"Capítulo IV " - Os equívocos na missão dos pais

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Os equívocos na missão dos pais Certamente, em muitas famílias, os fatores de desequilíbrio são dos indivíduos imaturos ou autoritários que descarregam os tormentos de que são vítimas, naqueles que, indefesos, encontram-se sob a sua guarda. Tal comportamento não é responsabilidade da família, em si mesma, porquanto, ao invés de acusação indevida, seria ideal que fossem trabalhados os fatores que geram desequilíbrios, corrigindo e orientando os membros que a constituem. Enquanto a sociedade, em geral, permanecer guindada aos interesses imediatistas, especialmente no que diz respeito às sensações, a afetividade expressando-se através dos impulsos malconduzidos, os resultados das uniões sexuais serão sempre frustrantes. O excesso de liberdade moral que viceja na atualidade e as apetitosas ofertas do prazer, facultam experiências irresponsáveis por falta do necessário amadurecimento psicológico para os cometimentos sexuais, que se fazem apressados e extravagantes.  Considerando-se os modernos padrões de tolerância para com as condutas morais permissivas, esses adultos lamentam não mais poder fruir dos prazeres enganosos, ignorando as novas responsabilidades, a fim de se manterem distantes dos novos deveres que lhes cumpre atender. Pensam que, tornando-se fornecedores dos recursos que mantêm o lar, já estão sacrificados em demasia para novos comprometimentos e renúncias.

Enquanto não surja uma consciência doméstica fundamentada no amor responsável e profundo, sem os pieguismos da imaturidade psicológica dos indivíduos desajustados, a família sofrerá hipertrofia de valores morais, tombando na anarquia e no despautério que vêm caracterizando a sociedade contemporânea. Quando os pais têm filhos que lhes causam desgostos, não serão desculpáveis por não sentirem por eles a ternura que sentiriam, em caso contrário? "Não, porque é um encargo que lhes foi confiado e a missão deles é fazer todos os esforços para conduzi-los ao bem (ver questões 582 e 583). Mas esses desgostos são, muitas vezes, a consequência do mau costume a que se habituaram, desde o berço; colhem, então, o que semearam. (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, questão 892.)

) Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não combateram suas más tendências no princípio! Por fraqueza ou indiferença, deixaram se desenvolver neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que secam o coração; depois, mais tarde, recolhendo o que semearam, se espantam e se afligem pela sua falta de respeito e ingratidão desses filhos. (...)" (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 4.

Certos pais, é verdade, menosprezam seus deveres, e não são para os filhos o que deveriam sê-lo; mas cabe a Deus puni-los e não aos seus filhos; não cabe a estes censurá-los, porque talvez eles próprios merecessem que fosse assim. Se a caridade estabelece como lei retribuir o mal com o bem, ser indulgente para com as imperfeições alheias, não maldizer o próximo, esquecer e perdoar os erros, amar mesmo aos inimigos, quanto essa obrigação é maior ainda com relação aos pais? Os filhos devem, pois, tomar por regra de conduta para com os pais, todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo. (...)" (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 3.)

 Joanna de Ângelis nos lembra do dever dos pais no desenvolvimento da educação moral dos filhos e nos adverte sobre o esforço e a dedicação necessários para desempenhar tal tarefa. Como a Benfeitora Espiritual nos instrui para realizar essa tarefa com eficácia? 

 Educação – Fonte de Bênção Objetivos específicos: • 

Entender a educação como recurso de moralização do espírito;

 • identificar Jesus como maior modelo de educador da humanidade; 

• reconhecer na Doutrina Espírita os recursos facilitadores para o processo educativo do espírito;

 • perceber o papel indispensável dos pais na educação ético-moral dos filhos;

 • refletir o amor como fonte no desenvolvimento moral do espírito;

Pai e Mãe, Filhos - Na visão EspíritaOnde histórias criam vida. Descubra agora