O Coração de Dois Rivais

XIV

Hello Leitores, tem uma parte bem especial lá no final do capítulo que estou muito ansiosa para saber a reação de vocês.
Boa leitura.

Monique Nighy

Acordo com minha cabeça girando e imagino que tenha bebido um pouco além da conta, o que aconteceu? Como eu vim parar no meu quarto? Me lembro do começo da noite mas depois que as crianças foram dormir... tudo está borrado e confuso.

Começo a instintivamente tatear o outro lado da cama procurando algum sinal do Edgar, puxo a minha mão de uma vez quando o sinto seu tórax porém ele puxa minha mão novamente e a segura.

- Bom dia Nighy, dormiu bem? - Ele pergunta com uma gentileza que eu desconheço, o que está acontecendo aqui?

- Bom dia, o que aconteceu? - Pergunto de uma vez, porque sinceramente não é normal ele me tratar assim - Vamos fala logo, o que aconteceu pra você estar de tão bom humor? - Seus olhos brilham de um jeito estranho quando pergunto isso e um sorriso bobo surge em seus lábios.

- Como imaginei, você não lembra de nada! Vai tomar um banho e tente lembrar o que você fez, depois nos conversamos. Ah! Já ia me esquecendo, não se preocupe por sorte eu estava em sã consciência e não te deixei fazer nada demais - Ele fala tudo com um sorriso de divertimento, o que me faz ter um leve medo.

Me levanto e o obedeço, depois de algum tempo já estava arrumada e finalmente olhei o relógio. Não acredito que acordei as 8:23 da manhã em pleno Natal.

Após algum tempo o Edgar sai do banheiro e começa a se arrumar, duvido muito que ele vá me contar o que aconteceu. Então ok, preciso de outra abordagem urgentemente...

- Você não vai me contar nadinha? - Questiono e ele só da um leve balançar de cabeça, negando - Nem uma pista? Por favor? - Ele continua negando, que cara chato.

- Moni, não se preocupe muito com isso. Afinal não aconteceu nada de mais, foi só engraçado - Ele diz tentado me acalmar, mas só consegue me fazer bufar indignada. Eu sei que ele não está mentido, porém eu tenho um sério medo do meu ser bêbada porque eu literalmente acabo fazendo tudo que quero fazer sóbria mas não tenho coragem.

O que será que fiz com ele? Espero que nada muito anormal, do tipo sair me pegando com ele que nem uma lunatica. Não que eu queira isso no meu íntimo, tipo aquela praga idiota não faz meu tipo...

- Ei Moni! Monique! - Levo um susto quando vejo o Edgar na minha frente, como ele chegou aqui? Eu viajei de novo? - Finalmente você acordou, acho que somos os únicos acordados. Pega um casaco e vamos dar uma volta no jardim - Por algum motivo só me levando e procuro um agasalho quente, e o sigo assim que estou devidamente protegida do frio.

Minha mãe sempre teve muito orgulho desse jardim, toda vez que o jardineiro vem aqui fazer a manutenção ela sempre o ajuda, minha mãe sempre foi... amiga das flores.

Com toda a certeza esse lugar é a parte mais magnífica dessa casa, esse jardim traz uma leveza gigante para o clima sempre pesado que está do lado de dentro.

- Você gosta? - Edgar pergunta do nada, estamos à uns dez minutos andando está admirando a bela paisagem. Do que ele está falando?

- O que? - Ele sorri para mim e aponta para a árvore central enorme que já estava aqui muito antes de nos mudarmos pra cá - Há sim, costumava me esconder na copa quando meus pais estavam irritados - Falo e um sorriso surge em meus lábios pela doce lembrança.

- Isso não os deixava mais irritados? - Uma pergunta simples, para uma resposta longa.

- Não quando eles estavam irritados comigo, mas sim um com o outro. Quando eles ficavam preocupados comigo, eles esqueciam que estavam irritados um com o outro - Suspiro pela lembrança das incontáveis brigas que presenciei, quando era muito mais nova que a Lia.