𝘊𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 1: 𝐆𝐨𝐝𝐬? 𝐖𝐞 𝐀𝐫𝐞 𝐍𝐨𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠

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A vastidão do universo de certo ainda permanece incompreendida pelos humanos, mesmo com toda a tecnologia que circunda este mundo. Para os eternos, criados para serem os porta-vozes dos deuses do universo, quase indestrutíveis, os próximos à deuses, tal entendimento parecia ser mais alcançável.

Certamente tolos. Fortes em sua própria ignorância.

Makkari, nos poucos segundos que lhe eram concedidos dentro daquele portal, pensava no paradoxo do conhecimento e da ignorância. Sobre o poder.

Como tudo chegou àquele ponto? Como celestiais matavam bilhões de vidas como se não fossem nada? E se eles não descobrissem sobre o despertar a tempo? Provavelmente viveriam com aquela ignorância até o último suspiro de suas muitas vidas.

Não passaram-se nem 20 segundos quando as visões do quinteto começaram a focar em um espaço-tempo completamente novo. Uma cosmo energia que erradiava até suas veias. A velocista sentiu seu corpo tornar-se mais rígido e um frio atravessar, de uma ponta a outra, sua espinha. Druig tomou a destra da eterna e segurou-a, apertando um pouco. Um sinal claro de sua tentativa em protegê-la e acalmá-la.

Estavam ali, nos domínios de Arishem. Aquele lugar parecia fora de todas as realidades. Aquele local havia sido vislumbrado apenas por Sersi e Ajak, que entrava em contato periodicamente com o celestial.

       — Bem vindos, meus queridos eterno. – expressa Starfox

       — Onde estamos? – Thena perguntou, completamente assustada pelo vislumbre que tinha

       — Esta é a porta para a Forja de Mundos; o verdadeiro lar dos eternos; algum lugar do universo, tão suntuoso e enigmático que meros mortais nunca saberiam explicar a dimensões dessa visão que têm – diz Eros

Os três certamente se sentiam como meros mortais, pois a visão que tinham naquele momento não conseguiriam mensurar com as palavras existentes.

     Eles estavam em frente à uma entrada triangular. Suas estruturas colossais eram feitas de um material resistente e escuro, com detalhes flasvecentes. Listras douradas desenhavam sobre as paredes e o chão onde pisavam, figuras semelhantes as que possuíam em seus uniformes; as mesmas faixas que circundaram seus corpos ao conectarem-se à unimente.

     Eles caminharam atrás de Eros, que os conduzia para dentro do lugar, cautelosamente. Ao adentrarem a entitulada "Forja de Mundos", os eternos arregalaram ainda mais os olhos. Viam o quão pequenos e insignificantes eram no meio daquela imensidão. Era como se galáxias flutuassem sobre totens gigantes de ouro, circundados por grandes anéis de mesma coloração. Ao centro, havia um abismo, preenchido unicamente pela mesma coluna gigante e auricolor, onde um núcleo esférico, de alva e esplêndida luz, posicionava-se ao topo.

O silêncio era mórbido, angustiante. Nem mesmo Starfox possuía aquele seu belo e galante sorriso estampado na face. Certamente, ali, todos constataram um único pensamento: o quão insignificante sua existência era.

Eles se viram como o que realmente eram: meras criações; meios para um fim. Sim, a verdade é mais dura de se encarar do que eles poderiam imaginar.

Druig e Makkari: 𝕲𝖔𝖉𝖘 𝕬𝖒𝖔𝖓𝖌 𝖀𝖘 [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora