Cap: 01- Prólogo
Maya
Festa da universidade; 23:00 da noite
O que deveria ser uma festa se tornou meu fim. É como dizem, antes da bebida matar, ela humilha. A festa de iniciação do ano letivo ocorre todos os semestres, e no ano anterior eu e minhas amigas, que ainda não eram minhas amigas, ficamos do lado de fora do pub em que a festa ocorria e assim nos conhecemos. Ficamos grudadas desde esse momento. Elas são minhas confidentes, as pessoas em que mais confio.
Mas, esse não é o ponto no momento.
Era uma simples festa de começo de ano, eu estou no meu terceiro período de enfermagem, e decidi beber um pouco além da conta, o que resultou na Lvy, a amiga responsável, me olhando como quem pensasse o que a aguardava mais tarde por ter que cuidar de mim. Mas em minha defesa, eu não estou bêbada, apenas... Aérea.
— Estar apaixonada é um erro?
— Depende de por quem você esteja apaixonada dessa vez.— Lvy diz enquanto dá um gole em sua bebida e mexe no telefone.
— Não é ninguém especificamente, mas tem uns caras bonitinhos, não acha? — Digo olhando para um cara de cabelos negros que me olhava de volta de canto de olho. — Vou pegar uma bebida, quer alguma coisa?
— Só tequila, e procura a Daya, vamo embora logo, daqui a pouco não vai ter mais taxi rodando.—Vou em direção ao bar e vejo um homem, e que homem. — Com licença, um shot de tequila e um Sex On The Beach por favor.
De repente o homem bonito de mais cedo se aproxima de onde estou e pede tequila ao barman.
— Quer ir a outro lugar princesa?— ele pergunta me olhando com um olhar malicioso. Ele pode ser bonito, mas uma frase foi suficiente para ele perder o encanto.
— Não muito obrigado. — Digo e ele suspira. Quando pego as bebidas agora postas em cima balcão e estava prestes a me retirar, ele agarra meu braço.
— Olha princesa, não gosto das que se fazem de difícil, vamos facilitar e ir ali no meu carro?— E por alguns segundos minha mente tenta computar o que está acontecendo. Eu tô sendo assediada? Como se lesse minha mente ele aperta meu pulso com força e me olha com um olhar severo e ameassador. Ele tenta colocar a mão na minha cintura mas é interrompido.
— Ela disse não seu moleque. — Era a Daya, eu olho para o lado e ele solta meu braço e tem os seus estendidos em sinal de redenção. O sentimento de alívio que sentia não poderia ser medido em palavras — Você tá bem?— Afirmo com a cabeça e vejo um outro cara se aproximando de nós. Enquanto isso vejo Lvy levantando pra ver o que estava acontecendo, e ficando ao nosso lado enquanto o garoto se aproxima.
— Olha meninas, sinto muito pelo meu amigo, ele bebeu além da conta e ele sente muito. Meu nome é Lucas South, esse é meu amigo Diego. Vocês são?
— Meu nome não é da sua conta — Lyv fala, Daya chega e pergunta como eu estou, confirmando que ele não fez nada comigo, Eu afirmo novamente que estou bem, apenas fiquei em choque por um momento.
— Olha eu sinto muito pela grosseria do meu amigo, ele é instável sabe como é.— Ela fala passando o braço pelo ombro do cara, que agora conheço como Diego.
— Acho bom ele ter uma razão melhor do que estar bêbado, mas olha, a gente já tá indo embora. Mas se esse cara fizer mais alguma coisa, a gente vai na polícia.— Lyv diz e arrasta eu e Day para o lado de fora.
— Ele não fez nada mesmo, né?— Lyv pergunta me olhando séria.
— Eu estou bem, te juro. Só fiquei em choque, nunca tinha acontecido nada assim comigo, mas vocês sabem que eu sei me defender, é só que na hora seu cérebro dá um branco você se toca do que tá acontecendo.
— Vai ficar tudo bem. Fiquei até surpresa de você não ter gritado .- Lvy diz sorrindo anasalado
— Tudo bem, mas vamos concordar que ele é um filha da puta? — Day é quase sempre quieta, mas conosco ela parece uma caixa de novos palavrões.
— Ele é mesmo, tem até a cara. — Rimos juntas, e conversamos por alguns minutos até o Uber chegar e nos levar para o dormitório.
Chegando no dormitório, que estava bem organizado. Minha parte do quarto tem uma cama com cobertores brancos e almofadas rosas e amarelas. Meu notebook em cima da nossa escrivaninha. E meu cavalete junto com meu estojo de tintas mais ao canto. O lado da Lvy é mais colorido, mas não chega a ser bagunçado já que ela divide a beliche com a Daya. O da Daya é rústico, elas tem mais organização e sabem como utilizar o espaço, eu tenho a teoria que é porque elas fazem arquitetura. Depois que chegamos colocamos para tocar Bruno Mars, e fomos tomar banho, eu fui a primeira e depois as meninas trocaram. Ficamos conversando até umas 2 da manhã e fomos dormir em nossas camas.
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Todas as Imperfeições do Amor
Teen FictionMaya, Lvy e Daya são amigas que estão dispostas a enfrentar tudo para ajudar umas as outras. E o universo fará de tudo para colocar essa amizade á prova de maneira que elas repensem tudo... inclusive decisões passadas.