Alguns minutos haviam se passado desde o ataque, e o sol já começava a adormecer. O reino inteiro ficou coberto por uma nuvem de fumaça, e o coliseu estava sendo bombardeado por fogo. As pessoas que estavam no coliseu corriam desesperadas de um lado para o outro. quando algumas pessoas saíram do coliseu, elas descobriram o que estava atacando o reino. Eram Hyaituns.
Hyaituns era uma raça com um corpo similar a de um homem, só que mais alto e de pele azul. Eram bem musculosos e tinham orelhas pontudas, não tinham cabelos e eram bastante selvagens e violentos. Nas antigas histórias sobre os Hyaituns, eles surgiram logo depois que os três dragões celestiais deram início a tudo. E eles eram como se fossem a primeira espécie do ser humano, viviam em sociedade e eram bastante inteligentes e gentis. Mais séculos depois, eles foram extintos por algum motivo inexplicável e não se sabem o motivo de sua extinção. Mais, nem tudo o que as antigas histórias falam é verdade. Por que uma raça tão inteligente e gentil, estava atacando um reino de uma forma tão brutal? E por que agiam de uma forma tão selvagem e violenta? A verdade, é que não se sabem da sua verdadeira origem. Assim como ninguém sabe sobre a origem de tudo.
O rei rapidamente pegou Mary em seus braços e correu escada abaixo. Quando terminou de descer, tudo estava envolto em fogo, e muitos cadáveres pelo o chão. Correu mais um pouco e estava perto de conseguir sair, até que um pedaço de bloco caiu a sua frente. O rei ficou em desespero, não queria que a sua filha morresse ali. Mais por sorte do destino, Vergil apareceu em seu e pulou sobre o bloco e os encontrou.
— Majestade! — disse Vergil com uma voz assustada. Estava com o seu cavalo e as suas roupas da patrulha real. — O reino está um caos! Todos estão em desespero. Os cavaleiros, guardas, e todas as forças do reino estão em desvantagem perante as criaturas. Não a mais esperança.
— Vergil, daqui a alguns minutos o reino vai desaparecer por completo. A fato disse estar acontecendo, é que aquilo está acontecendo. O Eclipse está chegando!
O Eclipse, era um evento que ocorria aleatoriamente. A última vez que esse evento ocorreu foi a mais de 500 anos, época em que existiu o grande herói Jon Fary. Quando acontecia um Eclipse, criaturas de todos os tipos pisavam pela terra, como de mortos vivos e gigantes, ou aranhas gigantes e trolls. Segundo as lendas, o Eclipse só terminava, depois que os três dragões celestiais se juntava e destruíam a lua. Depois criando outra no processo. Mas, a história sobre o Eclipse passado era verdadeira. Sobre os dragões, não passavam de lendas criadas pelas pessoas de geração em geração. Mas segundo magos e bruxas, os dragões realmente existiram. E para chamar um dragão, tinha que ser feito um ritual, coisas que só os magos e bruxas sabiam.
— Eclipse? — disse Vergil confuso.
— Vergil, eu preciso que você me faça um favor. — disse o rei, em quanto outros pedaços de tijolos e madeiras caiam. — escute, não dá para falar o que está acontecendo. Mas, eu preciso que você foge para bem longe daqui. Leve Mary com você.
— NÃO! — gritou Mary, e abraçou o pai com força. — não, papai! Você não pode ficar e morrer aqui! Naquela hora que eu estava me contorcendo no chão, eu pude te ver em um lugar como esse. Eu tenho o mesmo dom que você. Por que você não se salva? com esse dom você pode mudar o futuro e se salvar. Por que não se salva? Por que?
— Por que, minha filha. — disse o rei, com uma voz penetrante. Olhou para Mary com um rosto fechado e olhos sem brilhos. A imagem de seu pai aterrorizou Mary. — As vezes, não se pode mudar o futuro.
Mary ficou boquiaberta, não entendeu o que o pai quisera lhe disser.
