Capítulo 29.

98 17 28
                                    

Chloe Beale.

Querida Las Vegas, divisa com Paradise, minha querida clínica veterinária. Respirei o ar, acredite ou não, puro dessa parte da cidade. Daqui você estava há pelo menos trinta minutos do centro, mais se parecia com um deserto, pequenas montanhas arenosas, mato por toda parte, era completamente confortável, eu adorava esse lugar. Por um momento até esqueci a dor que me acompanhou durante toda a viagem.

Avistei Fiona com um vestido jeans de cor azul e Charlie nas mãos. Ela o colocou no chão e o pequeno correu até mim desesperadamente, abri os braços sem me importar em estar de joelhos na terra, na verdade isso era o que menos me importava agora.

Senti o choro de saudade entalar na garganta, deixei que o pequeno lambesse toda a extensão de meu rosto dando pequenos latidos de felicidade.

- Eu também senti saudade, parceiro. - Afaguei suas orelhas. Levantei o olhar e Fiona parecia muito chateada, cruzou os braços e esperou. - Também senti sua falta. - Corri até ela e recebi um abraço forte.

- Eu também, ferrugem. - Me acariciou nos cabelos.

Olhei para a fachada da clínica e meu coração se aqueceu. Fiona havia pendurado uma faixa escrito "Bem vinda, mamãe" ao lado de uma foto enorme minha com quase todos os animaizinhos que cuidei ano passado. Cobri a boca com a mão e segurei o choro.

- Isso é lindo.

- É sim, eu sei causar comoção. - Fez o movimento de limpar o ombro, revirei os olhos.

- Certo. Vamos entrar, temos muito o que fazer, não é mesmo pequeno? - Levantei Charlie e recebi mais algumas lambidas.

...

Após o dia inteiro de trabalho e revisões, estávamos oficialmente prontas para a vigilância chegar. Subimos para minha casa que, ficava no andar de cima da clinica. As coisas estavam mais arrumadas do que quando parti. Fiona passou a temporada aqui para tomar conta da loja e deixou tudo brilhando para minha chagada.

Nos sentamos no sofá com uma taça de vinho cada. A morena de cabelos cacheados no entanto ascendeu um cigarro. Esticou a mao para que eu pegasse um. Torci o nariz.

- Fumei tantos nessa viagem que não consigo nem olhar para um.

- Você só fuma quando está estressada. Achei que sua folga fosse para relaxar.

- É, eu não relaxei. - Apoiei a cabeça na mão e encarei um ponto fixo, permitindo que todas as memórias voltassem. Nesse instante percebi que ainda não havia telefonado para Beca. - Meu Deus.

Corri para meu celular que não ousei tocar o dia inteiro e vi duas chamadas perdidas na tela, nenhuma de Beca.

Abri a lista de contatos e esperei. Um toque, dois, três.. nada.

- Seja lá para quem esteja ligando duvido muito que irá atender. Esqueceu que se passam das onze da noite?

Sim, esqueci. Passei o dia tão distraída que esqueci completamente do tempo.

Em vez disso digitei.

Becs, me perdoe. Cheguei e comecei a matar a saudade de tudo, me vi presa em tantas tarefas que esqueci de avisar que eu estava bem. Tenha uma boa noite de sono.

660 days afterOnde histórias criam vida. Descubra agora