✻Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 17

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   — É, ontem foi um dia bem louco — ri conversando comigo mesma enquanto tirava algumas folhas da árvore extremamente verde do jardim

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   — É, ontem foi um dia bem louco — ri conversando comigo mesma enquanto tirava algumas folhas da árvore extremamente verde do jardim.

— Helena. — Me virei para trás. Era Samara.

Espero que ela não tenha escutado o que eu disse.

— Oi. — Sorri. — Como está?

— Preciso te mostrar uma coisa. — Se aproximou. — É importante — dessa vez ela sussurrou, puxando meu braço.

Larguei as folhas no chão e a segui, mesmo sem entender o que ela queria e aonde estávamos indo.

Chegamos nos fundos do Palácio, em uma parte não muito bonita e cheirosa.

— O que estamos fazendo nas portas dos fundos da Cozinha Real? — questionei olhando em volta. As latas de lixo exalavam um odor ruim, e as paredes tinham má aparência, visto que estavam meio sujas e a tintura descascava.

— Eu achei uma coisa ali. — Samara apontou para algumas caixas no canto da parede.

— O que é? — perguntei, mas desviei minha atenção de Samara e mirei as caixas no canto escuro ao ouvir algo miar.

Olhei Samara novamente e ela deu de ombros, então me aproximei cuidadosamente das caixas. Com um rápido movimento, retirei algumas caixas e me foi revelado um filhote de gato.

— Que fofo! É um gatinho. — Sorri. Os olhos do gatinho cinza brilhavam, e ele parecia assustado.

— Sim. E é tão frágil. — Ela riu.

— E desde quando ele está aqui? Quem são os pais?

— Esse é o problema. Acho que a gata que vivia procurando comida no Palácio teve eles recentemente. Por que ela e os outros filhotes não estão aqui, eu não sei, talvez esse tenha fugido.

— Que pena. — Respirei fundo. — Por que não falou sobre isso com algum Guarda Real?

— Não confio neles — concluiu cruzando os braços.

— Está bem. Pode voltar a trabalhar e obrigada por avisar. Vou dar um banho nele. Ele está bem sujo — disse o pegando nos braços delicadamente.

— Tchau. — Samara acenou e se virou para ir embora.

Enquanto ela caminhava para longe dos fundos do Palácio, olhei para o gatinho assustado em meus braços. Ele miava o tempo todo, então devia estar com fome, mas antes eu precisava deixá-lo limpo.

O problema é que eu nunca tive um bicho de estimação, e nem ao menos sabia dar banho em um gato.

Fui com Roger até a lavanderia e o coloquei levemente sobre um cesto.

Sim, eu apelidei o gato de Roger.

Pus uma rolha no ralo da pia, e enquanto Roger esperava observando tudo à sua volta, liguei a torneira para encher o tanque de água.

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