✻Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 4

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A batida na porta me fez parar de escovar meus cabelos e me levantar da penteadeira. Rapidamente, eu já estava na porta do quarto. Margaret me analisava de cima a baixo.

— Por que estava tão quieta ontem, no jantar? — perguntou com as mãos na cintura. Ela de fato me conhecia muito bem.

— Bom dia para você também, Margaret.

— Me desculpa, minha menina. É que você estava meio estranha ontem. — Ela remexeu seu avental. — Bom dia.

— Não se preocupe. Comigo está tudo bem. — Sorri. — Pode ir. Eu já desço também.

Margaret estava hesitante, mas acabou indo embora. Respirei fundo. Era mais um dia. Mais um dia, e praticamente sozinha naquele Palácio.

Tomei meu café da manhã quieta, e com muita pressa. Meu pai me observou o café inteiro, com um olhar desconfiado. Eu estava terminando de bebericar meu suco, ligeiramente, quando ele perguntou:

— Por que tomar café com tanta pressa? Não é saudável. — Engoli o restante do liquido em seco. — E vejo que hoje se arrumou mais. Você nunca faz penteados, mas hoje até um laço está usando.

— Às vezes é bom se arrumar um pouco. — Sorri amarelo. — Bom, estou satisfeita. Com licença.

Me levantei, quase derrubando os talheres junto do copo, de tanto nervosismo. Fiz uma breve reverência e sorri para os empregados.

O mais rápido que pude, virei o corredor e subi as escadas, me direcionando até o meu quarto. Meu plano para o dia era visitar novamente o povoado. Por algum motivo eu precisava.

Abrindo o armário, encontrei minha capa vermelha. Não seria difícil distrair os soldados, e eu só precisaria voltar para o almoço. Minha curiosidade seria saciada.

Quando escutei três batidas na porta, retirei a capa rapidamente e a guardei na gaveta em desespero. Não queria que ninguém me questionasse, pois do jeito que eles me conheciam bem, saberiam se eu estivesse mentindo.

Assim que abri a porta, me deparei com Margaret parada de pé na minha frente.

— Oi, Margaret. Aconteceu alguma coisa? — questionei.

— Eu já disse que é sra. Sanchez — repreendeu, insistindo que a chamasse pelo sobrenome. — E os soldados novos chegaram, aqueles que vão completar a Guarda Real.

Meu corpo gelou. Eu não fazia a mínima ideia de que esses guardas chegariam logo hoje. Segui Margaret sem dizer uma só palavra. Papai havia mesmo se decidido, quer eu gostasse ou não.

Logo que cheguei no primeiro andar, avistei diversos empregados do Palácio curiosos em ver os soldados. Apenas após passar por todos eles, pude ver os dez novos soldados, todos com uniformes de cor azul escuro, com exceção a dois deles, que estavam com uniforme vermelho; provavelmente eram os dois melhores que iriam cuidar de mim e de meu pai. Enquanto isso, o uniforme de Gregório, o Chefe da Guarda Real, era preto e com muito mais medalhas de honra.

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