Um garçom passa com uma bandeja e algumas bebidas sob ela, não vejo bem qual é a bebida servia mas só quero beber algo, minha garganta está seca e sinto que vou tombar a qualquer momento, minhas pernas me traíram miseravelmente.
Bebo um generoso gole e percebo que foi péssima essa minha decisão. Não era água. A bebida desce quente e ardendo, e o que era pra me ajudar só me atrapalhou.
Droga!
De repente, a música suave parou de ser tocada, e ouço a voz de Cláudia ao microfone chamar a atenção de todos. E, todos as atenções se voltam a ela que está no centro do jardim.
- Boa noite a todos... Me sinto muito feliz por estar comemorando mais um ano de existência ao lado de vocês, meus amigos que pra mim, são mais que amigos. E também ao lado dos meus tesouros mais preciosos, meu filho e meu neto, que são a extensão de mim. - diz ela lançando um olhar afetuoso para o filho que sorri em resposta. - Quero agradecer a todos pela presença, e, também quero agradecer em especial aos meus amigos de faculdade, Samuel e Frederico, que me proporcionaram uma noite memorável. - meu avô e seu amigo acenam com a cabeça. - E não posso deixar de agradecer a uma menina muito especial que deixou nossa noite mais doce, Lua, obrigada por tudo e por ter aceitado fazer os doces da festa em cima da hora. - diz ela me olhando. Apenas sorriu. É tudo o que posso fazer. Sinto que estou ficando leve. - Obrigada.
E uma salva de Palmas é ouvida.
A festa volta a acontecer e eu me sinto cada vez mais leve ...
O que diabos eu bebi? Era só o que eu me perguntava. Nunca fui de beber, na verdade, não bebia nada. Nem champanhe. Por isso, acredito que meu organismo não reagiu bem a todo aquele álcool. Aos poucos, me sentia leve, tonta e ao mesmo tempo pesada. Que sensação ruim.
- Você está bem? - ouço uma voz me perguntar, mas, não consigo associar a voz a pessoa, eu só via vultos, imagens rápidas.
- Não. - foi tudo o que consegui dizer, em seguida, apaguei.🧁🧁🧁🧁🧁🧁
Minha cabeça parecia que ia desgrudar do pescoço a qualquer momento. Senti uma pontada forte e com ela, a dor chega. Parece que minha cabeça ia explodir. Levo uma mão á cabeça na tentativa fracassada de aliviar a dor. Abro os olhos lentamente, mas até abri-los é insuportável. Sinto como se meu corpo todo estivesse sido passado num liquidificador e espremido. Ao abrir os olhos a primeira coisa que vejo é um teto diferente acima de mim. Um grande lustre está pendurado, e nesse momento percebo que não estou em casa.
Olho para um lado da cama e vejo sob um móvel ao lado, um Rolex dourado junto a um porta retrato. Mais ao canto, vejo sentado dormindo sob uma poltrona o motivo de eu ter enchido a cara na noite passada. Espera aí, eu dormi aqui? Me pergunto enquanto o olho atentamente. Me sento na cama e olho o quarto a minha volta. E era sem dúvidas um dos lugares mais lindos que já vi, e um dos quartos mais grandes que já estive. Ainda o olhando dormir, vejo que aos poucos, Ítalo acorda. Ele abre os olhos e passa os dedos sob ele, tentando se forçar a acordar.
- Bom dia. - falo assim que ele vira o rosto em minha direção.
- Bom dia. - diz ainda sonolento.
- Onde estou? - pergunto enquanto ele se ajeita na poltrona.
- Na minha casa. - diz com a voz cheia de sono. Parecia que um de nós não tinha tido uma boa noite de sono.
- Por que passei a noite aqui?
- Porque você estava em coma alcoólico. - disse me olhando.
- Como? - pergunto surpresa. - Isso é impossível, eu não bebo. Nunca bebi.
- Foi isso que seu avô disse. Um dos convidados era médico e examinou você, ele disse que você desmaiou simplesmente porque encheu a cara, um dos garçons disse que você virou um copo de uísque, - então foi isso que bebi. - uma noite de sono resolveria isso. - me sinto constrangida.
- Vó Samu, onde ele está? - pergunto ao me lembrar de meu avô.
- Ele dormiu em um dos quartos de hóspedes.
- E, você... Esse é seu quarto?
- Sim. Quando você desmaiou, eu tentei te tirar o mais rápido possível da festa, para evitar que fotos suas desmaiada apareçam nas revistas de fofoca. Então, não pensei muito, apenas te trouxe para cá. - diz ele me fitando. Engulo em seco. Tá, aquele idiota não era tão idiota assim. Admito. - Eu, eu vou avisar pro seu avô que você já acordou. - diz Ítalo se levantando.
- Posso, tomar um banho? Estou fedendo a álcool.
- Claro, o banheiro fica naquela porta. - aponta ele para uma porta do outro lado do quarto. - Tem escovas de dente nova na primeira gaveta do móvel do banheiro, e toalhas limpas na segunda porta.
- Obrigada. - agradeço e ele saí.Respiro fundo olhando em volta do quarto. Não dava mais pra chorar pelo leite derramado. Me levanto e sigo para o banheiro, era hora de encarar a vida, e a ressaca.
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Com Açúcar E Com Amor
RomansaÍtalo Cardoso, é dono de uma rede de hotéis e um empresário de sucesso, Após se envolver com Renata, uma mulher interesseira e ambiciosa, ele descobre que será pai. Mas o que Ítalo não esperava era que, ele se veria obrigado a literalmente comprar s...