"Capítulo XXIV - Natimortos, crianças que morrem cedo - uma visão espírita

4 2 0
                                    


Como é triste passar por esta experiência de perder um bebê logo ao nascer, ou mesmo ainda no ventre. É uma dor bem difícil de ser superada. Muitas mães chegam a perder a lucidez, quando isto ocorre. E às vezes os pais e os familiares passam por este exercício da perda uma série de vezes. Como explicar tais experiências?

Segundo pesquisas em 2015, cerca de 2,62 milhões de famílias enfrentaram o drama de perder seus bebês no último trimestre da gravidez, pouco antes do parto ou durante o nascimento. São os chamados natimortos.

A família ao saber da chegada de um bebê fica toda entusiasmada, feliz e radiante, e sai contando para todos que estão ao redor de tamanha a alegria, de receber um novo integrante no lar. E ao saber da perda, é tão impactante quanto a chegada. E muitos são os desenrolares da história. Há casos que o bebê parte logo nos primeiros meses da gestação. Há outros que no meio da gestação, outros já no fim do período gestacional e outros chegam a nascer, mas já nascem mortos. Outros bebês morrem depois de minutos de nascidos.

É muito importante que a mãe ao receber a notícia de gravidez se resguardar. Algumas mãezinhas fazem extravagâncias. Querem ir além dos seus limites. Limpam a casa, fazem compras. Sabemos que a gravidez não é doença, mas é importante que se tenha cautelas. Muito esforço, coloca em risco a vida frágil de um bebê. Ao limpar a casa, pode cair e bater a barriga, ao fazer compras pode exagerar na quantidade, e carregar excessos de peso. Tudo deve ser na medida. Afinal de contas, mais uma vida está dentro de você. E precisa de todo um cuidado especial.

Na obra "A Espiritualidade e os Bebês, pelo espírito da irmã Maria nos recomenda o seguinte:

"Gravidez não é doença; é um estado de graça, iluminação divina.
A mulher fica muito sensível, portanto, o pai deve participar e dividir com a mãe do bebê todo o tempo livre, ajudando em casa, nas compras, e em todas tarefas, principalmente dando a ela toda a atenção possível. Papais: esqueçam jogos, quadras, bolas, copos, cartaz; afinal , você está grávido! A gravidez, via de regra e em condições normais, deve ser vivida a dois, e não a sós. Espere o bebê nascer e crescer, e a vida vai ser muito mais divertida para todos!"

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec explica o seguinte sobre a morte prematuras:

"Quando a morte vem ceifar nas vossas famílias, levando sem moderação as pessoas jovens ao invés das velhas, dizeis frequentemente: Deus não é justo, uma vez que sacrifica esse que é forte e pleno de futuro, para conservar aqueles que viveram longos anos plenos de decepções; uma vez que leva aqueles que não mais servem mais para nada; uma vez que parte o coração de uma mãe privando-a da inocente criatura que fazia toda a sua alegria".

Quando a morte chega, independe da idade ela sempre vem nos ensinar, é o que nos mostra Morel Felipe Wilkon, no

– O que os pais podem aprender com uma situação dessas?

Os pais podem aprender a valorizar mais os filhos que já têm ou que virão a ter;
Podem desenvolver a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do próximo: quem sofre conhece o sofrimento e compreende outras pessoas que também sofrem;
Quem passa por essa situação geralmente passa a buscar por respostas: uma criança nascer morta ou morrer em tenra idade é tão contrário ao que nós esperamos da vida que nós passamos a questionar sobre as Leis que regem a vida;
Muitas pessoas começam o seu processo de espiritualização depois de experimentar esse tipo de dor: e a partir daí encontram um sentido mais elevado para a vida".

Allan Kardec em o Livro dos Espíritos, na questão 199 registra o pensamento dos Espíritos Superiores:

"A duração da vida da criança pode ser, para seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do tempo devido, e sua morte é frequentemente uma prova ou uma expiação para os pais".

Pai e Mãe, Filhos - Na visão EspíritaOnde histórias criam vida. Descubra agora