5° Capítulo

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Fernando

Elinor era como minha irmã caçula, praticamente crescemos juntos. Isso inclui desde vê-la crescer até ficarmos presos no lago da casa de nossos avós, por horas depois de simplesmente deixarmos o remo cair na água. No dia seguinte estávamos tão queimados que não conseguíamos nem deitar para dormir, aquele dia foi épico. 

Pego uma garrafa d'água e fecho o freezer dando de cara com Luke, o sorriso em seu rosto era de chamar a atenção de qualquer pessoa que olhasse para sua cara ou que estava prestes a atravessar a rua a 4 km de distância. 

Ele havia se resolvido com Ayla e estava feliz com isso.

Estávamos no Iate, que Eli alugou para comemorar seu aniversário, todos estavam aqui, menos Alan, que teve que viajar de última hora. E para compensar sua presença, duas coisas: a primeira que ele se desculpou pelo resto de sua vida com Eli sobre não poder comparecer e a segunda que enviou o presente mais caro encontrado na história da humanidade.

—Assusta a mãe, desgraça.  -coloco a mão no peito, mas a tiro rapidamente para beber minha água. 

—Só se for a sua. -escuto tia Joana dizer ao passar perto da porta da cozinha. Me desculpo com a mesma e a vejo sumir pelo corredor.

Volto minha atenção para Luke.

—Não vai beber?. -pergunto para o rapaz, que olhava para o horizonte, ou melhor, para Ayla que estava deitada na espreguiçadeira com Agatha, enquanto Eli tirava várias fotos. —Cara, você está completamente apaixonado pela morena. -empurro seu ombro, um ato para chamar sua atenção.

Luke desvia o olhar de Ayla e me olha nos olhos, antes de abrir a geladeira -batendo a porta em meu ombro- e pegar uma água. 

—Da próxima leva junto com você. -digo massageando o local. —Não precisa responder a pergunta, seus olhos já dizem tudo.

Luke bebe sua água e me olha nos olhos, quando termina de engolir o líquido ele finalmente fala.

—Você não tem ideia do quanto, acho que palavras não são o suficiente para descrever. -diz e volta a olhar para a morena. —Mas é você?. -pergunta.

Desvio meu olhar da ruiva -que depois das lembranças voltarem simplesmente não consigo esquecer aquela noite, mas irei respeitar sua decisão e seguir com minha vida.

—O que tem eu?. -pergunto.

—O que tanto olha para fora? Você tem algum tipo de sentimento ou atração por Agatha?. -pergunta curioso.

Olho para a ruiva, que ria de algo que Ayla disse. A mesma parecia distraída o suficiente com a conversa e enquanto passava protetor pelo seu corpo, para perceber meu olhar sobre ela.

—Ela é bonita e tals, mas não, não tenho nenhum sentimento ou atração por ela. -minha cabeça gritava "MENTIROSO" e eu apenas a ignorava. —Somos apenas amigos, e você sabe que sou mais o tipo de relacionamentos e ela não parece ser esse tipo de pessoa. -jogo os fatos, que Luke não sabe, na mesa. Depois que saiu de casa duas coisas eu percebi: Agatha não gosta de relacionamentos, e uma amizade colorida está fora de cogitação em seu dicionário, ou qualquer tipo de coisa que vai além de suas decisões. 

—Dou quatro meses. -diz e aponta para fora, em um curto movimento com a cabeça. Após ver minha cara de quem não entende nada, Luke continua. —Para estar em qualquer tipo de relacionamento com ela. -informa.

—Está vendo aquela loira lá no fundo?. -pergunto mudando de assunto, e ignoro quando Luke tenta protestar a mudança de assunto. —Seu cabelo iria ficar incrível molhado em águas salgadas. -sugiro e vejo um sorriso se formar em seus lábios. 

O Cara Da Boate- Série: Tentações Onde histórias criam vida. Descubra agora