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Capítulo 13: O tesouro de Kokonoi
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Kokonoi tinha chegado animado aquele dia, ele tinha conseguido algum dinheiro e comprado algo especial, ele só esperaria o momento certo para entregar
Kokonoi Hajime era o melhor amigo de Inui Seishu e vizinho, além disso ele estava sempre com Akane, ajudando a menina nos deveres ou a vendo brincar com as outras de longe, Seishu sempre achava isso chato e preferia ir brincar com os outros, o que gerava briga nos dois
Hajime gostava muito de Akane e ele queria mostrar isso a ela, Akane era bonita, como Seishu, eles eram muito parecidos e muito bonitos, mas Hajime não podia dizer em casa que achava Seishu bonito, então ele só falava de Akane, de como ela brilhava como um raio de sol e como amava a ver sorrir
Seus pais diziam que eles formavam um belo par, mesmo que Hajime não soubesse o que significava isso, e diziam que os dois ficariam juntos no futuro, novamente Hajime não entendia, afinal ele tinha prometido que ficaria com Seishu, eles iam ter um império juntos e dividir uma casa enorme cheio de joias e motos!
Quando Hajime viu os brincos ao passear com a mãe no shopping aquele fim de semana ele só conseguiu pensar em Seishu e em como ele iria adorar, mas sua mãe começou a dizer sobre como ficariam perfeitos em Akane e comprou para o filho
Sim, Akane ia ficar linda com os brincos em formato de sol, combinava com seu sorriso, Hajime concordou com a mãe, ele daria esse tesouro pra amiga e diria que eles ficariam juntos, assim como seus pais sempre diziam!
Era um bom dia e Hajime estava empolgado durante a aula, pronto para saltar assim que foram dispensados e correndo para a classe da mais velha a fim de dar o presente
Akane não saiu da sala com as amigas, nem ela nem Yuzuha e Emma disse que não era pra ele entrar antes das meninas saírem, Hajime franziu o cenho com isso decidido a esperar, mas nada aconteceu e ele não era do tipo paciente
Então, com toda sua curiosidade dos 4 anos, Hajime entrou na sala encontrando Akane e Yuzuha de olhos fechados e bochechas infladas enquanto os lábios se tocavam levemente
- H-hm... Akane....
As duas se afastaram surpresas e encararam Hajime que estava desconfortável
- O-o que estão fazendo?
- Akane viu na tv ontem duas pessoas fazendo isso e a gente resolveu testar! - Yuzuha sorriu - Mas eu não entendo como eles podem gostar, não tem sentido nenhum
Akane concordou
- Aconteceu algo com Seishu, Hajime, por isso está aqui?
O moreno negou
- E-eu vim entregar isso - Hajime corou enquanto entregava os brincos - S-são o meu tesouro e eu quero dar pra você porque a gente vai crescer e casar!
Akane olhou para os brincos e então sorriu docemente negando
- Não são pra mim que você vai dar, você disse pro Seishu que ia morar com ele não comigo, além disso a gente vai morar no castelo que Senju vai ter e ela não permite meninos
- M-mas...
- Não quer mais gostar do Seishu, Hajime?
- E-eu quero, m-mas os papais disseram
Yuzuha bufou
- Os adultos são um bando de idiotas! Só os tios sabem o que é certo, todos os outros são um bando de idiotas que deveriam comer sua própria merda!
- Yuzuha! Não devia repetir o que tio Benkei fala! Tio Takemichi vai ficar chateado!
- Desculpa!
As duas meninas sorriram para Hajime antes de saírem da sala, o moreno ficou encarando os brincos, seu tesouro, que Akane rejeitou...
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Hajime tinha se isolado dos outros toda aquela semana, no mesmo dia em que falou com Akane um trágico acidente trouxe chamas à casa dos Inui e os dois irmãos estavam no hospital, eles logo teriam alta, os dois já estavam bem, apenas com cicatrizes queimadas na pele, mas estavam órfãos e o pequeno Kokonoi estava triste pelos amigos não interagindo com ninguém
Tio Wakasa e tio Takeomi tinham saído na hora do almoço e ainda não tinham voltado, todos estavam dormindo, mas Hajime não conseguia pensando em Akane e Seishu, doía tanto não ter o melhor amigo consigo!
A porta da sala abriu e Seishu entrou olhando em volta, parte do rosto enfaixado e o olhar assustado enquanto encarava os amigos, Hajime sentiu o sorriso querer surgir e correu até o amigo animado
- Inupiiiii!
- Oh... Koko - O loirinho encarou o amigo, mas não sorriu, Hajime franziu o cenho, por que o amigo não estava sorrindo? Ele sempre sorria para Hajime!
- Eu fiquei com saudades, mamãe não quis deixar eu ir te ver, só a Akane - Hajime abraçou o melhor amigo que se afastou com um semblante triste
- Koko... meus pais...
Hajime suspirou
- Eu sei... você deve tá triste né? Quer fazer alguma coisa?
- Os tios disseram que vão adotar a gente - Os dois meninos seguiram para o parquinho
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Hajime tentou de tudo para distrair o amigo e o fazer sorrir, mas Seishu não sorria de jeito nenhum, sempre com o semblante triste, o dia findava e Hajime sabia que logo seria hora de ir embora, foi quando ele decidiu
- Vem comigo! - Hajime puxou Seishu consigo
- O que fazemos nas mochilas, Koko?
- Viemos em busca de um tesouro meu
Seishu revirou os olhos
- Sério?! Você só sabe falar de tesouros, ouro e joias!!!
Hajime o ignorou enquanto pegava, com muito cuidado, os brincos de sol e então estendia a Seishu
- Minha mãe que comprou, eu quero que seja seu, o meu maior tesouro
Seishu arregalou os olhos, ele sabia que os pais de Koko diziam sempre como dinheiro era algo importante e que não era pra ser gasto com futilidades como ele e por isso o amigo tinha um grande apego a tudo o que os pais dava a ele
Um sorriso brotou nos lábios do loiro que apertou o presente contra o peito
- Obrigado, Koko, eles são incrível! - E então ele se inclinou beijando a bochecha do moreno
Hajime sorriu fraco, ele tinha encontrado outro tesouro muito melhor que aqueles brincos, o sorriso de Seishu era muito mais radiante que qualquer sol
A porta atrás deles bateu com força e o armário de mochilas tremeu derrubando todas em cima deles fazendo-os rir animados
- Que bagunça é essa? - Shinichiro abriu a porta encarando os meninos
- É culpa do Mikey! - Eles ouviram Kazutora gritar de algum lugar
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Confusões Adoráveis
Hayran KurguTakemichi e seus namorados, outrora conhecidos como os fundadores da temível Black Dragons, fundaram uma creche e, como se não bastasse, parecia que todas as crianças mais problemáticas de Tóquio havia ido parar ali