103 🔞

6.8K 228 211
                                    

JJ.

Meu pai não está em casa; o que me alivia um pouco, porque não quero que Kiara o encontre. Todavia, o fato me preocupa também, porque a última vez que o vi estava banhado com hematomas. Decido não ocupar meus pensamentos com aquilo, porque Carrera está no meu quarto pela primeira vez.

- Fofa a decoração. – ela murmura em divertimento ao deslizar os dedos pelo bong de vidro em minha cômoda.

- Gostou?

Eu me aproximo e estou às suas costas, próximo o suficiente para a mirar dedilhando os adesivos do objeto.

- Menos bagunçado do que imaginei.

- Não passo muito tempo aqui. - constato o que ela já sabe, e estou próximo o suficiente para poder afastar os fios de seu coque que caem em seu pescoço; ela estremece.

- É, acho que não.- Sua voz torna-se mais baixa, porque inclino o rosto e minha respiração quente faz contato com sua pele. - Foi pra isso que me convidou?

- O que tu acha? – Minha boca desce e toca devagar a pele de seu pescoço, ela solta um suspiro audível.

- Pensei que a gente ia conversar.

Deixo uma trilha úmida com meus beijos, subo até seu ouvido; minha mão segura sua cintura e a puxa para trás, suas costas colam em meu corpo.

- Quer mesmo conversar? – indago, minha língua circula o lóbulo de sua orelha e deslizo meu toque para dentro de sua blusa, sinto ela se pressionar contra mim e elevar a mão para agarrar meu cabelo.

Porque faz um tempo desde a última vez que fizemos aquilo, então não quero desperdiçar conversando; até porque, o que diabos vamos conversar? Não sou bom em externar o que penso.

Sou bom, entretanto, em beijar seu pescoço nos lugares certos para a deixar excitada; ela mexe o pequeno corpo prensado ao meu e causa uma fricção gostosa.

- Não. – Finalmente me responde, e a viro pela cintura para eu poder tomar sua boca na minha em um beijo ávido.

Ela geme em meus lábios quando minha língua invade sua boca, seus dedos apertam meus braços à medida que a empurro até escutar o barulho de seu corpo chocando-se contra a cômoda. Sinto seus dígitos subirem e agarrem os fios de meu cabelo, e minhas mãos adentram sua blusa, deslizam por sua pele quente e macia.

Quero a despir logo e me afundar em seu calor de novo, estou pensando nisso quase toda viagem de carro; no quanto cogitei que não teria mais a oportunidade de o fazer. Mas aqui está Kiara me beijando, talvez pela última vez antes de voltar a sua realidade.

Só que ela me afasta de repente, quase não percebo que está o fazendo até que empurre meu peito.

Seus olhos ainda me querem, ainda me fitam com excitação queimando em suas íris e ela ainda permanece em minha frente. Ao invés de dizer para pararmos e ir embora como suponho, como fez tantas vezes, Carrera apenas puxa o tecido de sua blusa e a remove em minha frente.

Mordo o lábio ao fitar seus seios cobertos pelo sutiã delicado e preto, tenho quase certeza que já a vi usar aquele. Admiro sua pele negra e arrepiada, como seu peito sobe e desce rápido, os bicos dos seios marcados no tecido da peça; tudo sobre ela é perfeito. Ela alcança a barra de minha camiseta e entendo o que quer; sem dizer uma palavra, apenas puxo a peça pela gola e a retiro.

Então me movo para a beijar novamente com urgência, puxando-a pela cintura com força até mim. Só que ela pausa novamente e me confunde.

- O que foi? – pergunto quando ela me olha.

amor pirata. - jiara.Onde histórias criam vida. Descubra agora