Margareth

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— Margareth, acorde. — disse Elizabeth para a irmã. O sol já raiava, já era para lá de meio dia, e Margareth não acordara ainda. — Já está tarde, e você precisa me ajudar a cuidar do estábulo.
     — Já acordei, irmã. — respondeu Margareth. — que coisa, quero dormir.
   Então se levantou. Tirou a sua camisola de dormir e colocou uma saia branca com uma blusa de algodão. Escovou os cabelos e foi para a cozinha.
      O quarto de Margareth ficava em um corredor no segundo andar de sua casa. Havia mais dois quartos, o de Elizabeth e o de seus pais, Will e a sua mãe, Maria. Descendo as escadas, ficava uma cozinha e três portas, uma que dava a uma pequena sala, outra que seguia caminho para os estábulos, e a última que era para fora de casa. Que dava em frente a taberna do pai.
     Logo depois de ter tomado café com os pais, Margareth estava indo ajudar Elizabeth.
      — Hoje você não vai trabalhar, pai? — perguntou Margareth.
      — Hoje não — respondeu Will. — Acho que eu mereço um dia de folga.
      Margareth sorriu, e foi para os estábulos ajudar a irmã.

— Me ajude rápido — reclamou Elizabeth. — Hoje eu quero sair com as minhas amigas. Papai disse que se eu terminasse rápido, eu poderia ir.
       Margareth olhou para a irmã com um olhar malicioso.
       — Você vai sair com as suas amigas, ou está querendo sair com o filho do padeiro?
       Elizabeth corou
       — Do que está falando, menina boba.
       — Eu sinceramente — disse Margareth, enquanto limpava o chão. —, não sei o que você enxerga naquele garoto. As suas amigas também. — Margareth fez um tom de deboche. — Além do mais, ele nem é tão bonito. Aquele grupo estranho que esteve aqui, tinha um homem mais bonito. 
       — Escute — irritou-se Elizabeth. —, só me ajude logo que assim nós duas iremos estar livres uma da outra.
       — Fechado.
       Ela ficaram três horas arrumando tudo. Limparam o estábulo de cada ponta, e escovaram todos os cavalos.
       — Finalmente — Suspirou Rose. Seu vestido estava todo sujo igual a bandana que estava em seu cabelo.
       — Tá bom — disse Margareth. —, pode ir lá ver o seu namorado.
       — E você vai para onde?
       — Vou brincar com alguns amigos.

Depois de entrar em um bosque, rodado de flores e árvores, Margareth encontrou dois garotos jogando pedras em um rio. Um era alto e magro com cabelos castanhos, e outro era da altura de Margareth. Rechonchudo e de cabelos pretos.
       — Demorou — disse o garoto de cabelos castanhos.
       — Me desculpa, Ed — disse Margareth. — Eu estava ocupada
       — O que você estava fazendo? — disse o garoto rechonchudo.
       — Ah, não importa — respondeu — O que vocês pretendem fazer hoje?
       A dois garotos chegaram perto de Margareth e falaram baixo para ela.
       — Nós ficamos sabendo por algumas pessoas que um pequeno navio chegará trazendo um monte de coisas — disse Ed — Eu e Joe queremos entrar no navio escondido para pegar "emprestados" algumas coisas.
       — Deve ter muitas coisas lá dentro — disse Joe, com brilho nos olhos. — Principalmente coisas preciosas.
       — Então, quer vir com nós? — perguntou Ed.
       Margareth ficou parada ali, pensando. Já havia feito muita coisa errada, mas por alguma razão, achava que dessa vez iria acontecer alguma coisa.
       — Não sei não — disse Margareth. — E se acontecer alguma coisa de ruim?
       — Ah, qual é? — disse Ed, um tanto decepcionado. — Você nunca deu para trás assim. Qual é, vai ser divertido. Venha com nós?  — cruzou as mãos e fez uma vozinha. — Venha com nós por favorzinho?
       Margareth colocou a mão no rosto de Ed.
       — Tá bom, seu bebê chorão. Eu vou com vocês.
       — Beleza. O navio deve chegar no porto a qualquer momento. Vamos esperar por ele, aí nós entramos.
       — Mas, como vamos entrar? — perguntou Margareth.

