O sol brilhava acima do reino, o céu estava limpo expondo o seu brilho azul, e o centro do reino estava cheio como sempre. Homens passeando com suas amadas, crianças brincando e importunando vendedores, mulheres se divertindo comprando roupas e jóias, e jovens rapazes se inscrevendo para o novo torneio do ano. O torneio dos melhores.
O torneio dos melhores, era um torneio com várias etapas para serem compridas. Como, combate com espadas, corrida a cavalo a longas distâncias e entre outras. O campeão do torneio, poderia se tornar um cavaleiro real ou escolher outras proposta. Como guarda pessoal do rei ou se tornar um membro de patrulha.
O reino estava feliz, exceto uma pessoa, que olhava as outras do alto de uma torre que fazia parte do castelo. Era o quarto de uma das filhas do rei, a filha caçula, com seus curtos cabelos loiros e de pele branca como a neve, e de olhos verdes como esmeralda. Seu nome era Mary Wanderion.
Mary Wanderion, era diferente de qualquer garota "normal", era mais fácil associar ela com um garoto, dos piores por sinal. Vivia fugindo de suas responsabilidades como princesa, adorava brincar com espadas de madeira, (inclusive era mais forte do que a maioria dos garotos de sua idade), fugia do castelo para poder brincar com as outras crianças, gostava de ler livros que falavam sobre lendas e criaturas que habitavam em Northgard, e também, era muito amiga do capitão de patrulha, Vergil e seu melhor amigo era um garoto chamado, Harry.
Ela era o completo oposto de sua irmã mais velha. Rose Wanderion.
Rose Wanderion, era 5 anos mais velha que Mary, tinha 17 anos e já estava prestes a chegar a fase adulta. Era conhecida por quase todos os reinos de Northgard, inclusive os reinos de Vard, Wandor e Falcon. Tinha pele tão branca quanto a da irmã, tinha olhos roxos como ametista, e cabelos tão negros quanto o céu noturno. Rose era uma garota doce e meiga, tratava todos os plebeus com muito carinho, se preocupava mais com as outras pessoas do que dela mesma, e gostava de se vestir elegantemente, muito diferente de Mary. Ela amava Mary, assim como Mary a amava. As duas gostavam de fazer quase tudo juntas, como brincar e passear a cavalo. Ela, Mary, e o melhor amigo de Mary, Harry. e uma coisa que as duas irmã mais gostavam de fazerem justas, era na hora de dormir, quando Rose contava histórias para e Mary e fazia ela dormir com carinhos. Tudo parecia perfeito, até que uma coisa aconteceu. Rose estava indo embora do reino Wanderion, por quê estava comprometida para se casar com o herdeiro de Vard, Rickard Vard. E isso destruiu o coração de Mary. Todas as coisas que as duas irmãs tinham feito juntas, estava indo embora como o vento.
— Você está bem? — perguntou Rose entrando no quarto da irmã.
- Não muito. - disse Mary com uma voz baixinha e triste.
- qual é o problema? É o capitão Vergil? Não se preocupe, irmã. Ele vai ficar bem.-
- eu sei, mais não é com ele que eu me preocupo por agora. Eu... talvez.... nunca mais poderei ver você. - disse Mary apertando as mãos, e seus olhos já estava deixando cair lágrimas.
- isso não é totalmente verdade, irmã. - disse Rose tentando consolar a irmã, que também já começava a chorar. - nada nos impede de se comunicar. E você poderá me visitar em Vard.
- eu sentirei falta de você, do seu rosto, de nossas brincadeiras bobas. E principalmente.... - Mary rapidamente olhou para Rose, com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas caindo. - .....das histórias e carinhos que você me dava todas as noite.
Mary correu em direção a irmã para lhe dar um abraço muito forte, tão forte, que era como se as duas irmãs não quisessem mais se soltar. Mais o maior medo de Mary e Rose, era se realmente as duas iriam se ver novamente algum dia.
- eu te amo, Irmã - disse Rose para Mary, seu rosto estava vermelho de tanto chorar. - sentirei muita falta de você, de Vergil, Grey, e também do Harry.
- algum dia, - soluçava para Rose. - visitarei você, irmã. Eu prometo.
- lady Rose, - disse o mensageiro de seu pai, Edmure void, um homem muito velho e de olhos pequenos, de pele meio morena e de cabeça calva. Mais com uma saúde de ferro. - o navio para o reino Vard já está no porto para buscar a senhorita. E o senhor seu pai e o povo estão aguardando a sua despedida.
- obrigada Edmure, - disse Rose para o velho mensageiro. Rose foi na direção de Edmure e lhe dera um abraço. - sentirei sua falta, Edmure.
- também sentirei sua falta, princesa. - lágrimas caíram dos pequenos olhos de Edmure.
- você vai se despedir de Vergil? - disse Mary.
- sim, estou indo ver ele agora.
- irei com você, irmã.
As duas desceram os degraus em círculos da torre e foram dar uma pequena volta no castelo. Rose tocara em quase todos os objetos que possuía no castelo. Tais como estátuas, pinturas e outras coisas que ela gostava. E depois ficou encarando um bom tempo para a cadeira do pai.
- algum dia, irmã. - disse Rose para Mary com uma voz penetrante. - você terá que escolher duas opções, decidir fazer algo, ou, fazer com que os outros decidam por você. E eu espero irmã, que você escolha a primeira opção.
Mary ficou sem entender o que a irmã queria dizer para ela.
- vamos lá se despedir do capitão Vergil, sorte que ele acordou rápido, se não eu iria embora sem dizer adeus. - disse Rose, em um tom animado.
- ok - disse Mary, confusa e pensando no que a irmã queria lhe dizer.
As duas irmãs, passaram nos estábulos para ver os pôneis e cavalos. Rose se despediu de algumas pessoas que encontrava pelo castelo, pensava em visitar as antigas masmorras que ficava embaixo do castelo, mais isso iria demorar muito tempo. Foram para outra torre e subiram os degraus circulados. Era a torre onde Vergil se encontrava.
Rose bateu na porta.
- oi, capitão posso entrar? - disse Rose.
- sim, lady rose. - disse Vergil, com uma voz exausta.
Rose abriu a porta, e ficou surpresa ao ver Vergil, ele estava de pé e empunhando uma espada de madeira nas duas mãos, treinando golpes em um boneco de palha. Vergil sempre foi uma pessoa resistente.
Vergil possuía 30 anos de idade. Não possuía sobre nome, pois não se sabe quem era seus pais e o que aconteceu com eles. Ele era alto e fisicamente forte, tinha cabelos longos de cor preta que ficavam sempre soltos, tinha uma pele morena, e uma barba muito bem feita.
Vergil foi o capitão da patrulha real mais novo de todos, com apenas 22 anos. Ninguém sabia muito sobre o passado de Vergil, mais pelo o que se sabe, Vergil foi um órfão que vivia em um orfanato comandado por freiras. Sempre foi uma criança que fazia coisas erradas, como ameaçar e espancar outras crianças e adultos e até mesmo roubar. Mais em um dia, quando Vergil tinha 14 anos. Ele e seu melhor amigo tentaram assaltar uma casa de alguma família de classe alta. Só que a patrulha real, estava patrulhando o reino e os encontraram Vergil conseguiu escapar. Mais o seu amigo, infelizmente, foi capturado e espancado até a morte. Alguns dias depois, Vergil descobriu que os patrulheiros reais não estavam patrulhando o reino, eles tinha sido pagos por uma pessoa qualquer que sabia sobre Vergil e seu amigo. Depois disso, Vergil se dedicou para entrar na patrulha real e mudar essa forma corrupta. Não demorou até que ele fosse reconhecido pela população e se tornasse capitão.
- deveria estar descansando, - disse Rose - e não ficar batendo em bonecos de palha.
- já estou melhor, princesa. - disse Vergil com uma pequena sombra de sorriso no rosto. - e então? Vai sentir saudades?
- é Claro que vou! - respondeu Rose.
- também sentirei saudades princesa, eu sei que você não queria ir, mais seu pai o rei teve uma visão. E você sabe que ele não erra nunca.
- eu sei. Vai ver a minha partida?
- é claro! Já estão te esperando no porto. vai depressa, antes de você ir eu estarei lá.
- tudo bem. - disse Rose, em um tom contente. - não se esqueça.
Vergil fez um sinal com a cabeça, e Rose e Mary sairam do quarto.
O céu começava a ficar cinza, Rose e Mary chegaram no portão do castelo, e uma carruagem esperava por Rose. As duas entraram na carruagem, entre os dois acentos, no chão tinha um baú que de repente começou a se debater. Quando Mary aproximou sua mão para abrir o baú, um garoto saiu de dentro com um pulo assustando Mary e Rose de surpresa. Esse garoto era Harry.
- SURPRESA! - gritou Harry em um tom muito empolgado.
Harry tinha a mesma idade de Mary, mais não possuía um sobrenome por ser um órfão. Harry era criado em um orfanato comandado por freiras, igual a Vergil. Harry tinha a mesma altura que Mary, tinha olhos castanhos e pele da mesma cor de Vergil e tinha cabelos pretos um pouquinho mais curtos que Vergil. Harry era uma criança muito bem humorada, o que mais gostava de fazer era brincar com outras crianças e em especial olhar para as estrelas. Não se sabe o que aconteceu com os pais de Harry, mais ele nunca se importou com isso. Harry era o melhor amigo de Mary e Rose, só que em segredo.
Harry conheceu Mary em uma floresta alguns anos atrás, quando ela estava se escondendo de seu pai, por não permitir que ela se encontrasse com as outras crianças. Em quanto a população confessava sobre onde Mary poderia estar, Harry não fez isso. Pelo contrário, ajudou ela a se esconder. Depois que os guardas foram investigar em outro local, Harry pode conhecer Mary melhor, e depois viraram melhores amigos. Depois de um tempo, Harry conheceu Rose através de Mary. E também viraram melhores amigos. Harry não poderia deixar Rose ir embora, antes dele se despedir.
- achou que eu iria deixar você ir embora sem eu me despedir!? - cuspiu Harry para Rose. Enquanto apontava o indicador direito para ela.
- como assim seu maluco? Você poderia se despedir de mim lá no porto igual a todo mundo. - respondeu Rose para Harry. Rose deu um leve riso para Harry, mais ficou mais feliz por ele se importar tanto com isso.
Harry ficou poucos segundos refletindo sobre isso, mais depois se sentou ao lado de Mary e esqueceu tudo isso.
- bem, pelo menos, ficarei poucos minutos a mais aqui com você. -
- obrigada, Harry. Eu fico muito feliz que você tenha se importado tanto. - disse Rose.
Depois de ouvir isso, Harry ficou com o rosto vermelho e batendo os indicadores incontrolavelmente.
- não foi nada. - gaguejou para Rose sem graça.
- você está bem, Harry? Você está vermelho. - disse Mary para Harry com um sorriso malicioso.
- s-s-sim eu estou bem. - disse Harry virando a cabeça para o lado.
De repente, Mary sentiu uma dor de cabeça que apareceu e sumiu tão rápido como um sopro. Ela não entendeu por que sentiu aquilo, mais deixou isso para lá.
A carruagem passou por muitas estradas e lugares do reino até o porto, muitos desses lugares iriam deixar saudades para Rose. Como as lojas de roupas e jóias, a floresta que ficava em cima de uma colina aonde Rose, Mary e Harry caminhavam e andavam a cavalo, e principalmente do orfanato com quem ela se divertia com as crianças. Rose estava entrando em uma vida diferente e desconhecida, não saberia se viveria feliz ou triste. E todos os lugares que ela amara um dia, ficaria só em suas lembranças.
A carruagem chegou no porto, para a infelicidade dos três. Os cidadãos, a guarda real, a patrulha e principalmente o rei, estavam reunidos para dar adeus a princesa. Rose desceu da carruagem com os olhos brilhosos pelas lágrimas. Mais não podia mostrar isso para o seu povo. Mais enquanto a Mary e Harry, estavam com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar. A princesa Rose Wanderion, dava passos lentos em direção ao o rei, e ela o abraçou.
- sentirei saudades, minha filha. - disse o rei em um tom melancólico, mais não o suficiente para o pessoal presente ouvir. - eu espero que me compreenda algum dia.
Rose não respondeu as palavras do pai, ela estava com uma raiva muito grande do pai por ele ter tirado a sua felicidade. Continuou a caminho até a escada do navio até que viu Vergil a olhando. Nesse momento pensou, "como ele veio para cá tão rápido?" Ela queria uma resposta.
- como veio para cá tão rápido!? - perguntou Rose confusa. Vergil deu um sorrisinho.
- eu tenho os meus truques. - respondeu Vergil.
- mais que truques?
Vergil deu outro sorrisinho.
- algum dia eu te conto. Agora é melhor se apressar, vai começar a chover a qualquer momento.
- tá bem, vou sentir saudades - disse Rose em uma voz baixa
- eu também sentirei saudades, princesa. Mais algum dia irei te visitá-la. Eu prometo.
Rose deu um abraço em Vergil, e quase chorou por não dizer a ele tudo o que ela sentia (já que ela sempre se sentia atraída por ele de alguma forma). Rose subiu no navio, deu meia volta para trás para dar uma última olhada para o seu antigo povo, fez um aceno com a mão direita em sinal de despedida, e seu povo retribuiu com muitos acenos e desejando felicidades para a sua antiga princesa. Rose afastou os olhos para as pessoas e se virou para trás, por quê ela não queria que seu antigo povo vesse ela chorar.
Depois que as últimas pessoas já estavam indo para a suas casas, Mary e Harry continuavam encarando o navio até que ele desaparecesse por completo. De repente a mesma dor de cabeça que Mary sentira antes, voltou e desapareceu rapidamente, mais deu tempo suficiente para ela ver algumas imagens que vieram a sua cabeça. A dor veio tão forte que ela quase caira não chão, mais Harry a pegou antes que se machucasse.
- Mary - disse Harry -, o que foi? Você está bem?
- estou - disse Mary em tom confuso. - só me deu uma dor de cabeça de repente. E... eu também vi algo... eu não sei.
- o que você viu? - perguntou Harry curioso.
- eu vi... Algo como um círculo vermelho, eu não me lembro direito.
- que coisa estranha. Você não fica comendo aqueles cogumelos, fica?
- claro que não!
Mary se levantou, e deu leves tapas no seu vestido para tirar um pouco da sujeira que tinha surgido. Mary saiu do porto junto de Harry e com as outras pessoas que também estavam indo para as suas casas.
- já vai voltar para o castelo? E não vai esperar o rei? - perguntou Harry, enquanto observava para o rei.
- sim, eu vou. Mais não irei esperar o meu pai.
Harry dera uma última olhada para o rei com um olhar desconfiado. Mais depois voltou a ficar concentrado em Mary e a seguiu.
- será que Rose vai ficar bem? Disse Harry, olhando para o céu enquanto caminhava e pensando em Rose.
- Eu espero que sim. - respondeu. Num instante, Mary parou de caminhar e virou o seu corpo de volta para o mar, e Harry parou para observar também.
- mais uma coisa eu realmente sei - disse Mary enquanto uma lágrima escorria em sua bochecha esquerda.
- Rose não vai ser feliz.
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As Crônicas De Northgard: O Eclipse
FantastikUm fenômeno que acontece de séculos em séculos voltou. O mundo está sendo consumidos por criaturas inimagináveis e que podem acabar com o mundo. Um pequeno grupo se encarrega de descobrir sobre esse fenômeno e salvar o mundo. Em um outro lugar, em u...