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- Tu não quer que eu pare. - Ele acaricia com o polegar o bico endurecido de meu seio, passeia a língua pelo meu pescoço e eu ofego.

- Meus pais...

- Vamos fazer silêncio. - Não sei se consigo, pondero, assim que ele pressiona seu corpo ao meu e seu membro coberto oferece uma fricção gostosa para o meio de minha intimidade.

- Meu Deus. - digo baixo; porque ele desce sua boca até o meio dos meus seios, consigo ver seu sorriso insolente ao deslizar a língua pelo tecido do meu pijama, umedecendo a parte de meu seio. - JJ, você tá bêbado e chapado, tipo, bastante, vai se arrepender amanhã.

Minha voz está uma vergonha; eu falo por meio da respiração acelerada e pesada, tento até o afastar pelos ombros. Mas então Maybank se aproxima novamente, está com sua boca perto da minha e se apoia no colchão para me encarar.

- Kiara. - ele murmura, me encarando com aquelas íris azuis que fazem meu coração saltitar no peito de maneira engraçada. - Eu quero você... pra caralho. -E meu peito se aquece, encaro sua face e examino por algum traço de fingimento, mas ele está me fitando mais sério do que jamais o vi. Roça seus lábios nos meus e continua. - entende? Tô te querendo a noite inteira... porra, a verdade é que não paro de pensar em ti.

Sinto que meu peito vai explodir pela maneira que meu coração está batendo rápido, não estou pensando muito ao inclinar o rosto e selar sua boca na minha, ele geme contra meus lábios e apenas incrementa ao desejo que sinto preencher meu corpo.

Suas palavras parecem estimular algo em mim, pois pressiono minhas mãos em seu peito e o viro na cama para ficar em cima. Minha boca desce por seu pescoço, de repente anseio por beijar cada parte dele e, apesar de ser ele que bebeu, sinto-me embriagada pelo gosto salgado de sua pele em minha língua. Ergo meus olhos castanhos e o vejo me encarando de volta, meus beijos percorrem por seu torso, meu toque desliza por sua barriga e dedilha seu peito que se movimenta rápido.

Desço mais, até minha boca encontrar o tecido de sua boxer e poder afastar a peça, até eu retirar seu membro duro e extenso de dentro da roupa, sentir ele pulsar entre meus dedos quando o masturbo. Continuo até ouvir os pequenos suspiros entrecortados de JJ que ele tenta abafar ao morder o lábio, estes que se tornam gemidos assim que me ocupo em o colocar na boca.

Observo Maybank perder o controle, os seus dedos se fecham em torno de meu cabelo e ele afunda a cabeça para trás no travesseiro; parecendo esforçar-se para não gemer assim que minha boca quente afunda em toda sua extensão. Não consigo o ter inteiro, então estimulo com os meus dedos - os sons que ele solta fazem meu estômago se revirar em excitação, toda sua postura em descontrole me fascina.

- Porra, Kie. - Escuto-o dizer; e não consigo ter uma réplica, pois no momento me encontro muito ocupada com o que faço, estou plenamente concentrada em assistir suas reações que acendem meu interior; porque se eu achava JJ atraente, agora acho mais ainda. Minha língua brinca com sua extremidade e ele grunhe, se contorce embaixo de mim de uma maneira que sei que está perto.

Ele me puxa um tempo depois atrasando o inevitável, sua boca se une a minha de forma ávida; sinto seu membro latejante roçar em minha perna. E, assim que ele me vira, colocando-se em cima mais uma vez em nossa pequena luta por comando, roça seu membro em minha intimidade por cima da calcinha, e esconde o rosto em meu pescoço, os gemidos se abafam ali.

Eu percorro as unhas por suas costas, e ele reage com gemidos. Seus dedos hábeis se desfazem do resto de nossas roupas e JJ quase me penetra, sinto-o quando ele ergue minhas pernas e se prepara para me preencher. Mas eu o paro; minha voz ofegante Ihe alerta:

- A camisinha.

Ele nunca esqueceu antes, então JJ franze a testa e se afasta para permitir que eu busque o preservativo em uma de minhas gavetas. Contudo, ainda tenho que aguardar mais um pouco, pois ele luta para o colocar, xingando baixo em sua tentativa falha. Eu tento segurar a risada por um instante, e toco em seu braço.

- Talvez a gente possa deixar outro dia, quando você não estiver tão bêbado. Mas ele me olha como se eu fosse doida.

- Não vou dormir de pau duro. - resmunga.

- É só nisso que você pensa?

JJ enfim obtêm sucesso em sua tarefa e eleva os olhos azuis até mim, eu apoio minha cabeça na mão e o encaro de lado quando ele encara explicitamente meu corpo.

- No momento? Sim.

- Eu não sei como seu pau tá funcionando depois de encher o cu de droga.

Estou tentando o zoar e arrancar alguma reação irritada deste, mas ele apenas revira os olhos.

- Tu fala demais. - E então está me beijando.

Sou eu que fico por cima dessa vez; e ele não parece se importar assim que me ajeito em seu colo e pauso o beijo para poder o guiar até mim. Também não me importo ao descer devagar até me afundar em sua extensão, as íris azuis me observam atentas enquanto o faço. E ele não se importa quando prenso seus pulsos no colchão e o beijo; movimentando-me no meu próprio ritmo.

Há algo de diferente enquanto sigo um ritmo lento em cima dele e encaro sua fisionomia; encaro seus lábios entreabertos e olhos abertos - sua testa franzida como se estivesse concentrado no que fazemos. Mesmo que meu corpo esteja aquecido e cheio de tesão, penso em como ele fica bonito daquele jeito.

Nossos corpos se movimentam em um ritmo que já conhecemos e do qual senti falta, nossas respirações ofegantes se juntam e a batalha de controle é dispersa com o que fazemos. Em um momento ele solta seus pulsos e desliza suas mãos por meu corpo, explorando como sei que gosta de fazer, já conhece todas partes que pode beijar e me deixar ofegante; e eu sei todas suas partes favoritas do meu corpo. Eu me apoio em seu peito e acelero o movimentar de meu quadril, como sei que ele gosta.

Não demora muito em nosso ritmo já familiar para sabermos exatamente como fazer o outro alcançar o ápice; sua boca está no meu seio e meus dedos estão em seu cabelo ao gozarmos juntos. Tento não externar todo prazer que se contorce em meu estômago com minha voz, reprimo meus lábios em uma fina linha e um som sôfrego arranha minha garganta. Toda vez com JJ é daquele jeito, como explosões percorrendo por meu corpo.

Já sei como o decorrer daquilo vai ser; ele descarta a camisinha e se deita ao meu lado cansado e ofegante. Meu olhar se perde nele por um instante; porque como tempo, percebo que gosto de o olhar quando está daquele jeito, respirando pesado e com sua pele brilhando de suor, os fios de seu cabelo bagunçados em sua testa e o azul de seus olhos brilham na iluminação fraca de meu quarto. Seu torso nu e definido evidencia a respiração pesada.

- A gente devia brigar mais vezes. - ele murmura, me olhando pelo canto do olho; quero responder que já brigamos toda hora, mas me perco.

Porque droga, estou sentindo coisas que não deveria; lembro das palavras que ele me disse, sobre me querer e não parar de pensar em mim, e me sinto balançada. Então só quero me aconchegar em seu torso e dormir abraçada com seu corpo quente algo que nunca fizemos antes, não costumamos dormir agarrados um no outro.

- Posso dormir contigo? minha respiração parece trancar em minha - ele pergunta e garganta.

As íris azuladas me olham em expectativa; mas ele está embriagado, provavelmente chapado, preciso me recordar disso, preciso me recordar de que aquele é JJ Maybank, o que quer transar com qualquer pessoa que respira perto dele e que disse que estava apenas me fodendo. Preciso enterrar aqueles sentimentos que de repente sei que sinto.

Por essa razão que pigarreio e respondo:

- Acho melhor não.

Há um silêncio em que ele me fita demoradamente; não sei exatamente o que se passa pelo seu rosto, talvez esteja desgostoso pelo não; afinal, JJ gosta de conseguir o que quer. Ao menos acho que é isso, se vejo relapso de mágoa em seu olhar é rápido, e talvez eu tenha imaginado, porque o loiro ali deixou claro que apenas estamos transando. Certo?

Para minha surpresa, ele assente sem discutir.

- Certo, beleza. - ele veste sua boxer extraviada nos lençóis e sai da cama, não encontro mais seu olhar, porque quando apaga luz e deita, deixa suas costas viradas para mim.

Eu encaro o teto por um tempo demorado, tentando entender o que diabos aconteceu. Mas percebo que estou sentindo medo;

medo de estar me apaixonando por JJ Maybank.

amor pirata. - jiara.Onde histórias criam vida. Descubra agora