Se passaram algumas horas desde a espera. Enquanto o navio não chegava, Margareth e seus amigos fizeram outros tipos de coisa, como brincar de pega-pega entre as árvores, ou subir nelas e colher vários tipos de frutos.
        Depois de ficarem exaustos, os três foram para uma colina a espera de poder ver o navio. Os três estavam já perdendo as esperanças, mais continuavam a espera do navio. Os três deitaram na grama. Enquanto Joe estava roncando, Margareth e Ed estavam observando o mar, enquanto conversavam um pouco.
        — Se passaram um mês desde toda aquela bagunça — disse Ed. — Foi muito estranho. Quem era aquele pessoal que estava na taberna do seu pai?
        — Eu não sei — respondeu Margareth. — Era um grupo bem estranho. Eles salvaram a taberna do meu pai daqueles monstros.
        — Eu fico feliz...
        — Enquanto estava acontecendo aquilo... o seu irmão, eu sinto muito...
        — O meu irmão morreu com honra — disse Ed, tentando esconder que estava prestes a chorar. — Ele defendeu a mim e a mamãe. Morreu como um homem... se um dia eu for morrer, quero morrer igual a ele.
        — Você acha que a morte te tornaria mais homem? — disse Margareth, quase gritando. — No que estamos falando na verdade? O seu irmão morreu para salvar a sua vida. E agora você me diz em morte? Se você quer honrar o seu irmão, fique vivo por ele.
        Ed ficou imóvel. Não entendia o que Margareth falou. Mas isso foi um pensamento que ele ficou pensando o dia todo.
        Depois dessa conversa, Margareth voltou a sua cabeça para o mar. Aonde finalmente avistou o navio.
       — Chegaram.
       Ed rapidamente foi até Joe para o acorda-lo.
       — Ei, ei. Levante-se o navio chegou. 
       

O momento em que o navio havia chegado, todos os tripulantes estavam saindo carregando barrios e alguns caixotes. Entregando em mercados, pousadas, e em outros tipos de comércios. Alguns pegavam caixotes e barrios para colocarem no navio. Três tripulantes tinha pegado três barrios e os tinham colocado na sala do capitão. Depois que o tripulante saída sala, o barrio começara a balançar. E a primeira pessoa saira cautelosamente do barrio, Ed.
      — A barra está limpa. Podem sair.
     Margareth e Joe saíram do barrio, e começaram a explorar a sala.
      Os três encontram coisas interessantes na sala, como um crânio de um animal e uma cabeça de alguma criatura que Margareth nunca tinha visto pendurado na parede.
      — Olha só essa espada! — disse Ed.
      — hum, interessante. — disse Margareth. — Mas não tem nada de legal aqui, vamos embora?
     De repente, ouvisse um estalo. Os três olharam para a porta rapidamente. Quando Margareth olhou para os amigos, Joe e Ed, já estavam desmaiado. Por um impulso, Margareth olhou para trás. E se deparou com algo que nunca vira na vida.
     O ser tinha aproximadamente dois metros de altura. O seu corpo era bem peludo e possuía dois chifres, como um demônio. Ele era bem musculoso, e seus olhos era de um vermelho bem profundo. A presença dessa criatura, era de puro pavor e medo. A presença desse ser era tão forte que Margareth também caira no chão. A última coisa que Margareth tinha visto antes de desmaiar por completo, foi os seus amigos serem levados por algum ser. E uma figura de olhos negros a encarar até ela enxergar somente o escuro.
     
  
    

  

As Crônicas De Northgard: O EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora