– Ótimo. Então, venha aqui. 

Nadei até a escada da piscina e subi, já me encaminhando para uma das 

cadeiras em que estavam a toalha e meu hoby.  Jeon segurou minha mão. 

– Fique assim, Jimin . 

Senti seus olhos audazes descendo lentamente por meu corpo molhado, 

coberto apenas por uma singa preta. Quando seu olhar encontrou o meu, estava 

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