Prólogo

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Eram só crianças ninguém imaginaria que algo tão bobo os marcaria tanto, se eu imaginasse naquela época que tudo isso aconteceria jamais os teria separado.

Talvez se os tivesse deixado crescer juntos as coisas seriam diferentes, seriam mais fáceis.

Dezesseis anos atrás

- Promete que nunca vai me esquecer? - Um menininho de quatro anos questiona com a voz tristonha.

- Como poderia esquecer o meu melhor amigo? Jamais me esquecerei de você, idiota - A menina sorria tentando em vão animar o amigo.

- Nunca vou te esquecer, garota problema. Pegue, quero que fique com isso - Ele tira o colar que estava em seu pescoço e entrega a ela, em seu rosto carrega um sincero sorriso.

- Não posso aceitar - Ela tenta devolver o colar, mas o menininho pega o colar das mãos dela e em seguida prende no pescoço da amiga rapidamente. Ele realmente não quer pegar o colar de volta, tão bonitinhos.

- É seu, quando você sentir minha falta ou estiver com medo segure ele bem firme e lembre-se que sempre estarei ao seu lado. Isso vai me ajudar a te encontrar, é só procurar por um colar e uma garota insuportável - Os olhos dela marejam a escutar a fala dele, ela se joga em cima dele o abraçando com toda sua força.

- Edgar venha, temos que ir! - A mãe dele o chama em um grito e eles se soltam a constragosto, o menininho olha a amiga uma última vez e sai em disparada.

- Não se preocupe querida, vocês vão se encontrar de novo - Digo a melhor amiga do meu neto que tinha caído no choro assim que ele virou as costas, até que ela conseguiu se manter forte por bastante tempo.

- Tem certeza senhor? - Pergunta em meio aos próprios soluções e lhe dou um sorriso.

- Quando duas pessoas estão ligadas pelo fio vermelho do destino, elas acabam se reencontrando mais cedo ou mais tarde. Vocês vão se ver de novo, agora vem, sua mãe já deve estar preocupada - A pego no colo e saio dali com a pequena Nighy ainda com o rosto molhado pelas lágrimas que não paravam de cair, eles vão sentir muito a falta um do outro...

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Olho para pista de dança e os vejo dançando com perfeição e sorrindo um para o outro, balanço a cabeça em negação.

As vezes me pergunto se eles soubessem quem são um para o outro, o comportamento deles mudaria? O relacionamento deles seria mais fácil?

Encaro-os de novo e dou um sorriso, vou contar quando eles completarem um ano de casamento. Espero que eles não se matem até lá, meu neto a olhava com um misto de amor reprimido e ódio chegava a ser engraçado a mistura de sentimentos.

E a pequena Nighy...

Os anos passam e ainda não consigo lê-la, ela é que nem o pai, indecifrável.

Imagino que esse casamento vá ser bem divertido, dou três meses pra eles arrumarem um filho só pra poderem ficar longe um do outro e romper esse casamento. Tomo um gole do meu vinho e dou uma risada discreta, espero que meu bisneto tenha os olhos do pai e o cabelo da mãe.

Quem diria que um dia o mundo conheceria um Nighy-Woodbead?

Hello leitores e leitoras, como estão?

Espero que muito bem, essa é a segunda versão de O Coração de Dois Rivais.

Estou me esforçando bastante para que fique melhor que a primeira versão, que essa autora que vós fala aprenda a escrever com decência .

Beijos como amor,
Scarlett.

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