XI

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Monique Nighy

Cá estou 5:00 da manhã me arrumando para ir à Intelectual Nighy, o pior de ter que sair essa hora é tentar não acordar o Edgar.

Que por um acaso está dormindo serenamente, enquanto me mato para colocar meu macacão e procurar uma jaqueta preta, que perdi no dia da mudança pra cá. Por que fui teimosa e não arrumei minha mala?

Eu estava irritada e mandei minha mãe arrumar, ela guardou tudo bonitinho, mas não acho nada. Depois de quase surtar encontro e coloco uma bota alta junto com a bolsa.

- Moni, já vai? - Edgar me questiona tonto de sono, droga.

- Já, prometi que estaria lá antes das 6:00 para a secretária do meu pai - O vejo rir e se sentar na cama.

- Devia voltar a falar com ele, deve estar preocupado - Me aproximo dele que continua a me olhar.

- Você não é um bom exemplo pra me dar conselhos, de qualquer maneira serei obrigada a falar com ele. Esqueceu que ele vive lá? - Meu marido levanta e me segura.

- Não, não esqueci. Só acho que você devia tentar fazer as pazes com ele e com sua mãe, ambos estão arrependidos - A voz dele fica cada vez mais baixa e seus olhos se fixam em meus lábios.

- Irei os perdoar quando me ver livre de você e desse contrato, até lá eles terão que ser gratos por ainda serem chamados de pai e mãe - Por meio segundo seus olhos ficam tristes, mas logo volta a sorrir.

- Você não tem jeito - Ed se aproxima pra me beijar, mas coloco o dedo em frente aos seus lábios.

- Você está com bafo e com a cara amassada, nem pense nisso - Digo sorrindo e ele fecha a cara afastando minha mão me beijando, não o afasto.

- Mentirosa - Recebo um beijo na testa e sou solta - É melhor você ir, sei que odeia atrasos.

Saio do quarto sem olhar pra trás, encontro a Sofi entrando furtivamente em seu quarto.

- Isso são horas de chegar srta.Miller? Onde você estava? - Ela se assusta e me encara visivelmente apavorada.

- Ué, achei que quisesse ficar sozinha com seu marido. Então como uma ótima amiga, sai com o Leon - A amizade da Sofi com o professor de luta dela é incrível.

- Não sabia que alunas e professores poderiam se envolver tanto, o que rola entre vocês dois afinal? - Sei que nada mais que uma amizade, porém é legal provocá-la.

- Ele é meu amigo e você não deveria estar na sua empresa? - Me lembra tentado se livrar da conversa e consegue, pois sou obrigada a sair dali correndo para meu carro.

Depois de uma longa corrida até a Intelectual Nighy, vou diretamente para a minha sala e minha mãe logo vem falar comigo.

- Oi meu amor, está tudo bem? Estava morrendo de saudades, por que você não me atendeu? - Mamãe pergunta me puxando da cadeira para me abraçar protetoramente, como se nada, nem ninguém pudesse me tirar dos braços dela e como queria que isso fosse verdade.

- Sim, queria ficar longe de todos mãe. Não atendi ninguém pergunte aos meus avôs, e então como estão as coisas por aqui? - Sinto a tristeza dela por não ter perguntado se ela estava bem, mas mantenho meu olhar sério sem demonstrar o que sentia.

- Está tudo sobe controle, a taxa de vendas aumentou significativamente e os investidores então nós dando praticamente o dobro - Em outras palavras está tudo indo muito bem.

- Desde quando os investidores simpatizam tanto assim conosco para dobrar o valor?- Vejo minha mãe ficar levemente nervosa.

- Bem desde que você se casou a simpatia que tinham pelo seu marido e sogro vem nos beneficiando, nunca imaginei que esse casamento iria acabar sendo tão benéfico para ambas as empresas - Não tão benéfico assim, ao menos o humor do Edgar diz o contrário.

O Coração de Dois Rivais Onde histórias criam vida. Descubra agora