O Início Do Terror

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Se passara cinco dias desde a despedida de Rose, faltava mais dois dias para o torneio dos melhores. Mais enquanto o crepúsculo caiu no céu, Harry com sua touca e sobretudo preto tentava escalar a torre aonde ficava o quarto de Mary.

   Harry tinha que escalar a torre pelo lado exterior, pois pela porta ficavam dois guardas de vigia na torre do quarto de Mary. Todas as portas e portões do castelo haviam dois ou três guardas para proteger o rei e a princesa. Havia mais dois guardas pela ponte levadiça, e haviam dois guardas que ficavam a frente da ponte armados com uma lança e revestidos com cota de malha, armaduras e elmos. E ao lado do portão, haviam pequenas torres e um corredor com algumas janelas, aonde ficavam mais alguns guardas, armados com bestas e arco e flechas.

  Para conseguir subir até o quarto de Mary, primeiro, Harry tinha que passar por um pequeno buraco que ficava escondido atrás de alguns arbusto que ficava na parte de trás do muro do castelo. Depois, ele passava pelos estábulos aonde alguns guardas faziam a suas rondas. Até chegar a ferraria aonde o ferreiro André void, que era irmão mais novo de Edmure void mensageiro do rei, ficava até tarde fazendo armas, armaduras e escudos. Assim chegando ao gigante quarto de Mary.

  Harry sempre foi bom em escalada, e sempre foi uma pessoa silenciosa. Então ele nunca teve dificuldades para chegar até Mary escondido.
Quando chegou na janela, Harry tirou o seu capuz e respirou por algum tempo. A escalada o tinha deixado cansado. Quando recuperou o seu fôlego, Harry ouviu soluços pelo o quarto de Mary, ela estava chorando. Com saudades da irmã. Ficar naquele quarto escuro sem a companhia da irmã, deixava ela cheia de saudades e medo.

— por que chora Mary? — disse Harry, enquanto caminhava até a cama de Mary. - é saudades de Rose?

— sim — respondeu Mary, estava escondida em baixo das cobertas, ela chorava muito e soluçava enquanto falava. — eu sinto muita falta dela... eu queria os seus carinhos nesse momento... eu estou com medo.
Harry subiu na cama de Mary e levemente tirou as cobertas que escondia seu rosto vermelho. Se ajoelhou e ficou dando carinhos no se cabelo e em seu rosto. E passava os polegares perto de seus olhos para secar as lágrimas.

— está se sentindo melhor? — perguntou Harry, enquanto acariciava o rosto de Mary.

— sim, estou um pouco melhor agora. — respondeu Mary — mais ainda sinto saudades dela.

— não precisa ficar triste. Ela pode estar longe, mais não significa que vocês não iram se ver algum dia.

— eu sei.

— então não fique triste. Você ainda tem a mim para fazer companhia.
Harry saiu da cama de Mary e já colocava o seu capuz na cabeça.

— eu já estou indo. — disse Harry — antes que alguém chegue, ou as freiras do orfanato descobrem o meu sumiço.

— por favor Harry não vá — disse Mary assustada. Ela não queria ficar naquele escuro sozinha.

— tudo bem.
  
  Harry ficou duas horas junto de Mary até ela adormecer. Ficaram conversando e brincando quietinhos nesse tempo. Quando adormeceu, Harry a encobriu, colocou o seu capuz e desceu da torre. Chegando no chão, Harry passou por todos os lugares que sempre passava. Quando chegou perto da ferraria, ouviu passos de alguém e vozes se aproximando perto dele. Harry ficou procurando rapidamente um lugar para se esconder, até que viu um barrio em pé encostado na parede da ferraria. Se escondeu dentro do barrio até que aquelas pessoas fossem embora.

— o rei recebeu uma carta do rei Falcon. — disse Edmure para o seu irmão. — parece que teve alguns relatos de criaturas ou algo do tipo no reino.

— mais Hetwen não teve uma visão? — perguntou André para o seu irmão. André era um homem velho de barba e cabelos longos e grisalhos, e tinha um corpo musculoso. Era muito ranzinza, mais gostava das pessoas.

As Crônicas De Northgard: O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora