capitulo 13

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...

Eu havia prometido a ele que não faria nenhuma besteira, mas já era o 

segundo dia que Jungkook estava viajando e eu achava que ia enlouquecer 

naquela casa. Minha vontade era tentar escalar o muro, eletrificado ou não. 

Ver pessoas além de Amélia, trabalhar, me ocupar, me sentir útil. Nada me 

distraía, nem livros, música ou televisão. Enjoei de ficar na piscina. Andei de 

um lado pro outro, fiquei deitado, perguntei a Amélia se eu podia fazer algo na 

casa ou na cozinha, porém ela me expulsou friamente, como se eu estivesse 

querendo roubar seu emprego. 

Sentia uma saudade absurda de Jeon . Não conseguia comer nem dormir 

direito. No fim do segundo dia, fiquei quase todo o tempo no quarto, só 

pensando nele. E me dei conta de como nossa relação era doentia, pois eu 

continuava privado da minha vida, dependendo das escolhas que ele fazia para 

mim. Por mais que eu o amasse, não suportaria muito tempo mais assim. 

Sempre fui dinâmico, trabalhei, gostei de sair e me divertir. Como poderia 

permanecer enclausurado ali como um puto particular, um escravo sem vida 

própria? 

Amélia insistiu para que eu comesse. Por fim levou o jantar embora e me 

deixou em paz. Passei a noite dormindo e acordando, até que de manhã estava 

cansado, como se não tivesse feito nada mais do que ficar deitado. 

O terceiro dia sem Jeon foi pior. Ele havia dito um ou dois dias, mas era o 

terceiro e minha paciência havia acabado. Fiquei perambulando, fui até o 

portão da frente e vi os seguranças, que me ignoraram. Voltei para casa, 

pensando em um meio de escapar ou eu ia enlouquecer. Entretanto não havia 

nada que eu pudesse fazer. Sentei na sala, já angustiado, quando Amélia se 

aproximou. 

– O senhor vai almoçar na sala?

– Não quero almoçar. 

– Mas ontem... 

– Não quero almoçar, Amélia! Será que escutou agora? 

Só percebi que eu gritava quando ela me olhou com cara feia. Saiu de perto de 

mim como se estivesse a ponto de me dar uma surra. E eu bem que gostaria de 

uma briga, mesmo que eu apanhasse como da última vez. Pelo menos eu 

estaria me distraindo com alguma coisa. 

Estava tão descontrolado que enfiei o rosto nas mãos e comecei a chorar. De 

raiva, de saudade, de desespero. Eu não podia continuar daquele jeito, naquela 

semivida. 

– Jimin ? 

Assustei-me com a voz de Jeon e levantei do sofá de um pulo, olhando-o com 

lágrimas embaçando minha visão. Ele estava parado, olhando fixamente para 

mim, parecendo um pouco chocado. Deixou uma pequena maleta no chão e 

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