Fragmentos: Reencontro

O Banquete dos Reis

Tokiomi Tohsaka estava começando a se perguntar se ele havia contraído algum tipo de maldição.

Por outro lado, um estranho pode pensar que foi abençoado com uma sorte incrível. Os eventos recentes certamente o favoreceram. Nos últimos dias ele conseguiu convocar com sucesso Gilgamesh, Rei dos Heróis e possivelmente o Servo mais poderoso conhecido pelo homem como o servo da Classe Archer. Com isso as suas chances de vencer a Guerra do Santo Graal estavam nas alturas.

Ah, mas foi aí que sua sorte começou a mudar.

Talvez ele simplesmente tivesse calculado mal.

Talvez ele tivesse esquecido a natureza de Gilgamesh.

Talvez ele tenha subestimado a generosidade de um rei.

O fato era que, chamar Gilgamesh de “servo” estaria muito errado, o Rei dos Heróis fazia o que queria e quando queria sem se importar com nada, Tokiomi se sentia como nada além de uma bateria que mantinha o Rei dos Heróis no mundo.

E usar seus [Selos de Comando] também não era uma opção, visto que Gilgamesh iria o matar logo em seguida, além do fato dele ter apenas dois Comandos apenas, visto que teve que usar um de seus Comandos para conter a fúria de Gilgamesh durante o seu encontro com os outros servos no cais de Fuyuki.

Por isso o líder da Família Tohsaka decidiu que não usaria seus [Selos de Comando], visto que ele precisava de pelo menos um deles para forçar Gilgamesh a se matar após vencer a Guerra.

E também, Tokiomi duvidava que precisaria de um [Selo de Comando], visto que ninguém seria capaz de o ferir, ele estava em sua casa, tomando seu vinho e lendo um livro enquanto estava cercado de dezenas de Campos Delimitados de mais alto nível, nenhum mago seria capaz de superar eles, além de que vários dos Assassin de seu discípulo Kirei protegiam a casa.

Sim, com isso Tokiomi tinha certeza que nada ocorreria a ele.

Mas como ele estava totalmente enganado.

E como ele sabia disso? Por que em um momento ele estava sozinho em sua sala tomando seu vinho e lendo um livro e no próximo tinha alguém junto com ele.

O líder dos Tohsaka olhou para frente, em uma poltrona exatamente a sua frente, apenas alguns metros de distância estava sentada outra pessoa.

A mulher que Tokiomi podia dizer que facilmente era a mais linda que já viu em sua vida, sorria de forma alegre enquanto o encarava.

Tokiomi já havia conhecido muitas mulheres bonitas, sua própria esposa era linda pelos padrões humanos.

O problema era que esses padrões não podiam se aplicar a pessoa a sua frente.

Cabelos negros como a noite que desciam por suas costas, olhos rosados que brilhavam em diversão e pareciam ver até mesmo a alma de Tokiomi enquanto a mulher a sua frente sorria.

Sim, a Serva Caster, Selene Alisha com certeza era a existência mais absurda nessa Guerra do Santo Graal.

Bom, ver ela a sua frente surpreendeu o mago, mas Tokiomi sabia que não podia competir com isso, a mulher à sua frente provavelmente era uma maga da Era dos Deuses, e só seus parâmetros já mostravam que ela não era uma Caster comum.

Afinal, que tipo de Caster tem parâmetros tão voltados para o combate físico assim?

E Tokiomi sabia que não deveria tentar nada de errado, o próprio Rei dos Heróis, com seu ego infinito, admitiu a ele que mesmo ele não tinha certeza de uma batalha contra Caster.

E se alguém foi capaz de fazer o Rei de Uruk engolir seu orgulho para dizer algo assim, com certeza não era alguém normal.

“Oh, por favor, não seja tão sério, Toki-kun” a mulher simplesmente sorriu para ele enquanto acenava.