Beijos molhados fazem o caminho do meu pescoço até a parte interna de minhas coxas, eu arfo com a sensação que atingiu meu corpo. Sua mão esquerda dá beliscos em meu seio enquanto a outra separa minhas pernas, Fernando levanta o olhar para mim e retira sua mão do meu seio percorrendo o caminho até minha calcinha de renda branca.—Essa calcinha te deixa tão sexy que faz com que minha cueca fique apertada. -sussurra com a boca em minha intimidade, enquanto retira minha calcinha.
Solto um gemido abafado pela minha mão.
—Não, eu quero ouvir você gemer enquanto estiver fedendo sua boceta com minha língua e meus dedos.
Dessa vez não me seguro e solto um gemido alto ao sentir um dedo me penetrar, seguido de outro. Meu corpo se contorce na cama e vários outros gemidos deixam minha boca, Fernando diminui os movimentos e isso me faz protestar, apoio os cotovelos na cama e o encaro.
—O que você pensa que está fazendo?. -pergunto ainda ofegante. —Não para, vai mais rápido. -jogo a cabeça para trás ao sentir sua língua me possuir.
Um barulho estridente toma conta do local, me viro ao lado mesinha e de repente Fernando não está mais me dando prazer, e eu nem sequer estou nua em minha cama. Tudo não passou de um sonho, no qual estou molhada e excitada às seis da manhã.
Me jogo na cama e passo as mãos em meus cabelos em uma tentativa de não parecer menos frustrada.
—Droga.
☆
Duas semanas já havia se passado desde a primeira vez que tive um sonho erótico com Fernando, depois daquele dia os sonhos continuaram frequentes, era como se meu corpo sentisse falta de algo que está começando a esquecer, como se estivesse em abstinência. Um corpo viciado em uma maldita abstinência.
O projeto de seu escritório já havia finalizado, e as coisas na empresa estava tudo em seu devido lugar, os projetos só aumentavam e as horas livres só diminuíram. Sai algumas vezes com as meninas mas estava trabalhando muito até nos finais de semana, Ayla está super bem com Luke e isso me deixa mega super feliz pela minha melhor amiga, ela merecia essa felicidade, merecia o melhor. A mudança que fiz na casa de Elinor sem ela saber já havia sido finalizada, e ela amou, modéstia a parte mas eu arraso na decoração.
Depois de dias trabalhando igual uma doida, finalmente tenho um final de semana livre e decidi tirar esse sábado pra mim, e talvez quem sabe sair no domingo.
Estava na sala de pintura que fiz no meu apartamento, sentada na cadeira dando os últimos retoques no desenho que estava pela metade e os últimos retoques são o de hoje. Trabalhar tanto nesses dias, sem parar, diminuiu o estoque da minha criatividade.
Escuto a campainha tocar e franzo as sobrancelhas e largo o pincel com a tinta na mesinha e limpo minhas mãos sujas de tinta no macacão jeans. Ando descalça até a porta de entrada e assim que a abro fico em choque, e a vontade é fechar a porta na sua cara mas eu não consigo, estou travada no lugar tentando entender como ele descobriu onde moro e o que está fazendo aqui.
—Não vai convidar seu pai para entrar, filha?
Como ele descobriu meu endereço? Como ele sabe onde moro? O que ele tá fazendo aqui?
As perguntas rondam minha cabeça freneticamente, elas se repetem a cada minuto e isso me deixa mais doida e curiosa do que jamais fui.
Anos já haviam se passado e ele nunca me procurou, nunca perguntou de mim, então o que ele está fazendo aqui depois de anos?
—Como descobriu onde moro?. -pergunto depois de um tempo quando finalmente saio do meu transe e consigo encontrar palavras na minha boca.
Ele avalia o local ao meu redor e quando finalmente termina sua avaliação me olha, aquele sorriso, que eu conheço bem, estampado em seu rosto e naquele instante eu soube. Ele sabia que fui à sua casa.
—Meus seguranças informaram que voltou para sua cidade Natal para visitar sua mãe enquanto estava ausente. -seu rosto era pacífico, eu não pude identificar nenhuma emoção vindo dele e aquilo me apavorou. —Acho que esqueceu da educação que eu e sua mãe te deu.
Recompondo minha postura o encaro.
—Não devo satisfação da minha vida pra você. -cruzo os braços.
O fato de eu odiá-lo não tem nada a ver com ele me maltratar na infância, até porque sempre fui a filhinha de papai até certa idade, é algo muito mais complexo do que alguém um dia possa entender.
Escolhas erradas afetam mais a família do que as pessoas imaginam, principalmente se essa pessoa mora embaixo do seu teto e muda completamente.
—Realmente. Mas acredito que não queira saber das consequências da sua mãe por ter mentindo pra mim só pra proteger a filhinha querida dela. Você sabe que odeio mentira, Agatha, principalmente quando descubro a verdade de outras pessoas.
Sinto um arrepio subir a minha espinha e congelo no batente da porta, minha perna estava começando a doer por conta da posição mas não conseguia me mexer.
—Agatha?. -escuto uma terceira voz que não estava presente no local antes e novamente me sinto entrar em choque.
Viro a cabeça para o lado e torço para não ser quem estou pensando, que não seja a voz que vem atormentando meus sonhos nas últimas semanas e me fazendo acordar excitada. Porém minhas preces não são ouvidas e vejo Fernando parado atrás do meu pai, sua cara era de pura confusão como se tentasse entender o que estava fazendo, porque claramente minha expressão não era uma das melhores.
—Está tudo bem?. -se pronuncia novamente.
Vejo o homem à minha frente, que a anos atrás era o meu herói favorito, arrumar o terno e colocar a melhor expressão em seu rosto.
—Bom, eu já estava de saída. Foi um prazer te ver Agatha, espero que tenha entendido o meu recado. -se aproxima do meu corpo. —Não pense que só pelo fato que saiu de casa anos atrás, eu tenha fechado os olhos para o que você fazia e com quem você estava pois sempre soube cada um de seus passos, filhinha. -sussurra perto do meu rosto e ao se virar posso sentir o sorriso em seu rosto. —Boa sorte, rapaz. Acredito que irá precisar. -e com isso ele some dentro do elevador e com ele leva todas as minhas dúvidas, agora respondidas.
Ele sempre soube cada passo meu, tudo o que fazia. Fui uma tola ao pensar que tinha me livrado desse homem, da pessoa que ele se tornou.
—O que faz aqui?. -pergunto ao sair do transe e volto a olhar para Fernando.
Ele se aproxima de mim, com a expressão de preocupação ainda em seu rosto.
—Está tudo bem?. -afirmo com a cabeça. —Tem certeza?.
Não, eu não tinha. Então escolhi mentir.
—Sim, estou ótima. -me arrumo no batente da porta. —Mas então, ao que te devo a sua ilustre presença?.
—Precisamos conversar.
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O Cara Da Boate- Série: Tentações
RomanceLivro 2 O que aconteceria se duas pessoas que sentem atração uma pela outra se privassem de estarem juntas? Era pra ser só uma ficada na madrugada de sábado depois de sua amiga a abandonar e encher a cara de bebidas, porém ao acordar no dia seguint...