Vergil desceu de seu cavalo e pegou Mary em seus braços. Antes de ir, o rei colocou sua mão esquerda em seu ombro.
— Vergil — disse o rei para Vergil com uma voz penetrante. —, me prometa uma coisa. Por favor, protege Mary por mim.
— Eu prometo, majestade. Protegerei sua filha mesmo que isso custe a minha vida.
Vergil subiu em seu cavalo com Mary nos braços e seguiu em frente. Mary encarou o seu pai até que ele desaparecesse pelo fogo, com lágrimas saindo de saindo de seus olhos azuis.
Vergil saiu do coliseu. o reino Wanderion tinha se tornado no inferno. Tudo estava um caos. Batalhas entre as forças do reino e os Hyaituns estavam acontecendo. Haviam cadáveres pelo chão, mulheres e crianças estavam sendo levadas pelas horríveis criaturas. E o grande castelo Wanderion, caia aos poucos sob o domínio do fogo. Vergil cavalgou até chegar aos portões. Quando estava quase perto de chegar aos portões, uma flecha havia acertado a cabeça de seu cavalo. Vergil e Mary caíram no chão, Vergil tentou se levantar e ir até mary, mais recebeu um chute em suas costelas. Quando Vergil se virou para cima para ver o que tinha lhe chutado, um Hyaitun já estava com as duas mãos para trás segurando uma espada, pronto para dar fim a vida de Vergil. Antes da criatura lhe atingir, uma lâmina havia atravessado a sua garganta. Quando o monstro caiu, Vergil descobriu quem havia lhe salvado, Grey.
— Grey? — disse Vergil, estava tão confuso que nem pode acreditar que era ele.
— Sim, capitão. Eu sei o que você que fazer, vi uma carroça coberta amarrada no lado de fora dos portões. Pegue a princesa e vá.
— Eu te devo mais uma, Grey. — disse Vergil para Grey. Vergil se levantou no chão e foi até Mary, que estava caída no chão imóvel. Vergil pegou a princesa e seguiu pelo portão.
— Espere — gritou Grey. — eu vou com você.
— Você não pode vir, Grey. — disse Vergil — eu estou indo para um lugar que gente como você não aguentaria. Encontre um outro cavalo e saia daqui, vai para outro lugar recomeçar do zero.
— Eu não vou a lugar algum! — retrucou Grey, estava encarando Vergil com olhos tão penetrantes, que Vergil até ficou assustado. — eu fiz um juramento. E nesse juramento dizia que: eu viveria e morreria pelo bem do rei, da princesa, e do povo. Não irei para outro até que a princesa esteja a salvo, e você não vai me impedir.
Vergil e Grey se encararam por alguns segundos. Até que Vergil cedeu a Grey.
— Tudo bem, pode vir. — disse Vergil enquanto caminhava até o portão com Mary nos braços. — eu estou desarmado e com as mãos já ocupadas, então, se uma dessas coisas tentar me atacar, acabe com elas.
— Tudo bem. — respondeu Grey.
Os dois correrão para fora dos portões, descendo uma pequena estrada que se conectava ao portão. Finalmente chegaram na carroça, muitos Hyaituns tentaram atacar Vergil, mais Grey os impediu. Finalmente conseguiram chegar a carroça, nada havia dentro da carroça, só um barril que estava bem tampado. Os três estavam no lado de fora do reino Wanderion, que estava sumindo em chamas.
— Você tem ideia de onde nós vamos? Capitão. — perguntou Grey, enquanto analisava a carroça.
— Sim, eu tenho. — respondeu Vergil, enquanto colocava Mary na carroça. — a um pequeno vilarejo para o leste daqui seguindo pela estrada. Lá tem uma pessoa que eu conheço.
— É quanto tempo de viagem?
— Nós devemos chegar lá amanhã umas meio dia.— tudo bem.
Grey terminou de analisar a carroça. Ela estava perfeita. Vergil subiu no cavalo, era branco e de cristas loiras; e Grey subiu na carroça e ficou ao lado de Mary.Vergil bateu as rédeas do cavalo e seguiu em viagem pela a estrada. Enquanto Vergil se afastava ainda mais do castelo, Mary o encarava com lágrimas nos olhos. Não podia acreditar que o seu lar poderia ter sido de uma maneira tão brutal. Todos os lugares, pessoas, e amigos que ela tinha, haviam desaparecido. E a imagem do pai no fogo, era a que mais perturbava. Será que realmente não se pode mudar o futuro?
Depois de viajarem por algumas horas, Mary havia parado de chorar. Mais continuava abalada. Grey podia ver o sofrimento de Mary, por isso, tentou a consolar.— princesa... — tentou dizer Grey.
— por favor, Grey. — Mary o interrompeu. — Não me chame mais de princesa, lady ou algo do tipo. Uma princesa precisa de um reino, e eu não tenho mais um reino. — forçou um sorriso — pode me chamar só de Mary.
— Mary — Grey continuou a falar —, eu sei que nós acabamos de passar por uma situação horrível, perdemos lugares que amávamos, pessoas e mais outras coisas. Eu adorava o centro do reino, havia uma pessoa que eu gostava que eu nunca mais verei. Mais não podemos deixar que esses pensamentos ruins interfira em nossa mente. Coisas ruins acontecem o tempo todo. Você conseguiu sair daquele lugar com vida, fique feliz por isso, você ainda tem uma chance. Como realizar um sonho que sempre sonhou. E se você tem algum sonho, realize o seu sonho pelas pessoas de seu reino. Honre eles com o seu sonho.
— Nossa — disse Vergil, estava montado no cavalo carregando a carroça —, você é muito bom com as palavras, Grey.
— Sério!? — perguntou Grey.
Vergil deu um pequeno sorriso. — Não — respondeu sarcasticamente.
— Você tem razão. — disse Mary. — obrigada, Grey.
— ah, não foi nada princesa. quero dizer, Mary— disse Grey sem graça, coçando a buchecha com o indicador.
Depois de alguns minutos, Mary estava com muito sono. Apoiou a cabeça no ombro de Grey (que também estava dormindo) e tentou pregar os olhos. Até que, o barril que estava seguindo viagem com eles deu um pequeno chacoalho. Mary e Grey abriram os olhos rapidamente, o barril havia balançado de novo, Mary estava curiosa para saber o que tinha dentro daquele barrio.— Esse barril — perguntou Mary —, o que será que tem dentro dele?
— Não sei. — Respondeu Grey. — pra falar a verdade, não sei nem o por que esse barril está com a gente.
— Por que você não abre esse barril e vê o que tem dentro dele? Grey — perguntou Vergil.
— Tá bom.
Grey olhou para o barril e notou que havia dois buracos em sua tampa, buracos grandes o suficiente para Grey enfiar dois dedos lá dentro. Grey inclinou-se para trás fazendo força para abrir o barril. O barril estava muito pesado. Depois de algumas tentativas, Grey finalmente abriu o barril. A tampa estava tão presa, que depois que Grey a puxou ele caiu sentado.
Mary se levantou depressa para ver o que havia dentro daquele barril. Quando descobriu o que tinha dentro, Mary gritou.— Qual é o problema? Mary. — disse Vergil, em um tom alto e assustado. Olhou para Mary rapidamente.
— Harry! — gritou Mary, de novo.
Harry se levantou, bocejou, olhou de um lado para o outro, e disse com uma voz de sono.— A onde eu estou?
Vergil e Grey ficaram encarando o garoto de uma maneira como se ainda não tivessem entendido o que havia acontecido. Mais Mary o olhou, chorou, e deu um grande sorriso, enquanto o sol já começava a nascer. Mary finalmente disse:— Graças a Deus que você está bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Crônicas De Northgard: O Eclipse
FantasíaUm fenômeno que acontece de séculos em séculos voltou. O mundo está sendo consumidos por criaturas inimagináveis e que podem acabar com o mundo. Um pequeno grupo se encarrega de descobrir sobre esse fenômeno e salvar o mundo. Em um outro lugar, em u...