Presente de casamento (Rose)

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Depois da viagem, que durou um dia a mais do que planejado, Rose, Rickard e Gregor chegaram ao vilarejo lua negra.
  O navio de Vard encostou em uma costa que ficava perto do vilarejo, Rose e os demais saíram do navio acompanhado por alguns guardas e seguiram rumo até o vilarejo. A caminho não durara menos de vinte minutos.
  Ao Chegarem ao vilarejo, Gregor foi reverência por uma multidão de pessoas que pararam o seus serviços para verem o rei. Rose reparou que algumas casas e lojas estavam danificadas, como se tivesse acontecido uma guerra na cidade.
   — Esse lugar é bem interessante. — disse Rickard, olhando de um lado para o outro o vilarejo curioso. — Mais o por que será que esse lugar está tão destruído?
   — Foi uma coisa que aconteceu ontem. — Disse uma voz arrastada atrás de Rickard. Era um homem alto, com um corpo um pouco redondo, calvo e barbado. Ele era dono de uma taberna com estalagem, e seu nome era Will.
   — O que aconteceu? — Perguntou Rickard.
  — Que tal — disse Will. — vocês entraram e beberem alguma coisa? Assim eu conto a vocês a história. Garanto que vocês vão acha-la interessante.

Depois que entraram na taberna, Rose se sentou no balcão ao lado de Rickard e Gregor. Will foi até a um enorme barril com uma alavanca que estava atrás do balcão, e encheu três copos de cerveja para os três. E então contou a eles tudo o que aconteceu.
    — É uma história bem intrigante. — disse Rickard em tom de superioridade. — Mais por que eu iria acreditar?
— Bem, príncipe Rickard. — respondeu Will, meio irritado mais com um tom de voz ainda baixo e arrastado. — Se você acha que tudo o que eu disse não passa de uma grande piada. Pergunte para todas as pessoas que estão lá fora arrumando o teto de suas casas, e vê se elas não falam o contrário.
   Rickard não deu nem uma palavra.
   — Vamos nos acalmar. — disse Gregor. — Se você diz que a sua história é real, eu irei acreditar nela. Mais mudando de assunto, você conhece uma pessoa, uma bruxa, chamada Flora?
   Nesse momento, Rose ficou surpresa. Não esperara que o rei, por algum motivo, chamaria uma bruxa para o seu casamento.
  — Flora? — Disse Will, olhando para o teto pensativo. — Ela estava aqui desde ontem. Mais foi embora com o grupo em que eu contei em minha "piada".
  — Mais você não sabe para onde ela iria? — Perguntou Gregor.
  — Infelizmente, não. — respondeu Will. — Mais eles saíram daqui em direção ao norte.
  — Só mais uma pergunta, como eram as pessoas do grupo de Flora?
    Will ficou curioso por Gregor querer saber como eram as pessoas.
  — Bem... — Will tentou responder enquanto lembrava os rostos daquelas pessoas. — Tinha dois homens com um símbolo de um leão no peito. Um era alto com cabelos longos e o outro era um pouco menor e com cabelos curtos. Havia duas crianças também. Uma menina de cabelos curtos e loiros com olhos verdes — Nesse momento, Rose estremeceu e o seu coração começou a bater mais rápido. —, e um garoto de pele morena com cabelos que na hora estavam presos, mais soltos o cabelo batia até o ombro.
   
    Rose ficou ansiosa. Não tinha dúvidas. Era Mary, Harry, Vergil e Grey. Mais por que eles estavam aqui? E por que eles iriam para o norte? Rose queria uma resposta. Mais estava ansiosa de mais para isso. Ela se levantou e foi para fora respirar um pouco, Rickard a seguiu.
  — Rose — Disse Rickard —, você está bem? Qual é o problema?
  — É que — Disse Rose. Com a voz trêmula como se estivesse prestes a chorar. — As pessoas que esse homem disse, eu provavelmente conheço.
  — Quem são essas pessoas?
  — Bom, os dois homens que tinham o símbolo de leão no peito, eram membros da patrulha real do meu reino. E a menina de cabelos loiros e olhos azuis, provavelmente é a minha irmã.
  — Sua irmã? — Perguntou Rickard. Confuso. —Mais por que você acharia que é ela? Existem muitas pessoas com aparência iguais a ela. — Rickard respondeu sem entender.
  — Deve ser ela, provavelmente pela as aparências dos membros da patrulha real. Que eu também conheço. E também pelo o garoto que estavam com eles. Pela a descrição, deve ser o amigo da minha irmã que vivia ao lado dela. Por que eles estão indo para o norte? O que será que aconteceu? Será que Mary está bem? — Os olhos de Rose estavam brilhando pela as lágrimas.
    Rickard abraçou Rose, e limpou algumas lágrimas que caíram de seu rosto.
  — Não se preocupe. — Rickard não sabia o que dizer. Mais queria a consolar. — com certeza deve ter algum motivo de eles terem ido para o norte. E a sua irmã deve estar bem. Se você ter esses tipos de pensamentos, você vai ficar pior. Tente ser mais otimista, tá bom?
    Rose enxugou os olhos.
  — Tá bom. Você está certo. Minha irmã está bem.

    Logo depois, Gregor saiu da taberna acompanhado por Will. Parecia bem animado.
  — Está tudo pronto! — Disse Gregor cheio de empolgação. — O casamento de você dois será hoje a noite. Você se casarão em uma enorme igreja que fica um pouco afastado daqui, e a cidade inteira verá o casamento de vocês.
   Depois de algum tempo, chegou a hora do casamento.

Quando foi de noite, a cidade inteira foi para a igreja assistir ao casamento. Logo depois de Rickard e Rose serem oficialmente casados, teve uma enorme festa. A cidade inteira estava comemorando o casamento de seus futuros reis. Todos estavam incrivelmente felizes, exceto Rose.
   Quando todos já tinham ido para as suas casas, ou dormido na igreja todos bêbados iguais ao rei. Rose saiu de um pequeno quarto que tinha na igreja, e saiu para caminhar na noite. Achava que isso acalmaria ela de uma certa forma.
    Rose caminhou por um longo tempo, até chegar a beira de um penhasco a vista para o mar. Alguns minutos depois, Rickard apareceu para saber o que a sua esposa estava sentindo.
  — Como você se sente? — Perguntou Rickard.
  — Ainda penso em minha irmã. — Respondeu Rose. — Será que ela está bem.
   Rickard pegou Rose pelos ombros, e a fez olhar em seus olhos de esmeralda.
  — Como eu disse mais cedo, deve ter algum motivo para eles terem ido para o norte. E a sua irmã, com certeza ela está bem. Tente ser um pouco mais otimista, tá bom?
Rose acenou com a cabeça.
  — Ótimo — continuou Rickard. —, amanhã eu e você partiremos para o oeste. Nós iremos fazer uma visita ao reino de Falcon, e depois, viajaremos para o seu antigo reino. — Ouvir isso fez com que Rose abrisse um grande sorriso em seu rosto. Rickard pegou Rose pelos braços. — Vamos voltar? Está tarde e eu estou morrendo de sono.
  — Tudo bem — Respondeu Rose. Ela parecia mais bem humorada.
  — Ah, vocês dois estão aqui, majestade. — disse uma voz no escuro. Rose e Rickard observaram atentos para ver quem era, mais quando perceberam, era Will, segurando uma bolsa de couro.
  — Ah, olá. Feliz casamento para vocês dois, majestades. — Will fez uma referência um pouco desajeitada.
  — Muito obrigada, — Disse Rose, enxugando as lágrimas para que Will não notasse que ela estava chorando.
  — Olha — Continuou Will. —, eu não vim aqui para atrapalhar os pombinhos. Eu vim aqui para lhes darem um presente.
  — Um presente?
  — Sim, um presente. Esse presente foi passado de geração em geração para toda a minha família. E eu quero dar a vocês.
  — Ah não — Disse Rickard ansioso. — Não precisa. É da sua família, deve ser importante. Ah, é mesmo, eu me esqueci de dar um presente para você, Rose.
  — Ah, não tem problema. — Disse Will com um sorriso. Expondo os seus dentes amarelos. — É algo especial. E além do mais, eu não sei para que isso serve mesmo.
   Will abriu a bolsa, saiu de dentro dela uma brilhosa luz marrom. Will pegou o que estava dentro da bolsa, e Rose ficou surpresa.
  
   Era algo redondo, como uma esfera. Ela emitia um brilho marrom e dentro dela havia algo se mexia lentamente, com cores marrom e azul. Aquilo só poderia a ser...
  — A esfera da terra! — Exclamou Rose encantada.
  — Sim — confirmou Will. — É para vocês.
   Rose pegou a esfera. Era tão linda, que Rose quase chorou de emoção. Agora que Rose possuía a esfera da água e da terra, ela deseja com todas as forças para encontrar as outras duas.
  — Rickard — Disse Rose excitada. —, você acabou de me dizer que quer me dar um presente, certo.
  — É... sim. — Respondeu Rickard. — O que você quer ganhar de presente.
  — Vamos viajar pelo mundo.
  Rickard ficou surpreso com isso. Ele não imaginava que ela queria algo desse tipo.
  — Mais por que..?
  — Eu quero conhecer o mundo, e eu quero atrás de todas elas. — Disse Rose enquanto acariciava a esfera. — você gostaria de viajar comigo?
  Rickard ficou pensando. Respirou fundo, e fiquei finalmente havia decidido.
  — É claro.
  Rose chorou de emoção. Deu um abraço e um beijo nos lábios de Rickard (que havia ficado paralisado depois do ocorrido).

  Rose se lembrou da irmã, que sonhava em conhecer o mundo. Rose iria conhecer todo o mundo fora de Northgard, e iria encontrar todas as esferas que sonhara um dia.

 

As Crônicas De Northgard: O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora