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☆Acomode-se, caro leitor, e aproveite esta humilde obra!(15/12/21)☆
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Ilha StoneLand, reino de Atallus; 1943.

 E ouviu-se mais um estrondo do lado de fora do Palácio. Atallus não sabia mais o que fazer, e muito menos o que esperar daquele repentino ataque. Tudo podia ser perdido ali mesmo. Tudo podia simplesmente se tornar uma matéria no jornal sobre um grande desastre. Ou até mesmo um museu histórico para os amantes de cenários trágicos.

Quando um dos jovens soldados se aproximou, pela sua feição preocupada, Atallus já pôde imaginar o que estava acontecendo fora das portas reais.

— Majestade, eles invadiram a propriedade real. Eles vão arrombar as portas do Palácio! Vão arrombar! — o soldado avisou ofegante. O desespero tomava conta de si.

Atallus permaneceu com a mão apoiada no queixo, pensando no que faria para proteger seus súditos, o que era de sua total responsabilidade.

Tudo o que ele menos desejava era que uma desgraça acontecesse; e com o ataque inesperado, Atallus se viu diante de uma dificílima e arriscada escolha que influenciaria o futuro do Reino cujo nome ainda nem havia sido definido.

— Majestade, o que faremos? Eles não vão aguentar por muito tempo. Estamos perdendo muitos homens. — O soldado despertou Atallus de seu turbilhão de pensamentos. O suor e coração palpitante deixavam claro o seu temor.

— Use a porta secreta dos fundos do Palácio e abrigue os que estão em perigo. Mande mais guardas para onde a rainha está e socorra os que estão feridos. — Pausou brevemente sua fala para pensar. — Há armamentos reservas no compartimento secreto. Vá até lá e prepare os homens para a guerra.

— Mas, senhor, como vamos abrigar toda aquela gente? — o soldado perguntou, virando-se para trás e temendo que houvesse uma falha no plano do Rei.

— Não interessa. Quero todos a salvo. Ande, soldado! — exclamou firme. O Rei não podia deixar que nada de mal acontecesse com o povo que ele recebeu em seu Reino prometendo segurança. — Espero te ver depois dessa, amigo.

— Também espero, Majestade. — Tocou o ombro de seu senhor, e se virou respirando fundo para seguir adiante e enfrentar o que fosse necessário para proteger o Reino.

Enquanto isso, Atallus se direcionou ao terceiro andar, em seu quarto. Ele fechou a sua porta e se ajoelhou à frente de sua cama, com o coração totalmente aberto, apesar do medo que ele era obrigado a esconder por causa de seu cargo; para dar de exemplo ao povo a coragem.

— Pai, livra-nos deste mal. Eu te peço que faça o teu milagre. Salve o seu povo se essa for a sua vontade. Eu sou aquele que eles chamam de senhor, mas só tu és, o meu Senhor, que está acima de todos os outros. Por favor, me dê sabedoria como deu a Salomão, para que eu possa salvar aquela gente que tanto precisa da sua ajuda. Eu oro em nome de Jesus, amém. — Ao finalizar sua oração, Atallus se levantou dali mais forte. Agora, ele estava revestido da armadura mais poderosa do que qualquer outra de ferro ou bronze que ele possuía.

Atallus, então, caminhou para fora do quarto, pegou sua espada e se tornou pronto para lutar pelo seu povo e salvar seu Reino.

Ao descer das escadas, Atallus pôde ouvir um estrondo ainda maior. Os gritos dos Guardas Reais eram altos e ensurdecedores. Ali se iniciou uma batalha difícil. Homens tanto do reino de Atallus, quanto de Solar Kingdom, estavam sendo feridos a fio de espada.

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