POV. Druig
Eu e Phastos caminhávamos para longe da espaçosa cozinha do Domo, ouvindo as vozes animadas de todos ficarem cada vez mais distantes e abafadas. A cada passo, o silêncio entre nós dois parecia crescer, e a tensão era evidente sobre os ombros do eterno.
Ao adentramos ao tão conhecido laboratório, Phastos se vira para mim e, sem muitas enrolações, inicia o diálogo.
— Druig, não farei rodeios com você. A seguinte questão é: Eu e Ajak estávamos conversando sobre a unimente e chegamos a conclusão de que ela é a única maneira de lidarmos com Zgreb e a Horda de uma vez.
— Isso eu já sei. Havíamos combinado isso, então qual o problema? – questionei com os braços cruzados
— O problema é justamente na quantidade de eternos que se ligarão à sua mente para equipararmos poderes com o Dark Celestial. Pelo que ela me disse, serão milhares. – o homem explicava, tentando me fazer enxergar a gravidade dessa questão – Você tem noção do que são milhares de energias cósmicas se fundindo dentro de você? Por mais que você sirva como um canalizador, você também será o pilar onde cada um de nós depositará seus poderes.
Eu compreendi o ponto em que ele queria chegar. A ideia primária da unimente é que cada um sugue a energia cósmica uns dos outros, transportando para um único canalizador e fortalecendo, de algum modo, os demais. Uma coisa é canalizar poderes de 7 eternos, ainda possuindo o auxílio permissivo de um celestial que não oferecia resistência. Outra muito diferente é lutar contra um dos maiores celestiais do Universo, convergir poderes de milhares como nós e invadir o consciente de um deus do espaço.
— Quais são as consequências? – indaguei, sabendo que este era o assunto central da conversa
— Não posso prever com exatidão, mas... – ele exita temeroso, mas eu apenas o encarei permitindo que continuasse – mas sua morte seria uma possibilidade. Perder seus poderes e sua imortalidade por conta da sobrecarga que seu cérebro e sua natureza receberão provavelmente é a hipótese menos extrema de todas. – sua voz era pesarosa e eu apenas desviei o olhar dele, encarando qualquer ponto aleatório da sala.
Eu havia sentido a maior dor do mundo quando pensei que Makkari estava morta, e certamente não irei querer que ela sinta a mesma dor da perda que eu. Eu a amo demais para lhe fazer sofrer desse jeito.
Entretanto, ela entenderá se esta é a única maneira de cumprir nosso dever; de defender o planeta que por milênios chamamos de casa.
Minha bela Makkari deu sua vida de bom grado à Arishem por algo que acreditava ser o certo, para proteger este mundo e os que ela amava. Para me proteger.
Eu também acredito.
— Druig, você aceita? Está preparado para as consequências?
— Estou.
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POV. Autora
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Druig e Makkari: 𝕲𝖔𝖉𝖘 𝕬𝖒𝖔𝖓𝖌 𝖀𝖘 [Em Revisão]
FanfikceE você pensa que os eventos de 'Eternos' se findaram? E se eu dissesse que vocês estão errados? E se tudo o que você viu fosse apenas o início de uma jornada envolvendo Celestiais, Eternos e outros mundos, com seus próprios planetas e criações? ...